Isla acordou de mau humor.
Passou a noite revirando-se na cama e o pouco que conseguiu dormir, teve sonhos nada calmos. Lok povoou os seus sonhos durante o sono e os seus pensamentos durante a insônia.
Enquanto acordada, recordava do toque daquelas mãos e dormindo, sonhava que os dois estavam nus na relva, ao lado do lago, podia até sentir os beijos quentes...
Levantou-se, colocou o seu vestido de trabalho, calçou as botas, prendeu o seu cabelo no costumeiro coque. Iria ocupar o seu corpo e a sua mente ou acabaria gritando feito louca, estava enlouquecendo.
Lok mostrou algo para ela que não imaginava existir, o seu corpo e a sua mente estavam com ele. Saiu para pegar alguns gravetos e assim facilitar quando fosse cozinhar algo, andou por entre as árvores perto da cabana recolhendo pequenos galhos para estocar.
Árvores altas e frondosas cercavam a pequena cabana, protegendo o lugar de olhares estranhos. As flores espalhavam-se numa profusão de cores e perfumes. Tudo ali era perfeito, era o seu lar, o lugar de onde nunca saiu.
Ali ela tinha tudo que precisava, o lago, as flores, Davina e Archie, a sua casa simples, o seu filho que ela tanto amava…
Pensar em Aiden, trazia calma para o seu coração. Mesmo sendo gerado sem a sua vontade, o fruto daquela barbárie, era a sua razão de viver.
Voltou a reunir gravetos, ainda tentando manter-se ocupada para não pensar muito. Pensar demais sempre a enchia de preocupações e medos.
Ao ver que já havia uma pilha de galhos, sentou-se num tronco caído para descansar. A suas costas, estava a sua casa, mas a sua frente, o belo nascer do sol, que trazia um brilho especial sobre as flores ali perto. Fazia tempo que não observava as maravilhas ao seu redor. Ela morava pertinho do paraíso e por conta da sua fama de bruxa, poucas foram as vezes que foi incomodada por visitantes indesejados, os poucos que se atreveram e os seus cães os espantavam a se aproximar, Archie e os seus cães os espantavam e agora ela tinha Lok…
Ainda não sabia se compreendia o que ele lhe fizera. Jamais imaginou que tais sensações existissem. Seriam essas emoções que Davina falava? O fato de um homem, com o toque das mãos e dos lábios despertar sentimentos tão ardentes explicava o porquê de sua mãe ter vivido de braços em braços, trocando de homens todas as noites. Talvez ela procurasse por esses tais sentimentos e não apenas por moedas para pagar a sua bebida.
Por ser exposta à brutalidade de uma noite, nunca entendeu porque qualquer mulher procuraria, de livre espontânea vontade, contato físico com um homem. Agora as peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar…
Imaginava que se fosse tocada, iria sentir-se furiosa, ofendida, suja e apavorada. Mas não experimentou nada disso.
O seu marido não a forçou a suportá-lo, não se valeu de táticas desonrosas ou cruéis apenas a acariciou.
E ela, longe de repudia-lo, de gritar, lutar, não ficou indiferente. Reagiu a cada toque, aceitando a proximidade, e pior, querendo mais.
Seria obrigada a tomar uma atitude sobre essa atração que sentia, antes que perdesse o juízo e se colocasse em perigo.
Levantou-se e juntou os gravetos nos braços para voltar para a cabana. Estava decidida! Se afastaria de Lok. Se ficasse longe, se não ficasse olhando para o seu corpo forte e não sentisse o toque daquelas mãos, estaria segura.
Confiante, se pôs a caminhar de volta para casa quase sorrindo, pois encontrou a solução para os seus problemas.
Chegava em casa, com os braços cheios de gravetos, quando deparou-se com a razão dos seus problemas: Lok.
Ele estava apenas de calça e sem camisa, jogava um balde de água em sua própria cabeça.
Por tudo o que era mais sagrado! Ele tinha que ficar se expondo dessa forma?
Era uma ofensa para os seus olhos ver tanta beleza logo após ter tido a certeza de que conseguiria ficar longe de tentações. Queria estar entre aqueles braços, secar com a sua obcecada gota de água que escorria pelo peito, entre os fios claros que cobriam aquele tórax. Agora ele balançava a cabeça para secar os cabelos e ela pôde acompanhar com nitidez uma trilha de água escorrendo pelo corpo até se esconder nas calças.
Chega! Gritou Isla interiormente. A passos largos foi até o fogão e deixou cair a lenha, para deixar claro que estava ali. O homem se exibiapor todos os cantos nu. E se alguém aparecesse ? Nesse momento pensou em outras mulheres admirando-o , será que teriam controle na presença dele? Esse pensamento a deixou mais irritada.
Nem bem teve os braços livres do peso, foi puxada de encontro a um corpo duro e ela estremeceu, conhecia aquele cheiro, aquela mão nos seus braços...
– Bom dia minha esposa. – sentiu um beijo na nuca, que já a fez estremecer. – Como passou a noite? Teve bons sonhos?
Isla virou-se de frente para Lok para afastá-lo, mas aquele sorriso e o brilho naqueles olhos a deixou muda. Será que ele sabia da sua noite insone ? Ou tinha idéia do quanto ele era bonito de se olhar e mexia com os seus sentimentos?
Os seus pensamentos foram interrompidos por ele:
– Não suporto mais ficar longe, veja o meu sofrimento. – pegou a mão dela e levou para a sua virilha para que assim ela sentisse a dureza do seu membro. – Falarei com o nosso filho, o meu lugar é na nossa cama, ao seu lado. Eu sou o seu marido e preciso estar com você, ficarei doente…
Isla não recuou, sentia a mão quente segurando "aquilo" dele, ele apossou-se da sua boca, calando qualquer tentativa de negar algo.
Quando ela gostava da situação, ele afastou-se e tinha um sorriso cheio de convencimento no rosto, como se soubesse de todo o turbilhão de emoções que ia dentro dela. Afastou-se indo para o interior da casa, deixando-a parada ali, entorpecida pelas emoções fortes, sem ainda assimilar o quê ele disse.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 50
Comments
Luisa Nascimento
Autora se juntasse esses seus livros daria um belo filme. pense nisso!💯
2024-12-20
1
New Biana2
amanda a história
2024-12-03
1
Joana Sena
é isso aí Lok
2024-05-04
7