CW: O SEGUINTE CAPÍTULO POSSUI CONTEÚDO SEXUAL. O DISCERNIMENTO DO LEITOR É ACONSELHÁVEL.
* * *
Quando eram crianças, Lucas tinha um segredo. Quando o pai de Marcelo o espancava, ele geralmente suprimia seus gemidos dolorosos. Às vezes, até mesmo levantava o rosto, dando gritos frustrados e olhares raivosos em resposta. Mas quando via que Marcelo poderia presenciar essas cenas, ele apenas soltava gemidos dolorosos, enrolando-se em uma bola. Ele sabia que quando Gregório o espancava com o cinto, marcas roxas e verdes inundariam seu corpo nos dias seguintes.
Quando isso acontecia, Marcelo sempre se aproximava e empurrava Gregório para longe, chutando e socando. Infelizmente, ele também acabava espancado, mas ao contrário dele, Gregório não era tão duro com Marcelo. Quando o menino apenas alguns anos mais velho que ele se levantava, cambaleante, ele batia a poeira dos joelhos e se aproximava da criança pequena encolhida, caída no chão, como um boneco sem vida. Mas ele sempre o ajudaria a se levantar, sem dizer uma palavra.
Todo aquele cuidado estava direcionado único e diretamente para ele. toda sua preocupação o pertencia, como se ele fosse a única fonte de sua atenção.
Como agora, os olhos de Marcelo olhavam apenas para ele. Ele sabia que seus pensamentos já haviam passado pelo estado de pensamento normal de uma pessoa comum. Mas ele não conseguia evitar, havia uma satisfação ridícula dentro do seu peito, vendo como Marcelo, a fonte de seu desejo, finalmente estava olhando para ele assim...
transbordando de devassidão.
Ele sorriu, lentamente esfregando suas nádegas nuas contra o pênis duro de Marcelo. O homem não ficou ocioso, despejando mais uma densa quantidade de hidratante na mão, puxando a parte superior de seu corpo para dar-lhe um beijo profundo. A mão deslizou com o conteúdo líquido suavemente pelas suas costas, fazendo os pelos finos de seu corpo se arrepiarem. As mãos úmidas seguraram suas nádegas cheias, apertando-as com força, até levar seus dedos longos para estimular o buraco encharcado.
Cada vez que os dedos atingiam profundamente seu interior, sua cintura se arqueava levemente, e sua boca entre-abria para soltar um gemido de prazer. Seus olhar estava perdido, como um homem intoxicado, desfocados para o teto enquanto o calor se espalhava pelo seu corpo.
Quando seus olhos voltaram a clareza, ele descansou o maxilar no ombro de Marcelo. Aproveitando o prazer que o invadia por trás.
Havia um celular no criado mudo, não era o dele, e sim de Marcelo. Ele olhou para a tela escura distraidamente, até que ela se iluminou, mostrando uma notificação na barra superior.
Sua pupila dilatou.
Ele empurrou o peito de Marcelo para longe, fazendo o homem bater a cabeça contra a parede e soltar um gemido abafado.
Tolo...
Tolo...
Hahaha.... Ele era tão tolo...
Ele se levantou, os resquícios do prazer recente ainda não haviam deixado seu copo, e havia uma camada aquosa em seus olhos, como se o homem fosse chorar a qualquer momento.
Marcelo se levantou, suas sobrancelhas levemente franzidas. Ele caminhou até Marcelo com uma expressão de desculpas.
— Eu te machuquei? Sinto muito, isso não vai acontecer novamente, venha aqui.
Marcelo ergueu a mão, como se esperasse que ele voltasse para o abraço íntimo que compartilhavam a pouco.
Lucas olhou para as mãos do homem, que ainda carregava uma umidade ambígua. Ele segurou os cotovelos enquanto mantinha uma postura defensiva, olhando para Marcelo com os olhos vermelhos e uma expressão de "agora eu vejo".
— Você se divertiu?
— o quê? - Marcelo respondeu, confuso.
— Estou perguntando se você se divertiu. Foi engraçado? Enquanto você me ouvia gemer, você estava zombando por dentro? Você estava, eu sei que estava. - seus lábios tremeram, o olhar se tornando cada vez mais feroz — Qual é a porra do seu problema!?
