Capítulo 15 - Traidor

Allexander engole em seco, enquanto escuta a conversa vinda da janela abaixo deles, suas asas tremem não unicamente pelo vento que passa pelas penas, mas também por conta do calafrio que desce congelando cada osso da coluna.

— O seu trabalho foi esplêndido meu caro, com toda a certeza pediremos novamente por seu serviço quando precisarmos. — Fala a voz, reconhecida como a de William, o som leve e contagiante diferente do tom fingido que havia demonstrado antes.

— Não faço nada mais do que me pedem. — Responde a outra voz, dessa vez mais áspera, como se fosse usada pouquíssimas vezes, ou apenas para conversar com seus clientes.

— Certo, certo. — Fala William, com uma risadinha logo depois, sua alegria é forte demais para esconder em seu peito. — Como o problema dos Erissis colocados debaixo do tapete, seu pagamento será entregue debaixo da ponte dos amantes, no horário que já acertamos.

Erissis, ele se lembra desse nome, durante aquele mesmo baile que aconteceu a descoberta das estátuas, também aconteceu sua conversa com Nathaniel, sobre o assassinato de seu herdeiro, como o rumo dá conversa logo baixo fica cada vez mais estranha, Allexander tem a certeza de que os Pasmour arquitetaram isso, mas o motivo de terem feito isso não se encaixa em nenhum quebra-cabeça que esteja se formando em sua cabeça. Tão estranho.

— Correto. Caso precise de mais trabalhos que precisam ser feitos, pode me contatar. — Fala a voz áspera, igual a um vendedor falando para seu cliente para voltar.

— Aquele outro trabalho, faremos ele. — Fala William, seu tom mais baixo, quase que com medo de alguém escutar tudo, mesmo que isso seja verdade.

— Aquele com os Nyousvier? — Allexander prende a respiração, seus olhos pretos se arregalam, e seus ouvidos quase chiam, mas com força ele não deixa isso acontecer. — A metade do dinheiro precisará estar inclusa para que eu comece, matar um herdeiro desses não e algo simples.

— Claro, tudo estará guardado e seguro na ponte, não precise se preocupar com o resto. — Fala William. — Apenas termine o trabalho, e tudo seguirá como foi com os Erissis.

“Traidor”, pensa Allexander, sem perceber que falou em voz alta. Assassinatos entre os nobres sempre ocorreram a vários séculos, muito anos antes de todos aqui terem sequer pensado em nascer, sempre que acontecia era por baixo dos panos, completamente sigiloso, porque o julgamento para esse crime é a morte, ou fazer o criminoso desejar tê-la, dependendo também em qual hierarquia aconteceu, em baronetes apenas prisão perpétua, quando ocorreu com duques ele não sabe como que é, já tendo perguntado para o seu pai, mas a resposta foi apenas um silêncio que falava por si mesmo.

A família Pasmour mandou matar, e matou, um conde, dando para eles a prisão perpétua, junto da morte de todos os seus herdeiros, dando fim a sua linhagem, mas também desejam assassinar um herdeiro duque, dando um fim desconhecido para toda a sua família.

Ele escuta passos se levantado e saindo do escritório, William deixou a sala, junto de todos os crimes para trás, pronto para voltar a fingir para seus convidados que nada aconteceu, e sorrir para Allexander enquanto pensa sobre a sua morte. Ele volta a engolir em seco, sem uma única gota de saliva dentro da boca, com o medo cortando toda sua fonte de oxigênio.

O motivo de ter ido lá foi para ver uma simples estátua boba, com o corvo medroso, e se divertir um pouco com os nobres falidos que ainda pensam que tinham alguma chance de voltar a crescer, mas no final apenas foi recebido com um futuro assassino que baterá em sua porta a qualquer momento e ele não saberá o que fazer.

Ele mesmo não sabe o que fazer agora, nunca havia passado por uma situação como está em sua vida, apenas escutou algumas histórias de sua mãe sobre aqueles que queriam impedir seu casamento por variados motivos, desde ciúmes, a tramas familiares mal resolvidos. Mas, isso não deve ser algo como algum drama familiar, os dois nem sequer se conheciam a duas semanas atrás, e ciúmes, ele não tinha certeza.

