Capítulo 19

...Samuel Colucci ...

Estava com o Luide trabalhando ele era bonzinho e estava gostando de ter a companhia dele. É um menino muito esperto, ele me lembra muito a própria Luz com o seu jeito de me olhar de lado, o jeito que a Luz e a Aninha fazem e tive que sorrir.

Eu por um minuto tinha até esquecido dos meu problemas, mas isso mudou quando um louco entrou na minha sala ele entrou de uma forma tão brusca que assustou o Luide que na mesma hora se encolheu em meu colo.

Quando vi quem era até me assustei por um momento não vejo o meu tio desde a morte da minha mãe, e ver ele ali com uma cara de raiva.

— Que pora é está de você ter comprado o lote em San Diego, você sabe o quanto o seu avô queria recuperar este lugar. — ele falou berrando e o Luide estava muito assustado.

— Primeiro abaixe o seu tom de voz e respeite o ambiente em que estamos. Não é adequado gritar e assustar as pessoas aqui dentro.

Eu olhei para o Luide, que ainda estava encolhido em meu colo, e tentei acalmá-lo acariciando sua cabeça. Em seguida, voltei minha atenção para o meu tio.

— Eu comprei o lote em San Diego porque era uma oportunidade de negócio. Não vejo como isso afeta os desejos do meu avô. Além disso, você sabe que o projeto que vou fazer era o sonho da minha mãe e não vou desistir para agradar uma família que não se importa com ninguém, que não vá fazer o que vocês querem, e vocês sabem o quanto isso é importante para mim, mas o seu sobrinho favorito comprou o lote do lado só para atrapalhar os meus planos.

— O Sebastian fez o necessário para você, você vai jogar o nome dos Colucci na lama — ele começou a gritar e o Luide a tremer

— Eu acho melhor o senhor sair daqui, não está vendo que está assustando o meu menino, eu sei que você não me respeita, mas tenha um pouco de consideração pela criança.

— Eu quero a mamãe — O Luide falou e me levantei apertando mais ele no meu colo.

— O seu bastado? Eu jurava que era uma menina, mas do jeito que você é não duvido nada você está vestido a menina assim como um moleque...

— Eu não sou bastado, isso é coisa feia e eu não sou menina, eu sou menino, e você é malvado e feio — o Luide falou com os olhos cheios de lágrimas.

— Seu pirralho...

Eu interrompi meu tio, indignado com suas palavras cruéis.

— Chega! Chega de insultos e de desrespeito! Você não tem o direito de falar assim comigo e muito menos com o Luide.

Ele é uma criança e merece ser tratado com amor e gentileza. Coloquei o Luide no chão e me abaixei para ficar na altura dele, segurando suas mãos.

— Luide, não escute as palavras desse homem. Ele não sabe o que está falando. Você é um menino incrível, corajoso e inteligente. Não deixe que ninguém te faça sentir menos do que isso, você é incrível está bem, você é maravilhoso — falei e ele me abraçou apertado.

Bateram na porta e logo vi a Luz, ela olhou para mim e olhou para o homem e para o Luide com cara de choro.

— O que foi? — ela perguntou vindo até a gente.

— Minha linda leva o Luide daqui — falei e ela olhou para mim sem entender nada. — Vai com a mamãe meu amor — falei entregando o Luide.

— Mamãe este homem é muito malvado ele disse que eu sou bastado e que eu sou uma menina...

— Não liga para ele, vai com a mamãe — falei e me aproximei da Luz colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. — Vai para minha casa, e não faz pergunta — falei no seu ouvido.

Ela parecia confusa, mas percebeu a gravidade da situação e aceitou levar o Luide consigo.

Fechei a porta da sala e ele olhava para mim surpreso.

— Eu não vou permitir que você trate as pessoas da minha família desse jeito. Se você quiser falar comigo, vamos conversar como adultos. Você não tem o direito de tratar as pessoas assim, e eu não vou permitir que isso aconteça. Agora, saia da minha sala, antes que eu faça algo que vai nos arrepender depois.

— Você realmente acha que pode me mandar embora assim, Samuel? — ele disse, com um sorriso sarcástico no rosto.

— Eu não estou te mandando embora, estou apenas protegendo o Luide e a Luz dessa situação. Você não tem o direito de falar daquela maneira com eles, muito menos comigo. E não pense que eu vou permitir que você interfira nos meus planos. Ele se aproximou, me encarando com raiva nos olhos.

— Sua mãe não gostaria nada de ver você indo contra a família dessa forma. Você está manchando o nome dos Colucci.

— Minha mãe não está aqui para decidir o que é melhor para mim. E eu já disse que não vou desistir do meu projeto por causa dos desejos do meu avô ou de qualquer outra pessoa da família.

A discussão estava esquentando cada vez mais, as palavras afiadas voavam de um lado para o outro. Eu me mantive firme, determinado a não me curvar diante do meu tio.

— Você é um egoísta, Samuel. Só pensa em si mesmo e nos seus caprichos. Não se importa com ninguém além de você mesmo.

Aquelas palavras atingiram em cheio meu coração, mas eu não iria deixar que ele me abalasse. Respirei fundo e respondi com firmeza.

— Eu me importo sim, mas não vou deixar que ninguém decida o meu futuro por mim. E se isso significa ir contra a vontade da família, então que assim seja.

A discussão continuava, as vozes se elevando cada vez mais. Ambos estávamos determinados a fazer prevalecer nossas vontades. Mas no fundo, eu sabia que essa briga não levaria a lugar nenhum.

Depois de alguns minutos, meu tio finalmente desistiu e saiu da sala. Eu suspirei aliviado, mas ainda sentia o peso da discussão em meu peito.

Eu sabia que aquela era apenas a primeira de muitas discussões que teríamos.

Eu não consegui fazer mais nada no escritório e fiquei com medo dele fazer algo com a Luz, ele viu ela e o Luide não seria nada bom se ele fosse atrás deles.

Chamei a Kelly na minha sala. Ela entrou toda destrambelhada, e ao mesmo tempo com medo.

— A Luz saiu?

— Sim senhor, ela saiu com o menino... — não deixei nem ela terminar e sair.

Precisava proteger eles, eu sei que o meu tio viu algo na minha relação com o Luide e eu deveria ter deixado claro que não sou o pai dele.

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^^^Continua...^^^

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