— Se você me explicar, talvez eu consiga entender - ele franziu o cenho.
— A câmera.
Marcelo enrrigeceu.
— Tire-a de onde você escondeu.
A expressão de Marcelo tornou-se solene. Ele se virou e caminhou lentamente para um pequeno espaço escuro atrás de um livro no canto da prateleira, pegando um pequeno aparelho de lente escura.
— Se você me deixar explicar, isso não é na - o resto de sua frase foi interrompida.
Sua garganta travou pelo olhar incrédulo de Lucas, como se explicar tal coisa fosse o ato mais absurdo do mundo.
— Pode parar, ele levantou a mão - Seja qual for sua desculpa, eu não quero ouvir.
— Não é uma desculpa, eu sei o que você está pensando. - suas palavras eram rígidas, como se ele estivesse mentindo. Mal sabia ele como se defender das acusações de Lucas, estando tão acostumado a erguer a voz e discutir naturalmente, ele sentia que estava enfrentando um muro impenetrável.
— O que eu estou pensando, então você sabe o que eu estou pensando - Lucas respondeu com uma voz zombeteira, erguendo o rosto para o teto, antes de esfregar o canto dos olhos de forma tensa.
— Então diga. Qual era a sua intenção? colocando uma câmera no quarto, fingindo passividade - Lucas encarou um canto aleatório da sala - Mas eu posso imaginar - ele disse lentamente — essas expressões, aquela impaciência, era tudo falso? - ele repetiu, seu olhar levemente confuso — Você queria me ver assim, não queria? Você tem nojo de mim... Mas você realmente iria tão longe, transando comigo apenas para me humilhar? ... Eu pensei que você gostasse de manter sua dignidade acima das dos outros. - Ele encarou os olhos sombrios de Marcelo - Então quando foi que você chegou tão baixo a ponto de me enfrentar cara a cara? - ele riu, mas seu sorriso diminuiu lentamente. Sua expressão voltou ao estado apático de sempre, uma aura cansada pairava ao seu redor.
— Você pode...
— O quê?
— você poderia, por favor, calar a porra da boca? segurar essas suas ideias estúpidas, e me escutar pelo uma vez? - Marcelo deu dois passos para frente, mas vendo Lucas se afastar ainda mais, ele parou.
— Eu não queria te humilhar... Esse não era meu propósito.
Lucas estava imperturbável, suas pálpebras cansadas. — Sabe, é um pouco difícil acreditar. Nosso histórico me impossibilita, nesse momento, de acreditar em qualquer coisa que saia da sua boca.
— Nosso histórico - Marcelo finalmente desistiu de manter uma expressão pacífica — Se não fosse por você, ele ao menos existiria?
Lucas ouviu, ele olhou para suas roupas jogadas pela cama e as pegou uma a uma.
— por que você simplesmente não vai para o inferno?
— Não - Marcelo se aproximou e tomou as roupas do outro, empurrando o homem contra a cama, como resposta pela defensiva de Lucas. — É sempre você - ele pressionou os dois braços lado a lado dos ombros de Lucas — Só você está certo, só você pode ser humilhado, só você pode ficar infeliz - ele envolveu uma das mãos no pescoço do homem — você já olhou para mim alguma vez? Digo, você já me olhou como mais alguma coisa além do seu objeto de loucura? - ele sussurrou em seu ouvido, satisfeito ao ver a pupila do outro dilatar. — Ambos sabemos... Lucas, sabemos o que você realmente quer.
Ele foi empurrado para longe.
O homem na cama estava nu, seu peito subindo e descendo, sua expressão carregava um peso quase palpável. Ele levantou e caminhou até a gaveta sob o olhar de Marcelo, discando um número desconhecido antes de descansar o telefone no criado mudo, a chamada estava no viva voz.
Um som que se assemelhava a um ponto que se prolongava infinitamente soou no quarto silencioso. O único barulho paralelo era o farfalhar das roupas que Lucas. Quando a ligação foi atendida e Marcelo ouviu uma voz familiar no outro lado da linha, sua expressão caiu.
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Atualizado até capítulo 31
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