Capítulo 4

...Samuel ...

Esta mulher só pode ser doida.

— Me desculpa senhor Samuel — o senhor Calina falou e sinceramente eu não suporto estes joguinho para mim ficar com pena e vende a fazenda por um preso mais baixo.

— Eu não caiu nestes jogos, que era aquela mulher.

— Ela é só a filha de uma ex funcionária ninguém importante, ela acha que tem os direitos da a terras só porque mora lá a vida toda ela costumava trabalhar aqui, mas foi demitida a cinco anos, e por pena ela continuou morando lá — uma mulher entrou falando e abraçando o senhor Calina. — Eu vim o mais rápido que pude assim que a sua secretária me afastou que ela estava aqui ela foi lá em casa fazer um escândalo acredita meu amor, estás pessoas não sabem o seu devido lugar a gente da a mão e elas querem o corpo todo.

— Sei bem como é — falei lembrando da idiota da Kassandra.

— Amor assina logo e vamos, hoje é o nosso aniversário de namoro faz 20 anos que estamos juntinhos — ela falou abraçando o senhor que assinou o restante dos papéis.

Sair dali o mais rápido aquelas pessoas estavam tirando a minha paciência e eu queria aproveitar a minha filha.

Meu telefone começou a tocar, assim que entrei no elevador eu pensei em nem atender, mas mudei de ideia quando vi que era o Fred

— E aí já resolve? — o Fred perguntou claramente impaciente com se tivesse algo a mais.

— Sim Fred, mesmo com uma doida tentando atrapalhar, mas já estou indo para minha casa, você busca a papelada lá.

— Infelizmente vou atrapalhar os seus planos, lembra as terras que você queria em San Diego, o dono veio para uma reunião com o Santiago, mas vai ficar por uns dias em São Paulo e conseguiu uma reunião com você hoje daqui a uma duas no hotel que ele está hospedado vou te mandar o endereço, tem que ser hoje ele vai ver o Santiago a noite e conseguir ver com um conhecido que ele tem uma reunião com o Sebastião na sexta.

— Certo, eu vou para lá e depois vou para o escritório, se tiver como falar com a Rafaela, não queria que a Aninha ficasse sozinha hoje.

— Não se preocupe com a minha afilhada.

Desliguei o celular chateado, eu odeio quando tenho que desmarcar momentos com a minha filha. Saí do elevador no estacionamento e não precisei dar muitos passos para ver uma cena que me deixou completamente pálido. Eu não acreditei no que vi com os meus olhos, era aquela moça de novo, e ela tinha arranhado a minha BMW e estava com o batom na mão.

Ela ia escrever alguma coisa e a impede de fazer isso, eu estava com tanta raiva dela, que eu queria chamar a polícia ela não sairia impune dali, quem ela pensar que é eu a segurei com força para impedir de fugir e o olhar dela me desafiando me dava mais raiva. Quem ela pensa que é para fazer isso.

Quem, ela pensa que é para me desafiar, quem ela pensa que é para se colocar no meu caminho eu sou Samuel Colucci.

— Vamos liga para a polícia e resolvemos também a questão das minhas terras. — ela falou com raiva, ela era tão segura de se, e me olhava de uma forma tão profunda.

— Garota as terras são minhas eu as comprei não é porque você viveu a vida toda que você pode simplesmente ficar com elas. — falei tentando explicar a situação.

— Você que não entende Garoto eles não podiam vender as terras da minha mãe, como ele vende algo que não é dele, eu tenho como provar, como você se sentiria se vendessem a sua casa — ela falou tentando se solta do meu braço — Acho bom você me solta você está me machucando.

— Você me fez passar vergonha com este seu joguinho. — falei soltando ela.

— Eu te fiz passar vergonha — disse ela rindo da minha cara — Me poupe, você não sabe nem o que isso significa...

— Olha menina pessoas do seu tipo tentam me ferra todos os dias, eu já conheço o seu tipo — falei olhando bem para a cara dela a Kassandra era do mesmo jeito de fazia de boa moça e depois dava o bote — Você veio com este joguinho para me fazer perde dinheiro...

— Nem tudo na vida é dinheiro — ela falou ficando cara a cara a mim, sem cogitar baixar o olhar. — Sinceramente eu sei que para você eu não sou nada, mas aquele idiota lá dentro está arruinando a minha vida.