Mas, ele nunca lidou com esse tipo de situação antes em sua vida, deveria falar com seus pais, e ir embora imediatamente, mesmo que seu cérebro fale e berre para que faça exatamente isso, seu corpo simplesmente não o obedeci, ficando paralisado no topo encima do telhado.

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Caius ainda está processando o que acabou de escutar da coruja, que não voltou a falar, apenas se silenciou e continuou a escutar a conversa que está acontecendo logo abaixo. O que será que ele está escutando? O que é tão assustador que suas mãos agarram o corrimão do telhado quase as fazendo sangrar?

Allexander não parece conseguir sair desse transe, estando distraído com seus próprios pensamentos que parecem estar o atormentando. Decidido a tirar a coruja do transe, Caius chega até ele e toca em seu ombro.

O efeito foi imediato, em apenas poucos segundos as asas claras da coruja se arrepiarem, e ele decolou, não silencioso como costuma ser, mas cada bater trazia uma forte onda de vento que se batiam como trovões em um dia chuvoso. Caius também se assusta, mas diferente de sair voando apenas dá alguns passos para trás se desequilibrando um pouco.

Dali tem como ver Allexander, segurando e soltando sua respiração, tentando ao máximo se acalmar depois de alguma coisa ter acontecido, e Caius espera, não querendo que ao chamar a coruja, com receio que ele saia voando ainda mais longe enquanto está assustado e desorientado.

Ele não sabe quantos minutos se passaram enquanto Allexander continuava batendo suas asas como se elas estivessem tentando fazer um tornado, mas, aos poucos as batidas foram ficando silenciosas até chegando no silêncio total comum que seu voou proporciona. E depois de mais um tempo, ele volta para o telhado.

— O que aconteceu? — Pergunta Caius, sua voz está baixa e contida. — E você já está bem?

— E que... eu escutei que... aconteceu que... — Allexander engole cada vez, não conseguindo falar, ou começar a dizer, o motivo do grande medo que ainda o faz tremer.

— Foi muito ruim? — Pergunta Caius, se batendo mentalmente logo em seguida, lógico que foi ruim, a forma que tudo acabou de acontecer explica tudo.

Mas, Allexander confirma com a cabeça, não a levantando apenas olhando para as telhas de madeira que compõem parte do telhado.

— É alguma coisa a vez com você? — Caius faz uma outra pergunta, respostas de sim ou não ajudam mais do que fazer uma frase completa.

Allexander acena de novo, apertando seus dedos nas palmas das mãos até ficarem pálidas.

— Você-

— Ele quer me matar. — Fala Allexander, seu corpo volta a tremer como se aquela frase estivesse o acordado para a realidade do que aconteceu. — Ele quer me matar... Por quê?

—Querendo matar você? Como assim? — Perguntou Caius.

— Sim, eu escutei tudo, com toda certeza eu não alucinei tudo isso. — Responde Allexander, com a voz tremula, seus olhos demonstravam o início de uma vermelhidão indicando sua vontade de começar a chorar.

Caius não falou nada, em sua cabeça vários pensamentos se enrolaram uns nos outros, Allexander não teria motivos para mentir sobre uma coisa dessa, era uma afirmação grave demais e colocaria em risco muitas pessoas, mesmo que os dois se conheçam por pouquíssimo tempo, ele ainda não imaginava que a invenção desse tipo de coisa.

— Eu, acho melhor voltar lá para baixo. — Fala Caius, colocando de leve sua mão no ombro da coruja tremula. — Antes que alguém desconfie da nossa demora, ou outra pessoa entre no escritório.

Allexander suspira, o corvo o vê se virando e voando rápido de volta para baixo, em um segundo ao outro ele escuta o bater da janela de vidro, logo em seguida ele também desce, entrando de volta no local que eles saíram com tanta presa. A coruja estava de volta naquela gaveta trancando, a puxando para tentar abrir o que só poderia ser aberto com usando uma chave.

— Allexander. — Chama Caius. — Não puxe desse jeito, vai acabar quebrando, ou pior chamar a atenção de alguém para cá.

— Eu não me importo. — Fala Allexander de volta, ainda puxando a gaveta o mais forte que conseguia, até mesmo puxando-a para si, fazendo um assobio fino encher toda a sala vazia. — Se tiver alguma prova daquela conversa ela com certeza estará aqui, não tem como ele ter escondido isso tão facilmente.

