Procura-se Uma Mãe

Procura-se Uma Mãe

Prólogo

...Kassandra Vilar...

Algumas pessoas podem me achar louca por fazer tudo que estiver ao meu alcance para manter o meu relacionamento.

Samuel acha que eu vou aceitar tranquilamente o término desta relação, mas eu lutei muito para que ele olhasse para mim e agora ele simplesmente quer me largar.

— Kassandra, isso vai dar problema — meu amante começou a falar, mas logo o interrompi com um beijo ardente.

— Eu não vou sair desta relação sem nada, entendeu? E você conhece muito bem o Samuel, se eu engravidar, ele nunca vai me deixar.

— Nós já tentamos isso, e é claro que ele vai pedir um teste de DNA, ele não é idiota —ele falou e eu revirei os olhos.

— Eu sei disso, e é por isso que eu tenho isso — falei, mostrando um frasquinho com a droga que ia usar na comida do Samuel.

— Você vai matá-lo? — a cara de choque do meu amente chegava a ser cômica é claro que eu poderia fazer isso, mas o que eu ganharia apenas o matando.

— Você está louco, claro que não! Eu só quero me casar com ele, por isso vou seduzi-lo e fazer ele ter relações comigo. Estou no período fértil, se tudo der certo, vou ficar grávida; se não, consigo o esperma dele, para fazer uma inseminação — falei sorrindo, seria o plano perfeito.

E eu sei que não vai ser tão difícil, hoje é a grande festa da PDV, a empresa de perfume do Samuel e a grande paixão dele. Para ele, a única coisa que importa é a sua empresa.

Ele nem vai se preocupar muito e como sou seu braço direito na empresa mesmo com o pedido de separação isso não vai acorrer, eu não vou perde todos os anos que estive ao lado e sair sem nada, quando a mãe dele faleceu eu estava lá ouvindo os seus lamentos e em cada passo da sua jornada eu estava lá, agora ele quer me descartar como um nada. Ele pode até tentar, mas não irei sair sem alguns milhões no bolso.

E se está noite der tudo certo, o herdeiro dele será a única coisa que vai importar, junto comigo, é claro.

— E quem vai colocar o veneno na comida dele...

—  Aí, meu amor, claro que vai ser você. Quanto menos pessoas participarem, menos chances de ocorrer falhas ou vazamento de informação, eu quero que tudo saia perfeitamente bem — falei sorrindo e entregando a ele, explicando o que ele teria que fazer.

E como o previsto ocorreu tudo muito bem o Samuel estava tão empolgado em da entrevista e falar sobre a sua marca de perfume que nem cogitou a estranha o líquido e com o fim da bebida pode ver o início das alucinações.

O Samuel saiu do salão e como seu que ele é o senhor certinho ele iria para o quarto do hotel, mas quando cheguei ele não estava e vi pelas câmeras que quando ele saiu ele esbarrou em uma mulher e a mulher pelo que vi estava meio cambaleando.

A raiva em mim só aumentou. Essa mulher não vai roubar o meu marido, porque é isso que Samuel vai ser, meu marido.

Consegui rastrear o celular do Samuel. Meu medo era de os paparazzi conseguirem fotos dos dois, o que estragaria qualquer ideia de plano que eu tivesse.

Quando vimos, eles estavam em uma praia. Essa mulher só pode estar louca em levá-lo para um lugar assim. Então, resolvi ir atrás dele, mas quando chegamos na praia, vimos que ele não estava mais lá. Porém, achei o seu celular na areia. Estava tudo escuro e não tinha ninguém naquele lugar. Com certeza, aquilo era uma loucura. Quando olhei, vi que ele tinha tirado várias fotos com essa mulherzinha, que com certeza deve ser uma qualquer. Procurei por ele pela praia, mas não o encontrei em lugar algum. Voltei para o hotel e, na mesma hora, escuto risadas. Quando olho, vejo Samuel sorrindo como eu nunca vi antes e ambos começaram a se agarrar. Eu queria me intrometer neste momento, porém eles entraram no carro e trancaram as portas.

— O que aconteceu, Kassandra? Você saiu daqui feito doida...