— Você é deste tipinho de gente que coloca a culpa nos outro por não ter nada na vida e ainda faz showzinho para envergonha as outras pessoas, pessoas como você são patéticas garota — eu estava com tanta raiva dela, distravei o carro abrindo o capô.

Ela estava andando e parecia ter achado algo engraçado.

— Agora vamos ver o que é patético — ela falou tirando alguma coisa da parte de trás do carro era um par de algumas que eu tinha ganhado da minha namorada com um convite e de uma forma tão rápida ela colocou em nós dois nós unidos, eu estava com a minha mão esquerda ligada a mão direita dela, está mulher só pode ser muito louca. — Vamos para delegacia resolver isso a minha vida já está arruinada mesmo. — ela falou me puxando.

— Você enlouqueceu? — eu estava completamente em choque com a atitude repentina dela.

— O que foi? e está cara? Você não me intimida, eu sei que pessoas como você não vão na delegacia, seu tipinho tenta resolver na ameaça, aí olha para mim pensa que menina simples deve ser uma tonta, mas eu não sou ingênua. — ela falou com um ar de empoderamento.

— Você pode até pensar que não capaz, mas vou te mostrar que sou muito mais do que você imagina. Vamos para a delegacia resolver isso de uma vez por todas. Não vou deixar você sair impune depois de estragar meu carro e me ameaçar. — falei, mas ela já estava praticamente me arrastando antes mesmo de eu terminar

Não acreditava na audácia dessa mulher. Ela havia arranhado meu carro, me desafiado e agora estava me arrastando para a delegacia. Mas ao mesmo tempo, uma parte de mim se sentia intrigada por essa mulher. Ela não era como todas as outras que eu estava acostumado a lidar. Havia uma coragem e uma determinação em seus olhos que era difícil de ignorar.

Meu telefone começou a tocar e vi que era o Fred, eu lembrei na hora que tinha que estar na maldita reunião.

— Pode atender eu espero — ela falou e está mulher está me deixando maluco só pode.

Atende e ela ficou me olhando impaciente.

— Oi Fred? — falei assim que atende.

— Já saiu da Ana flor? — ele perguntou impaciente e era só o que faltava, mais problemas.

— Tive um impresto, mas já estou indo você pode me encontrar na hotel com um chaveiro. — falei e ela me olhou com os olhos arregalados.

— O que aconteceu? — seu tom de voz estava demostrando sua repentina preocupado

— Quando você chegar você vai ver. — falei desligando o celular antes dos questionamentos.

Ela colocou a mão esquerda na cintura me olhando incrédula. Está mulher so pode ser louca.

— Como você não tem as chaves das algemas? — ela perguntou incrédula, como se tivesse se dado conta agora da idiotice que fez

— Eu definitivamente não estava planejando ser algemado hoje, então não, não tenho as chaves das algemas. Parece que a delegacia terá que esperar, já chamei um chaveiro para resolver isso por nós. - respondi, frustrado com a situação em que estávamos envolvidos. — Você vai ter que ir comigo até o hotel... — antes que eu podesse terminar fui interrompido com a sua risada.

— Você realmente acha que eu não tenho nada para fazer né senhor qual é o seu nome? Deixa para lá, eu não posso simplesmente largar minha vida para ir com você. — ela falou como se fosse uma executiva importante, e a verdade é que ela só está me fazendo perde o tempo.

— Você sabe que a culpa é sua né, e eu também não sei o seu nome, e se for falar algo que faz sentido eu vou ouvi agora se a sua intenção é só encher o meu saco com um monte de abobrinha, eu sinto muito moça, mas você vai enta no meu carro comigo. — mantive minha postura firme olhando para ele.

Pela primeira vez desde o momento que eu a conheci, ela pareceu parar e respirar e provavelmente pensar.

— Tudo bem vamos — ela falou e a puxei indo para o lado do motorista. — Devagar.

Mas nesta hora notei que o problema não tinha como eu diria, e na mesma hora ela também notou.

— Você sabe dirigir? — perguntei a ela já frustrado.

— Como é que é? Só o que falta você ser machista — ela falou com aquele olhar furioso — Você faria está pergunta para um homem?

— Não começa tá só me responde sim ou não? — falei já sem paciência, ela conseguia me tirar totalmente do sério.

— Entra — ela disse já sem a menor paciência. — Se você quiser podemos ir o meu carro so acho que vai ser mais difícil.

