Nova York
Agora são oito horas da noite, e estou passando um pano molhado em minha mãe. O médico estava apenas fazendo alguns check-ups, por precaução; ele disse que ela desmaiou devido à fraqueza e receitaria um remédio mais forte.
— Ok, doutor. — Respondo educadamente, e ele se retira logo em seguida. Agora, irei levá-la para casa para que se sinta mais confortável.
— Vamos, dona Maria? — Abro um sorriso, e ela sorri gentilmente.
— Claro que sim, minha filha. — Ajudo-a a se levantar e a se trocar. Logo em seguida, saímos do hospital. Chamei um táxi para nos levar para casa.
Ao chegar em casa, recebo uma ligação de minha amiga Emanuelle. Ela está bastante irritada comigo por eu não ter ido à casa dela para comemorar o meu aniversário.
Ligação — ON
— Esperei você por horas, Esmeralda. Por que não apareceu? — Pergunta, um pouco estressada. Explico tudo, e ela fica com a consciência pesada por ter reclamado comigo.
— Manu, não precisa ficar com raiva. Eu juro que no próximo aniversário vou sair com você, tá bom? — Falo em tom brincalhão, e minha mãe me olha, triste.
— Tá bom, é uma promessa. Eu vou esperar ansiosamente. — Dá uma risadinha de porco, e eu caio na gargalhada.
— Certo! Agora preciso desligar. Bye-bye. — Ela se despede, e logo em seguida eu desligo o celular.
Ligação — OFF
Após terminar a ligação, vejo minha mãe derramando lágrimas. Fico sem entender, então me aproximo dela.
— A senhora não está se sentindo bem? Quer que eu faça algo para comer? — Pergunto, e ela me abraça, chorando ainda mais.
— Mãe… — Tento dizer algo, mas ela me aperta ainda mais. Retribuo o afeto.
— Perdão, minha filha. Por minha causa, você está deixando de viver sua vida. Hoje foi o seu aniversário, e você precisou cuidar de mim. Eu estava planejando fazer um bolo, mas a doença não me permitiu fazer nada para um dia tão importante. Então, por favor, perdoe-me. — Ela chora intensamente, e dou tapinhas delicados em suas costas.
— Mãe, a senhora não precisa me pedir perdão, e não se preocupe tanto com isso. Quando estiver boa, prometo que vou sair, mas, por enquanto, deixe-me cuidar da senhora. — Apoio meu pescoço em seu ombro, e ficamos assim por alguns minutos. Depois, levanto-me, preparo algo para jantarmos e, mais tarde, assistimos a um filme antes de dormir. Amanhã irei vender as minhas flores em uma floricultura da cidade.
No dia seguinte
A luz do sol ilumina meu quarto e reflete nos meus olhos. Pego o celular que está debaixo do travesseiro e vejo o horário: já são 6 da manhã. Levanto-me rapidamente, tomo um banho e visto roupas limpas. Tenho que entregar essas rosas na floricultura ainda hoje. Minha mãe já está acordada, e ela parece estar bem melhor! O que é uma coisa boa.
Após trocar de roupa, desço até a cozinha e tomo um café quentinho, que acabou de sair do forno. Minha mãe ri de mim quando me vê cheirando o café com apreço.
— Nossa! Que entusiasmo com um copo de café! — Ela começa a rir, e eu a olho, indignada.
— Isso não é um café, mas sim O café! — Começo a rir também, e ela balança a cabeça, negando, sem dizer mais nada.
— Mãe, vou até a floricultura, e vou me encontrar com a Manu. Não sei que horas voltarei. — Digo ao terminar o café.
— Ok, minha querida. — Ela dá um beijo em minha testa, e eu saio de casa, claro, levando minha bolsa.
Pego um ônibus, e como sempre, está lotado. Fico até desanimada com tanto cheiro de "suvaqueira", e as pessoas ficam me apertando. Sou tão baixinha que ninguém tem pena de mim. Dou uma risadinha, e as pessoas me olham. Preciso parar com essa mania, ou vão achar que sou louca.