— Allexander, respire. — Diz o corvo, colocando sua mão por cima daquela que esta agarrada na gaveta, de tão perto assim Caius escuta a respiração entre cortada e os leves chiados que tentam sair a cada puxada de ar. — Olhe para mim.

A coruja se vira, seus olhos pretos estão com suas bordas vermelhas por segurar as lagrimas que começam a subir em meio ao sentimento estranho de desamparo que começa a subir por ele, mas Caius também conhece esse sentimento, a angústia de não saber o quão ruim será aquele acontecimento no futuro, ou se as cartas certas estão sendo jogadas na mesa são para aquele momento. Sem pensar muito, e esperando que Allexander não se assuste igual da última vez Caius o abraça, querendo que ele se sinta um pouco mais segura nessa situação que aparenta ficar cada vez pior.

— Eu estou sendo exagerado? — Pergunta Allexander, com o corvo sentindo as gotas frias das lagrimas enchendo seu ombro. — Muitos já passaram por isso... e eles estavam tão calmos, e eu estou aqui, chorando por uma coisa que pode nem sequer acontecer, e desesperado por algo que viria mais cedo ou mais tarde.

— Não, você não está sendo exagerado. — Respondeu Caius. — E apenas medo, e normal de tê-lo, mesmo que esse tipo de ameaça possa acontecer no futuro, e difícil escutar bem do seu lado sem conseguir fazer nada.

Caius sente os braços ao redor de si apertarem mais, se e por medo, ou por qualquer outro tipo de sentimento ele não sabe, mas para consolar seu amigo também aperta seus braços enquanto sente seu ombro se encher mais com as gotas de lagrimas que caem silenciosamente, deixando o escritório que antes aparentava ser simples e sem graça, em um ambiente que se transformou em uma guilhotina esperando ansiosamente para cair.

..----------------..

Allexander se agarra no corvo menor, o sentimento que antes era presente vinda de início quando se conheceram volta mais forte enquanto o abraçava, não sabia se era por tudo que acabou de acontecer, ou se era porque nunca havia passado por isso antes. Aquela voz que vinha dentro de si para se alegrar com as angústias do corvo se mostrou amedrontada por aquele acontecimento, querendo de alguma forma ele resolvesse isso logo, mas nem sequer sabia por onde começar.

Então em vez disso tentou quebrar a gaveta, mesmo que chamasse a atenção de alguém sua cabeça já havia se transformado em um turbilhão. Ele tinha certeza de que estava exagerando, uma ameaça de assassinato e algo que muitos já passaram, vivenciaram e sobreviveram para contar a história perante o tribunal, mas ele está aqui chorando no ombro de um corvo menor do que ele, enquanto tudo se desvanece no mais tranquilo entardecer, como se demonstrasse para ele que aquilo não era nada demais.

Saindo de perto de Caius, Allexander começou a andar até a porta.

— Vamos sair. — Fala Allexander, com a voz ainda rouca das lagrimas que havia soltado antes. — Não queremos que alguém nós veja saindo agora.

Caius o seguiu logo em seguida, ficando em sua frente para guiar o caminho para mais fundo entre os quartos, Allexander percebe o ombro esquerdo do corvo molhado, e sente uma certa vergonha por ter feito isso, ele poderia ter simplesmente deixado isso para mais tarde, ter esperado para chorar sozinho em seu próprio quarto traria menos o nervosismos que surgiu dentro dele, não querendo mais pensar sobre isso ele olha ao redor do corredor que ao mesmo tempo parecia curto e extremamente longo.

Tudo naquele local tem aspecto de algo envelhecido, os cantos com o surgimento de mofo e rachaduras, as madeiras rangentes com algumas aparentando ter cupins dentro, e a tintura na parede que algum dia já poderia ter sido em tom claro de marrom se transformou em algo desconhecido. Nada ali demonstrava cuidado ou carinho, apenas tristeza e resignação, ele se lembra que enquanto conversava com a Senhorita Pasmour seus olhos demonstravam o quanto ela queria de volta os luxos que tinha anteriormente em sua vida, mas vendo essa situação, ela realmente queria isso? Ou era como aqueles outros adultos, apenas mentindo para si mesmos sobre seus desejos por que sabiam, que aquilo que realmente querem nunca poderia ser conquistado?