Olhei para a caminhonete dela que era alta com certeza seria de difícil, nós dois  conseguimos entrar.  Mesmo com dificuldade entrei no meu carro e ela fez o mesmo já se ajeitar ela puxou o meu braço para colocar o sinto ficamos tão próximo e só nesta hora reparei no seu olhar e ele me lembra muito o de alguém.

— Me desculpa — ela falou mudando o braço para colocar o sinto. — Coloque o sinto também — ela falou autoritária.

E assim o fiz, obedecer unicamente para não ter mais estresse pelo pouco que não tem ela ia falar por horas e horas, preciso fechar o acordo para a compra desse terreno.

— A gente vai para o hotel Sales, e ver se dirige bem devagarinho, para nenhum de nós dois morrer do coração, e nem se machucar. — falei, mas a cara dela se transformou e ela ficou ainda mais vermelha.

— Pode deixar. — a mesma afirma.

— Ótimo até que fim você concordou comigo — ela tirou a bolsa e colocou atrás e ajustou o carro. — Quando você quiser ir é só ligar agora devagar sei que você nunca na sua vida deve ter andado em um carro deste, você só tem que saber três detalhes muito importante, então vamos lá...

Antes que eu podesse falar qualquer coisa ela ligou o carro trocou a macha com uma precisão e velocidade única ela tirou o carro e saiu cantando peneu pela estrada e diminui a velocidade quando chegou na avenida.

— É assim que se usa este carro — ela falou trocando a macha mesmo ele automático.

— Quem é você? — Perguntei surpreso.

Ela ignorou minha pergunta, mas eu estava cada vez mais surpreso com aquela mulher dirigindo ao meu lado ela parecia que tinha o sangue do Airton Senna.

— Você realmente não tem medo de morrer, né? — comentei, observando-a desviar dos outros carros com uma habilidade impressionante.

— Sinceramente, ainda não entendo como sofri um acidente de carro há cinco anos. Sempre dirigi muito bem. — ela respondeu, numa expressão de surpresa.

Depois dessa informação, fiquei ainda mais nervoso, ela só pode ser uma doida de pedra.

— Você acabou de receber uma multa — apontei para o radar à nossa frente.

— Quem levou a multa foi você, não eu. O carro é seu, estou indo o mais rápido que posso para resolvermos essa situação. Tenho coisas importantes para fazer hoje. — respondeu, concentrada no trânsito, e percebi que ela reduziu a velocidade ao avistar o radar. Ao menos, eu não seria multado desta vez.

Nesse momento, o celular dela começou a tocar alto.

— Você poderia pegar meu celular? Não consigo alcançar a minha bolsa. — ela pediu, e decidi ajudar.

Na tela, estava escrito "Vovó".

— É a sua avó. — informei para ela.

— Coloca no viva voz, por favor.

Ligação ativada:

— Filha, onde você está? Não me diga que foi falar com o seu pai? — fiquei curioso com a voz fraca da senhora.

— Vovó, não se preocupe comigo. A senhora está melhor hoje?

— Não muito. O médico disse que vou precisar fazer outra cirurgia e não queria ir sem falar com você, minha Luzinha. Vamos dar um jeito, não se humilhe para o seu pai. Ele pode ser meu filho, mas sei que ele é um péssimo pai.

— Vou resolver as coisas, vovó. Mas não se preocupe, à noite estarei aí. Assim que a senhora voltar da cirurgia, estarei com a senhora. Não se preocupe com nada.

— Como não me preocupar, minha menina? Estou te dando prejuízo. — a avó dela falou e parecia chorar.

— Não chore, só se cuide. Mais tarde estarei aí. Agora, estou dirigindo. Te amo.

— Também te amo.

Desliguei o celular, e ela respirou fundo. Ela parecia muito cansada, mas acelerou ainda mais o carro.

Fiquei em silêncio, percebendo que eu realmente não sabia nada sobre a vida dela e estava julgando-a sem razão. No entanto, comecei a perceber que havia muito mais por trás daquela mulher do que eu havia imaginado inicialmente. Ela tinha seus próprios problemas e preocupações, e eu estava apenas vendo uma pequena parte de sua história. Talvez eu tivesse sido rápido em rotulá-la como louca, sem realmente conhecê-la.