— Calado! Ele foi para o quarto com aquela idiota. Está tudo arruinado.

— Não pense nisso, meu amor. Vou verificar com meus informantes, mas nada vai atrapalhar nosso plano. Com certeza, ele nem vai conseguir se lembrar desta noite e, quando ele acordar, podemos tirá-lo do quarto.

— Não tem como, e não quero envolver muitas pessoas, entendeu? Mas a partir de hoje, temos que ficar de olho nesta garota. Eu quero saber tudo sobre ela, quero alguém para vigiá-la. Não vamos deixar que uma coisinha qualquer arruíne meus planos.

Ele saiu e eu fiquei assistindo pela câmera que colocamos no quarto dele toda aquela cena ridícula deles dois tendo relações, e minha raiva estava aumentando ainda mais. Eu vi claramente que ele não se preocupou com preservativo nem nada do tipo, eles só curtiram o momento.

Assim que terminou, ele foi tão carinhoso com ela de um jeito que ele nunca foi comigo e acabaram dormindo os dois de conchinha.

Eu não estava acreditando no que estava vendo. Eu nem consegui dormir, só olhava para aquela câmera. Eu vi a garota acordar assustada, era como se estivesse morta de vergonha. Ela se vestiu e saiu do quarto de fininho, e esta era minha chance.

Quando ela saiu, eu tirei minha roupa, rasguei minha calcinha e deixei tudo espalhado pelo quarto. Me deitei ao lado dele, que dormia tranquilamente. O cheiro forte estava pelo quarto todo e, assim que me deitei, ele me abraçou apertado.

— Não vá embora, luz da minha vida — ele falou e não demorou a voltar a roncar.

Com certeza, vai dar tudo certo. Só preciso alterar os planos. Com este pensamento, também acabei dormindo.

(...)

— Ai, minha cabeça — ouvi ele falando quando me soltou, me fazendo acorda.

— Não grite — falei para entrar no papel.

— O que aconteceu? Nós....— Ele estava totalmente atordoado e olhando e vendo que eu estava pelada...

— Ai, amor, você foi incrível — falei beijando ele, que me olhou confuso. — Vou me arrumar para voltarmos para a nossa casa", falei, beijando-o.

— Kassandra, nós não estamos mais juntos...

— Não foi o que você me disse para me trazer para a cama. Você me pediu perdão, disse que nós estaríamos juntos — falei começando a chorar, logo meus olhos se encheram de lágrimas.

Eu sei que, mesmo ele tendo pose de durão, ele não consegue resistir às minhas lágrimas.

Ele ficou em silêncio, com a mão na cabeça, e fui tomar banho. Precisava pensar em como convencê-lo a ficar comigo. Para minha sorte, um paparazzi tirou uma foto deles se agarrando na praia. Como ela estava de costas e se parecia comigo, a mesma cor de cabelo, mais ou menos a mesma altura , ele colocou em todos os jornais como se fosse nós dois. Dei sorte nisso.

E, como ele não queria um escândalo para a empresa, já que estava entrando com tudo no mercado iraniano e sabia que isso iria prejudicá-lo, ele estava sendo muito frio comigo. Seria muito difícil engravidar se ele nem sequer me olhasse direito.

E, para ter certeza de que aquela mulherzinha não iria se intrometer mais na minha vida, eu coloquei seguranças à sua procura. Depois de mais um mês, encontramos ela: Luz Victoria Muller Calina. Ela mora literalmente no meio do nada e, para minha surpresa, só a descobrimos porque ela passou mal e foi atendida na urgência de uma cidadezinha vizinha, onde descobriu que está grávida.

Isso me deixou com mais raiva ainda. Como ela pode estar carregando o filho do meu futuro marido? Mas, quando a raiva foi diminuindo, eu tive o plano perfeito. Eu ia dar o herdeiro para o Samuel e, o melhor, sem destruir meu corpo.

Com a ajuda do meu amante, eu planejei o plano perfeito. Comprei o médico e uma enfermeira e eu iria acompanhar todos os passos da gravidez daquela mulherzinha.