Ao descer no local combinado com minha amiga, ando alguns passos e logo a vejo. Ela corre na minha direção e me abraça. Sua alegria é tão contagiante que não consigo parar de sorrir.
— Olá, minha jóia! — Ela fala ao se afastar de mim. Porém, minha atenção se volta para um local estranho. Vejo alguém me olhando, o que chega a me dar arrepios, mas provavelmente é só impressão, já que estou no centro da cidade.
— Então, vamos? — Caminho com ela por alguns minutos até chegarmos à floricultura. Lá estava o dono, e nossa! Que gato! Nunca me canso de admirar sua beleza.
— Aqui estão as rosas. — Ele pega as flores da minha mãe e avalia se estão em boas condições. Em seguida, vai até sua mesa e pega o celular.
— Está tudo ok, srta. Esmeralda. Pode passar-me sua conta? — Ele sorri, e eu fico meio derretida, mas isso logo acaba quando minha amiga sussurra, dizendo que há baba escorrendo dos meus lábios. Ela começa a rir com sua risada de porco, e eu também. O rapaz nos olha estranho, mas não diz nada.
Digo o número da minha conta, e ele me faz o pagamento. Não é muito, mas é o suficiente para comprar os remédios de minha mãe. Sou muito grata por isso, pois significa que o universo não está tão contra mim quanto pensei.
— Obrigada, senhor Alexandro. — Saio ao lado da minha amiga. Mais uma vez, sinto olhares sobre mim, mas ao olhar para trás, não vejo ninguém. Será que estou ficando louca?
Após passear bastante pela cidade e conversar com minha amiga, volto para casa. Já são quatro da tarde. Quando estou perto do portão, meu celular toca. Que droga! Nem esperou eu chegar em casa! Começo a rir feito uma louca, e minha mãe aparece na porta, perguntando por que estou rindo.
— Ah, não é nada, mãe. Só eu sendo apenas eu. — Ela me olha estranho e manda eu entrar. Antes, atendo o celular, sentando-me no degrau da escada.
— Alô, quem é? — Pergunto ao notar que o número é desconhecido.
— Srta. Esmeralda Salles? — Diz uma voz autoritária.
— Ela mesma. Quem gostaria de falar? — Respondo calmamente. Será que é algum banco? Nem uso crédito! Dou uma risadinha, e o homem fica em silêncio.
— Alô? — Falo, olhando para o celular.
— Prazer, me chamo Eduardo Monteiro, e sou secretário do senhor John Collins. Meu chefe gostaria de se encontrar com a senhorita.
JOHN COLLINS
— Sai pra lá, maluco, nem lhe conheço! — Falo, ríspida.
— A senhorita pode me escutar por um instante? — Ele insiste, e, como sou educada, resolvo ouvir. Após explicar algumas coisas, já adianto o processo. Cara chato.
— O que o seu chefe quer comigo? — Pergunto enquanto olho para o céu. Que lindo o pôr do sol!
— Isso a senhorita só saberá ao encontrá-lo. — Ele responde com calma, o que só aumenta meu estresse.
— Então, tchau… — Antes de desligar, outra voz surge na linha, agora mais arrogante.
— Venha até mim, e darei o dinheiro para o tratamento de sua mãe. Encontre-me na minha empresa às 8 horas da manhã. O nome da empresa é Palace - Collins.
— Olha, senhor, seja lá quem for, eu não estou interessada em sua proposta, e não sou nenhuma puta interesseira. Passar bem! — Desligo na cara dele.
Aprecio o pôr do sol mais um pouco e, depois, entro em casa. Não quero ficar doente por ficar no frio.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
maria alice dos santos ferreira
também parei de ler um de uma autora que gosto mas estava me deixando pirada ...peguei este por acaso ...espero gostar....
2025-03-13
2
Ana Lúcia De Oliveira
Curta e grossa kkkkkkkk kkkkkkkk, vamos a leitura, espero gostar. Abandonei dois livros hoje.
2025-03-09
2
iranete teofilo
Gostando muito desse começo. Vamos vê no que vai dar né?
2025-03-06
0