Enquanto ela dirigia, permiti-me observar pela janela, deixando minhas reflexões tomarem conta. Eu tinha sido rude com ela desde o início, o que não era típico do meu caráter. Talvez a situação com meu carro e a venda das terras tenham me deixado com raiva e frustrado, e eu tenha descarregado esses sentimentos nela sem motivo algum.

Finalmente chegamos ao hotel, e o Fred ainda não tinha aparecido. A situação não podia piorar ainda mais, pois não podia perder aquela reunião e também não queria aparecer lá com aquela estranha. Desesperadamente, tentei esconder as algemas com a minha pasta que continha a proposta.

Sentindo um misto de ansiedade e alívio, liguei para o Fred, buscando alguma solução para a situação em que me encontrava.

Liguei para o Fred, perguntando onde ele estava.

— Estou procurando um chaveiro. Não entendo por que você precisa tanto de um — ele respondeu.

— Não posso ir algemado para essa reunião. Você sabe como esse terreno é importante para a nova filial da empresa. Além da localização, o negócio com o francês depende dessa terra — expliquei.

— Tudo bem, entendi. A Kelly me mandou uma mensagem dizendo que encontrou um chaveiro. Ele está a caminho do hotel. Só vai demorar um pouco, pois ele está longe. Logo resolveremos essa situação desconfortável — Fred respondeu.

Desliguei o celular e olhei para ela, que me observava em silêncio. Seu olhar parecia incomodado.

— Ele está chegando? — ela perguntou.

— Não, ele vai demorar um pouco. O que deu na sua cabeça para fazer isso? — retruquei.

— Não sou eu que ando com algemas no meu carro, e estas aqui são bem, como posso dizer… —ela procurou a palavra certa.

— Até parece que você nunca usou isso, garota — eu falei.

— Eu sou apenas uma garotinha inocente e pura — ela disse, mas começou a rir. — Mas estou morrendo de fome. Podemos esperar no restaurante enquanto comemos?

— Entrar com essas algemas, ele nunca ia me levar a sério — justifiquei.

— Pode dar um jeitinho. Agora me fala, o que você vai fazer com a minha fazenda? Vai derrubar tudo e construir uma fábrica? — ela perguntou, parecendo segurar o ar.

— Não — respondi. — Não tem nada a ver com isso. E você é apenas uma ex-funcionária da Ana Flor.

— Foi isso que o meu pai te falou — ela falou, me chocando com a revelação.

Ele certamente é daqueles que têm filhos fora do casamento, e ela deve ser filha de algum amante que ele quer esconder, pensei.

— Foi a esposa dele quem falou — corrigiu.

— É, mas se ele não a corrigiu, ele concorda. Vou recorrer pelo meu direito às terras… — ela começou a falar, parecendo segurar a raiva e tristeza.

— E eu vou lutar por elas — afirmei.  Ela me olhou, claramente incrédula. Era visível a tristeza e raiva. Nosso momento de paz havia acabado.

— O que você ganha com isso? — ela perguntou.

Eu poderia ter falado, mas não sabia quem ela era. Não podia simplesmente contar meus planos de negócio.

— Olha, não quero esperar aqui. Vamos entrar e eu preciso comer… — ela disse.

— Deixa de ser mimada, está bem? — eu respondi.

— Eu sou mimada? Você fica nervosinho só porque eu quero minhas terras de volta — ela retrucou.

— Vamos tentar acalmar os ânimos e encontrar uma maneira de resolver essa questão de forma pacífica e satisfatória para ambos — tentei acalmar a situação.

Ela me olhou desconfiada, mas acabou sentando em um vaso de plantas de alguma forma inexplicável.

— Vamos entrar. Eu consigo fazer com que ele não veja a nossa algema, e eu como porque ainda não comi hoje — ela disse.

— Mas já são mais de 15 horas — comentei.

— Vamos, eu te ajudo e você me alimenta. E quando o chaveiro chegar, me livro de você — ela propôs.

— Como vou comer com essas algemas, garota? — perguntei.

— Me irrita quando você me chama de garota —;ela respondeu.

— Mas se não sei o seu nome, vou te chamar de que? — questionei.

— Eu também não faço a mínima ideia de quem você é. Estamos quites — ela respondeu.

— Samuel Colucci, achei que você soubesse o meu nome — me apresentei.

— Não sou obrigada a isso. Confia em mim, vai dar tudo certo — ela disse.