Com o teste de sangue já com os nomes trocados, fiz a grande surpresa para o Samuel, que chorou tanto. Eu sabia que ele queria muito ser pai e ele me pediu em casamento. Foi uma cerimônia linda e ele até voltou a ser carinhoso comigo, mas com a ampliação da empresa, ele sempre estava viajando, o que era perfeito.

Ele acompanhava a gravidez quase toda por foto e todas as minhas fotos, estampando meus looks de gestante, eram sempre muito curtidas. Eu tive um investimento muito alto para fazer o golpe perfeito.

Quando soube que era uma menina, até eu me animei, mas meu amante parecia estar preocupado demais.

— Você poderia tirar esta barriga agora?— ele falou assim que entrei no escritório dele.

— Bem que queria — falei, porque este negócio é pesado. Já que é super. realista para me fazer andar como uma gestante. — Mas, se não colocar perfeitamente e alguém fotografar, melhor não. Mas fala logo qual é o problema — falei, me sentando com dificuldade.

— Eu não sei se a Luz vai acreditar. Olha, fui ver de perto como ela estava lidando, como você pediu, meu amor, e ela parece amar tanto a filha. Ela chama ela de Aninha, é tão carinhosa. E nós não vemos nenhuma intenção dela querer procurar o pai. Você poderia pegar outra...

— Nem termina esta frase. Nós vamos pegar esta criança, porque se o pai quiser o teste de DNA, vai ter certeza de que a criança é filha dele. Então, nós só precisamos acabar com a vida desta coisinha, e você vai fazer isso. Espero que seja bem feito. Não falta muito para a criança nascer. E continue observando ela.

Saí de lá com medo dele fazer merda, como no meu plano.

Quando chegou perto da 40ª semana de gestação dela, eu fiz com que o meu médico me orientasse a ficar no campo para ficar tranquila, e o meu querido marido nem desconfiou. Para minha sorte, ele teve que ir resolver um problema na filial das Filipinas.

— Esta casa me dá nojo — falei olhando para a casa em que tive que ficar neste fim de mundo.

— Será por pouco tempo, Kassandra. E você já sabe como vai se livrar da Luz? Você tem certeza de que vai fazer isso com ela? Ela parece que só estava no lugar errado e na hora errada. Você já vai tirar a filha que ela tanto está esperando...

— Sei sim o que vou fazer. Agora, que nome mais sem noção: Luz Victoria. Tão feio. Estou fazendo um favor a ela acabando com a vida dela. E você sabe, sem um filho, vamos perder todas as mordomias. E eu quero um bom acordo. Não posso dizer a ele que eu quero o Samuel.

Para mim, já está sendo difícil essa indiferença que ele está demonstrando. Para essa situação, está sendo ótimo. Mas e se eu estivesse realmente grávida? Ele nem estaria ligando para mim. Isso me deixa ainda mais com raiva dele e por isso tenho que garantir que essa tal Luz nunca volte para a vida dele.

Ele me beijou, tirando-me dos meus pensamentos, e começamos a nos agarrar. Quando ele ia tirar minha roupa, o telefone começou a tocar e era a enfermeira avisando que a criança ia nascer.

Nós fomos para o hospital e mandei uma mensagem para o meu marido, que com certeza está dormindo devido ao fuso horário.

Ficamos os dois no quarto. Ele já ligou para a agência de babá que contratamos para que, assim que eu voltar para casa, tenhamos uma pessoa para cuidar, já que não pretendo fazer isso. Eu consegui que a enfermeira deixasse o celular em um lugar estratégico e ligasse para mim para que eu pudesse ver o que eles estavam fazendo.

— Por favor, liguem para a minha avó. Eu preciso que ela esteja aqui comigo — ela falou, desesperada e parecendo estar com muita dor.

— Já tentamos. Você precisa se acalmar para que sua filhinha fique bem...

— Por favor, fique de olho na minha filhinha. Eu vi uma reportagem sobre sequestro de bebês e estou com medo de me tirarem a minha Aninha. Por favor, me prometa que você vai cuidar da minha filha — ela pediu com os olhos cheios de lágrimas e deu um grito de dor quando a contração veio, com certeza.