Allexander balança a cabeça, estava pensando demais sobre uma coisa simples, eles não cuidavam da casa porque eram preguiçosos, e não tinham vários empregados por conta de não ter mais dinheiro, suas perguntas foram respondidas com simples palavras, duvidava que fosse tudo aquilo que havia pensado antes.

— Caius. — O corvo se vira para ele. — O quão longe e o seu quarto? Sinto que estou caminhando por horas.

— Apenas mais algumas portas e estaremos lá. — Responde Caius. — Nem passamos muito tempo caminhando, você está apenas exagerando.

Ele não queria saber sobre essa palavra o ‘exagero’, está sendo algo marcante neste dia.

— Porque a casa está toda destruída desse jeito? — Perguntou Allexander, vendo o corvo dar uma parada e se virar para ele. — O que? Eles têm dinheiro para fazer as pessoas trabalharem, mas não tem para arrumar uma parede?

— Eles não gostam muito de gastar. — Responde Caius, que apenas faz a coruja levantar a sobrancelha não acreditando nessa resposta. — Eles só gastam em coisas importantes, a parede vai demorar para cair, e as rachaduras estão apenas no início, nada vai acontecer, por enquanto.

— Coisas importante? — Fala Allexander. — O gosto deles para coisas importantes e estranho, como já vimos antes.

— Isso e verdade. Mas, olha chegamos.

Eles estavam na frente de uma porta mais envelhecida que as outras, até mesmo faltando um de seus pedaços, mostrando um tamanho perfeito para um ratinho passar. Allexander sente o forte cheiro de mofo subir por seu nariz, quando a porta e aberta, mostrando que por até onde eles “economizaram seu dinheiro”.

O quarto e velho, no sentido em que os moveis precisam urgentemente serem trocados se não cairiam como poeira pelo chão, o resto e como o lado de fora, paredes mofadas com algumas rachaduras, cama afundada no formato de um grande buraco, demonstrando que várias pessoas passaram por essa mesma cama e dormiram nela por variadas noites. Nada ali dá a sensação de aconchego que ele sente ao se deitar em sua cama macia, apenas o faz querer ficar o mais longe possível dali, como se fosse para pegar algo no sótão e esquece-lo pelo resto do ano.

— Como você conseguia dormir aqui? — Pergunta Allexander. — Ficar aqui me dá vontade de espirar e tossir, imagina dormir.

— Você se acostuma. — Responde o corvo, vasculhando o armário vazio, passando a mão pelos solavancos da madeira estragada, e espantando alguns dos cupins que tentavam picar sua mão.

— O que está procurando? — Pergunta a coruja indo em direção de Caius, que se afasta um pouco, dando espaço para o outro.

Caius passa a mão na parede do armário até se agarrar em uma parte, a puxando para baixo e mostrando a área escondida. Ali dentro tem uma caixa, que aprece ser feita de cobre com algumas joias pretas embutidas na tampa, o corvo a pega, colocando encima da cama para que os dois vejam com mais cuidado.

— O que é isso?

— Uma caixa que me presentearam no meu aniversário de dez anos, eu quase me esqueci dela, mas não poderia deixá-la para trás. — Responde Caius, abrindo a caixa para os dois verem o conteúdo dentro.

Que é uma pena, algo tão simples escondida dentro de uma caixa cravejada, o corvo a pega, mostrando para a coruja que esse algo tão comum, na verdade tem sua haste feita de ouro, e seus pelinhos feitos de algo que eles desconhecem.

— E um presente bonito. — Fala Allexander, um pouco admirado, ele consegue admitir, com toda o trabalho feito para uma única pena. — Mas, eles apenas entregaram isso para você? Sem falar nada?

— Eles não falaram nada, apenas me entregaram, talvez seja alguma herança vinda da minha antiga família. — Caius volta a colocar a pena na caixa e a fecha com um clique. — Eu só vou pegar mais algumas coisas então poderemos ir... que cara é essa?

Allexander está com o rosto surpreso, como se o corvo tivesse falado algo que mudou sua perspectiva de vida.

— Você é adotado?

— Tá brincando não é?