Pela primeira vez, ela parecia determinada e confiante. Por algum motivo, comecei a acreditar nela. Talvez fosse a maneira como ela estava disposta a enfrentar os desafios, ou talvez fosse a conexão que senti com ela. Decidi confiar em sua liderança e seguir em frente. Mas, honestamente, pelo pouco que conhecia dessa garota, sabia que ela não desistiria facilmente. E eu precisava disso nessa reunião.

Entramos no restaurante e, assim que passamos pela porta de metal, o alarme soou. O segurança viu as algemas e alguns clientes nos olharam, contendo o riso.

— Vamos, não temos escolha. — Eu a puxei novamente, determinado a cumprir com a reunião que estava por vir.

— Mas… lá em cima, no terraço? — Ela parecia nervosa, sua confiança agora dissipada.

— Não temos tempo para encontrar um café aqui embaixo. Precisamos subir, respire fundo e tente se acalmar. — Tentei transmitir confiança em minhas palavras.

Ela soltou um suspiro de medo e relutância. Era evidente que tinha fobia de altura.

— Por favor, não posso enfrentar meus medos tão facilmente. — Ela explicou, pedindo compreensão.

Frustrado com as constantes enrolações, me virei firmemente para encará-la. Mesmo ela tentando me segurar, eu a coloquei sobre meu ombro sem cerimônia.

As pessoas ao redor pareciam surpresas, talvez até assustadas, mas decidi ignorar os olhares curiosos e continuei subindo as escadas.

Chegando ao terceiro andar, a coloquei no chão.

— Não posso acreditar que vim parar nessa situação. E ainda estou aqui me perguntando se você vai me arranjar mais confusão. — Ela desabafou, visivelmente irritada.

— E você acha que estou gostando disso? Estou preso a você também e estou lutando para não olhar para baixo por conta do meu próprio medo. — Rebati, sentindo a tensão entre nós.

— Desde que te conheci, tudo tem dado errado na minha vida. — Falei, desabafando com ela.

— Minha vida já estava uma bagunça antes de te conhecer. Minha avó sofreu um acidente, meu pai cancelou o plano de saúde dela e estou com uma dívida enorme. Além disso, a terra onde eu tiro meu sustento foi a leilão e eu a perdi. E você tem culpa nisso. Espero que você consiga comprar o terreno, não me importo se for o fim da sua empresa. — Ela desabafou com raiva.

Respirei fundo, lutando para manter a calma.

— Já acabou? — Perguntei, decidido a seguir em frente.

— Sim.

Peguei-a novamente nos meus ombros e continuei a subida pelas escadas.

Ao chegar no quinto andar, a coloquei no chão mais uma vez.

— Por que não vamos de elevador? — Ela perguntou, parecendo mais disposta a procurar uma solução.

— Estou tentando me adaptar à altura aos poucos. — Respondi, sem mais explicações.

Sem dizer mais nada, saímos das escadas e eu chamei um elevador.

— Qual é o acordo que você pretende fazer com ele? — Ela perguntou, interessada em manter a conversa e distrair-se da altura.

— Ele não quer vender o terreno, mas eu quero comprá-lo… assim como o seu. — Respondi, vendo-a fechar os olhos, ainda com medo.

— Como assim? Você quer comprá-lo mesmo que ele não esteja à venda? — Ela perguntou, confusa.

— Sou persuasivo, tenho uma lógica convincente. Mas, graças a você e essas malditas algemas em meu pulso, acredito que será difícil que ele me leve a sério. — Expliquei, mencionando as algemas que estavam machucando minha mão por tê-la carregado.

— Eu já disse que ele não vai aparecer. Apenas confie em mim. — Ela falou, seus olhos ainda fechados. Não sabia como ela planejava resolver essa situação, mas teria que confiar nela.

A porta do elevador se abriu e ela ficou paralisada, encarando-a com temor.

©©©©©©©©©©©©

Continua....

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Comments

ARMYBTS💜💜🐯🐹🐰🐨🐣🐱🐿️💋😍

ARMYBTS💜💜🐯🐹🐰🐨🐣🐱🐿️💋😍

já vi está história, mais foi numa série turca será isso o amor? eda e serkan

2024-01-19

3

Bete Ribeiro

Bete Ribeiro

Rindo muito com estes dois

2024-01-10

0

Chay Oliiveira

Chay Oliiveira

ta igual a novela turca , eda e sercan kkkk

2023-12-29

6

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