— Não se preocupe — foi tudo o que a enfermeira disse.

Mas ela não pareceu se convencer. Meu amante chegou neste momento, trazendo uma água.

— Acho melhor você se sentar. Essas coisas demoram horas. O médico falou que ela está com cinco centímetros de dilatação — ele falou, sentando-se em uma poltrona. — Já está tudo certo? O Samuel já perguntou como você e a filha dele estão?

— Não, ele deve estar dormindo na Finlândia...

— Não se engane assim. Lá só são cinco horas a mais, deve ser umas 20 horas. Ele não se importa. Imagina se fosse realmente você parindo...

— Você sabe que ele está em um processo muito grande...

— Sim, o lado bom é que isso vai dar certo — ele falou, e olhamos para a TV vendo-a.

— Me lembra de nunca querer ter um filho. Eu só podia estar doida de ter pensado em engravidar e parir. Isso parece ser uma dor insuportável.

Depois de duas horas, vi ela pedindo anestesia. Mas quando o médico disse que ia ter que ser cesariana, o que para o plano seria perfeito, ela ficou pensativa e não respondeu. Isso me fez prestar mais atenção.

— Então, Luz, você vai querer fazer a cesariana? — ele voltou a perguntar.

— Eu não sei, doutor. Eu preciso estar bem logo para cuidar da minha filhinha e ajudar a minha avó. Com uma cesárea, eu vou precisar de mais repouso. Eu não posso.

— Então, infelizmente, você vai continuar sentindo dor. Já chegou em sete centímetros. Falta pouco — ele falou, ainda calmo.

E demorou mais quatro horas. Meu celular começou a tocar, e era o Samuel, mas não atendi. Ia mandar mensagem depois de conseguir a menina.

Foi neste momento que voltei a prestar atenção. Vi ela se levantando e se abaixando. Ela já fez de tudo, já abaixou, esticou, pulou em uma bola. Mas agora ela estava de cócoras, junto com uma enfermeira, e começou a fazer força. Ela fazia tanta força que, quando a bebê saiu, ela caiu.

— Por que ela não está chorando? — ela perguntou, e foi besta hora que a enfermeira colocou um pano com boa noite cinderela.

O médico deu um tapinha, e a bebê começou a chorar muito alto.

Ele fez todo o procedimento e levou ela para fazer os exames e arrumou a Luz na cama.

Está tudo perfeito. Depois, eles trouxeram ela ainda meio melada até mim para tirar algumas fotos, e eu fingia chorar. A menina não era como a maioria dos bebês, que tinha cara de joelho. Ela parecia uma boneca e estava calma com a enfermeira. Mas só foi eu pegar que ela começou a chorar desesperadamente, o que, para as fotos, foi ótimo.

Eles deixaram ela comigo, e era para desligar a câmera no outro quarto, mas eu queria ver a reação da Luz.

— Ela é tão linda, e nasceu tão grandinha. Está perfeita — ele falou, olhando para a menina, depois de tudo terminado.

— Já viu a babá? Porque está daí é uma chorona.

— Ela vai começar assim que voltarmos para a cidade...

— Eu não vou cuidar dela.

— A enfermeira vai cuidar enquanto estiver aqui. Ela já foi paga para isso - ele falou, e a menina estava dormindo, já arrumadinha com uma roupa rosa que comprei em Milão.

Depois de algumas horas, vi que a Luz acordou, e nunca vi alguém tão desesperada quanto aquela mulher. Ao saber que a filha tinha morrido, ela chorava, gritava. Chega estava completamente vermelha.

— Desliga isso, Kassandra... – meu amante falou, e assim eu fiz, mas ainda podíamos ouvir os gritos.

Ela estava histérica e desesperada. Todos do andar estavam ouvindo ela, e isso fez a bebê chorar. Ele foi chamar a enfermeira que contratamos, e ela veio com a fórmula.

— Eu sou enfermeira aqui há anos, e nunca vi uma bebezinha tão linda. Ela não parece um joelho — ela falou, com a bebê já no colo, dando de mamar.

— Eu também achei — ele falou, querendo aprender como fazia para dar de mamar para a menina.