Capítulos
1 Prólogo
2 Capítulo 01 - Um dia comum, mas cheio de sentimentos estranhos
3 Capítulo 02 - Primeiras impressões são fáceis, até você sair correndo
4 Capítulo 03 - Conversas podem fluir no jantar se você ter ajuda pra conversar
5 Capítulo 04 - Tudo é um aviso, só não aguento mais recebê-los.
6 Capítulo 05 - Um dois pra lá, um dois pra cá
7 Capítulo 06 — Um dia que pode ser resumido em monótono...
8 Capítulo 07 — Sonhos são estranhos, tudo tem significado, mas muitas vezes não
9 Capítulo 08 — Pássaros podem ser cobras se tiverem o disfarce perfeito
10 Capítulo 09 - Cantam como caixinhas de música e tremem como trovões.
11 Capítulo 10 - A chuva pode fazer até pássaros diferentes se divertirem
12 Capítulo 11 - Um dia de folga, um novo problema, um dos dois terá um fim rápido
13 Capítulo 12 - Como um jarro pode ser usado como instrumento?
14 Capítulo 13 - Antigas casas não podem ser sempre chamadas de lares
15 Capítulo 14 - Visitas não muito tranquilas e conversas superficiais
16 Capítulo 15 - Traidor
17 Capítulo 16 - Um canto esquecido conta suas próprias histórias
18 Capítulo 17 - Um buraco escondido contra suas próprias lendas
19 Capítulo 18 - Saindo de um esconderijo e entrando em uma farsa
20 Capítulo 19 - Roubar coisas e conversar sobre outras
21 Capítulo 20 - Pesadelos que enlouquecem aos poucos
22 Capítulo 21- Fatos sobre assassinato e cansaço sem fim
23 Capítulo 22 - Um sentimento de culpa que não deveria existir
24 Capítulo 23 - Pássaros mortos não podem cantar
25 Capítulo 24 - A ilusão da segurança
26 Capítulo 25 - Conversar com um urubu e o mesmo que falar com uma porta
27 Capítulo 26 - Conversas atrás de conversas, talvez um plano saía daí
Capítulos

Atualizado até capítulo 27

1
Prólogo
2
Capítulo 01 - Um dia comum, mas cheio de sentimentos estranhos
3
Capítulo 02 - Primeiras impressões são fáceis, até você sair correndo
4
Capítulo 03 - Conversas podem fluir no jantar se você ter ajuda pra conversar
5
Capítulo 04 - Tudo é um aviso, só não aguento mais recebê-los.
6
Capítulo 05 - Um dois pra lá, um dois pra cá
7
Capítulo 06 — Um dia que pode ser resumido em monótono...
8
Capítulo 07 — Sonhos são estranhos, tudo tem significado, mas muitas vezes não
9
Capítulo 08 — Pássaros podem ser cobras se tiverem o disfarce perfeito
10
Capítulo 09 - Cantam como caixinhas de música e tremem como trovões.
11
Capítulo 10 - A chuva pode fazer até pássaros diferentes se divertirem
12
Capítulo 11 - Um dia de folga, um novo problema, um dos dois terá um fim rápido
13
Capítulo 12 - Como um jarro pode ser usado como instrumento?
14
Capítulo 13 - Antigas casas não podem ser sempre chamadas de lares
15
Capítulo 14 - Visitas não muito tranquilas e conversas superficiais
16
Capítulo 15 - Traidor
17
Capítulo 16 - Um canto esquecido conta suas próprias histórias
18
Capítulo 17 - Um buraco escondido contra suas próprias lendas
19
Capítulo 18 - Saindo de um esconderijo e entrando em uma farsa
20
Capítulo 19 - Roubar coisas e conversar sobre outras
21
Capítulo 20 - Pesadelos que enlouquecem aos poucos
22
Capítulo 21- Fatos sobre assassinato e cansaço sem fim
23
Capítulo 22 - Um sentimento de culpa que não deveria existir
24
Capítulo 23 - Pássaros mortos não podem cantar
25
Capítulo 24 - A ilusão da segurança
26
Capítulo 25 - Conversar com um urubu e o mesmo que falar com uma porta
27
Capítulo 26 - Conversas atrás de conversas, talvez um plano saía daí

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