Após o jantar
Depois daquela breve conversa com o Sr. Collins no jardim, fiquei um pouco intrigada, mas me acalmei com o decorrer da cerimônia. O jantar foi agradável: conheci novas pessoas, conversei com os irmãos de Jhon e a mãe dele. Com ele, mantive apenas o necessário.
Quando chegou minha hora de ir embora, Jhon chamou-me para levá-la para casa. No começo, Dona Paola insistiu para que eu ficasse mais tempo, mas recusei educadamente. Tinha deixado minha mãe sob os cuidados da Manu, e não queria abusar da boa vontade dela.
Jhon segurou minha mão enquanto nos despedíamos dos convidados. As pessoas acharam o gesto romântico, mas mal sabiam elas que tudo não passava de uma grande farsa.
Lá fora, ele abriu a porta do carro para mim, e forcei um sorriso enquanto seus pais nos observavam. Era quase palpável a suspeita do Sr. Jhonatan. Desde o início da noite, senti que ele desconfiava do que estava acontecendo. Parecia que sabia que o filho estava mentindo, mas talvez fosse só impressão minha.
Assim que entrei no carro e ficamos a sós, voltei a ser eu mesma. Meu rosto já não aguentava fingir. Ser comportada e elegante o tempo todo é exaustivo.
— A senhorita se saiu muito bem hoje. — Comentou Jhon, enquanto eu ajeitava meu cabelo no espelho do carro.
— Apenas Esmeralda. E obrigada. Você também se saiu bem. — Respondi. Por um momento, nossos olhares se encontraram, mas ele logo voltou a atenção para a estrada.
— Confesso que estava nervosa com tanta gente ao redor. Agora parece engraçado, mas na hora, foi sufocante.
— Acostume-se. Agora que vai se casar comigo, precisará estar ao meu lado em eventos sociais. Sempre haverá paparazzi nos seguindo. — Ele parecia sério, mas sua fala soava um pouco pretensiosa.
Dei uma risada sincera, e ele me olhou, confuso.
— Por que você é tão conhecido, Sr. Jhon?
— Em que mundo você vive, para não saber quem eu sou? — Respondeu, com um toque de incredulidade.
— Talvez no mundo onde não giro ao redor de você. Tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar xeretando a vida alheia. — Retruquei sarcasticamente. Para minha surpresa, ele riu pela primeira vez desde que o conheci, mas logo voltou ao seu semblante sério.
— Sou o filho mais velho e próximo sucessor da Palace-Collins, uma das empresas mais ricas e influentes de Nova York. Sou o homem mais cobiçado e, também, o mais rico do país. — Sua fala exalava arrogância.
— Interessante... — Murmurei, sem muita emoção.
Ao chegarmos em casa, ele desceu para abrir a porta para mim. Por mais frio e calculista que fosse, havia traços de cavalheirismo em sua postura.
— Depois de amanhã, passarei para buscá-la. — Disse antes de entrar no carro e partir, sem sequer informar para onde iríamos.
Em casa
Entrei e encontrei minha mãe cochilando no sofá, com um livro sobre o colo. Respirei aliviada ao vê-la bem. Aproximei-me e toquei levemente em seu ombro.
— Mãe? — Chamei baixinho, tentando não assustá-la.
Ela abriu os olhos lentamente.
— Filha, já voltou? Que horas são? — Perguntou, ainda sonolenta.
— São 23 horas. — Respondi, tirando os sapatos e jogando-os para longe. Sentei-me ao seu lado, exausta.
— Manu foi para casa?
— Sim. Achei que já estava tarde para ela ficar. — Respondeu, acariciando meu cabelo.
— Desculpe por demorar tanto. — Disse, bocejando.
— Por que não sobe e descansa? — Ela sugeriu, vendo meu estado.
Levantei-me e, antes de subir as escadas, me virei para ela com um sorriso.
— Amanhã te conto tudo sobre o jantar. Te amo, mãe.
— Boa noite, filha. Te amo também. — Disse ela, enquanto eu desaparecia pelas escadas.
O casamento
O grande dia finalmente chegou. Hoje, casarei com Jhon Collins. Estou nervosa, mesmo sabendo que esse casamento é apenas um contrato. A cerimônia será simples: um casamento civil seguido de uma pequena comemoração com a família dele, minha mãe e Manu.
Minha mãe estava visivelmente triste. Ela sempre imaginou que eu me casaria por amor, mas, infelizmente, a vida é outra história.
Desci as escadas acompanhada por minha mãe, Paola e Marine. Os homens nos esperavam para dar início à cerimônia. Jhon mantinha sua habitual expressão neutra, sem demonstrar alegria ou empolgação. Confesso que também não estava muito animada.
Ao me aproximar dele, segurei sua mão. A minha estava suada, e meu coração batia acelerado. Para piorar, ele colocou a mão na minha cintura, o que me deixou desconfortável.
O juiz começou a falar, e parecia uma eternidade. Quando, finalmente, chegou a hora de assinar os documentos, respirei aliviada. Mas meu alívio durou pouco.
— Pode beijar a noiva. — Declarou o juiz.
Fiquei paralisada, sem saber como reagir. Felizmente, Jhon permaneceu com sua habitual frieza. Ele se aproximou e deu um beijo leve em minha testa. Um gesto calculado, mas suficiente para manter as aparências.
Após a cerimônia, cumprimentamos os convidados. Forçava um sorriso para todos, exceto para minha mãe, a única que recebia minha verdadeira afeição.
Dona Paola me abraçou calorosamente.
— Bem-vinda à família, minha nora. Espero que nos dê muitos netos. — Disse ela, me fazendo rir de nervoso.
O Sr. Jhonatan aproximou-se, cumprimentou-nos e, com um sorriso enigmático, disse algo que me deixou inquieta:
— Quem brinca com fogo, se queima. — Ele riu alto, enquanto Jhon revirava os olhos.
Depois de mais alguns momentos com os convidados, Jhon anunciou que nossa lua de mel seria no Havaí. Não tenho dúvidas de que será uma viagem cheia de contradições.
"Vamos ver até onde essa farsa vai durar." Pensei, enquanto observava Manu flertar descaradamente com o irmão de Jhon.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 53
Comments
Marinandes Amaral
porque está mania de vocês corrigir, e um livro é pode sim haver erros mas não estamos na sala de aula, a pro não está corrigindo uma prova, tenham mais impatia acho isso tão desnecessário, e falta de educação, da parte de vocês, o livro é Bom então leia-o e se.liga mo te de mau educadas afffff
2025-02-27
31
Maria Jose
Eu leio um livro da maneira quê está escrito mais tem pessoas quê, da uma de professora pra querer botar os autores pra baixo vç que gosta de fazer ou olhar os erros de escrita vai pra sala da aula ser prof de português já que não tem capacidade pra escrever uma história caramba
2025-03-04
3
Marly G Vieira
na vida real tem gente hipócrita mais do que na ficção, gente que se acha .mais inteligente que a autora do livro. estamos aqui para lê entender .não para corrigir erros de português.
2025-03-21
0