Depois de mais de meia hora, a mulher parou de chorar, pelo menos parecia.

A bebê demorou mais ou menos isso para mamar um pouquinho de nada.

Ela explicou alguma coisa, mas não prestei atenção, e resolvi mandar uma mensagem com a foto para o meu marido, que mandou um áudio.

Samuel: Nem acredito, como ela é linda! Eu vou voltar hoje mesmo. Muito obrigado mesmo, Kassandra. A nossa filha é linda. Ela tem os meus olhos, né? E o meu nariz. Ela é perfeita.

Kassandra: Eu também acho que ela se parece com você. Eu estou cansada. Foram mais de 8 horas em trabalho de parto.

Samuel: Vai descansar, minha linda, e muito obrigado por me dar este presente maravilhoso, a minha filha. Já comprei a passagem. Devo chegar em São Paulo amanhã para conhecer nossa princesa. Você está em uma cidade próxima a Holambra. Me manda o nome do hospital, e me desculpa não ter estado com a minha família neste momento.

Não respondeu e realmente dormi. Agora já está de madrugada.

Ouvi os choros daquela menina algumas vezes e pedi para tirar ela dali, na quarta vez que ela acordou.

Já era de manhã, e eu não tinha dormido nada. Porque, quando não era o choro da bebê, era a mãe dela do outro lado chorando tão alto que fazia qualquer um acordar.

Saí do quarto no dia seguinte quando vi que já era mais de duas horas.

Eu tenho medo dele fazer uma burrada. E, quando saí, vi ele conversando com ela enquanto a mesma segurava a menina. Não acredito que ele fez isso.

— Amor, você não deveria ter saído do quarto — ele falou olhando para mim. Eu olhei para ele e para ela e para a criança.

— Sua filha é muito linda, me perdoa, é que ela estava chorando muito, e o seu marido falou que você não conseguiu dormir. Só quis ajudar, eu também tive uma menininha, mas a perdi — ela falou com os olhos cheios de lágrimas, abraçando a bebê sem nem desconfiar que é a filha dela.

Peguei a menina dos braços, que começou a chorar na mesma hora. Ela com certeza não gosta de mim.

— Ela deve estar com fome — ele pegou ela dos meus braços e começou a balançá-la. "Vou ver com a enfermeira."

— Seu leite não deu, né? — ela perguntou de um jeito bem amigável.

— Sim...

— Se você deixar, eu amamento. Eu estou doando mesmo o meu leite...

— Sério? — ele perguntou muito surpreso.

— Sim, a dor de perder a minha filha é muito grande e os meus seios estavam vazando. Não podia só deixar secar, pensando que outra mãe podia estar sofrendo porque o leite não desceu.

Eu queria sair dali correndo e nem pensar no que vou fazer com ela, mas ele deixou ela amamentar a bebê.

Entramos no quarto dela e a mesma foi muito cuidadosa, ensinando a bebê a pegar no peito. Ela ficou tão calma mamando e o silêncio reinou no quarto. Ela chora olhando para a bebê.

— Qual é o nome dela? — ela perguntou olhando para a bebê.

E eu não fazia a menor ideia. Nunca tinha parado para pensar em um nome.

— Ana — ele respondeu e eu e ela olhamos para ele ao mesmo tempo. —Era o nome da minha mãe", ele falou, mas sei que é uma mentira.

— O nome da minha mãe também, e da minha filha, Ana Maria. Desculpa estar chorando tanto, eu não consigo me controlar. Eu não sei nem como explicar isso que estou sentindo. É como se tivessem tirado um pedaço de mim, um pedaço que eu nem tive oportunidade de conhecer — ela falou, voltando a chorar. —Vocês têm muita sorte de ter uma filha tão linda, né, Aninha? — Conforme a menina ia ouvindo a voz da mãe, ela se acalmava ainda mais.

Ela ficou por um tempo com a criança no colo depois da mamada. Parecia que ela não queria devolver, como se soubesse que a filha era dela. Mas depois que a bebê estava em um sono profundo, ela me entregou.

Voltei para o meu quarto e a menina dormia tranquilamente.

E eu tinha que arrumar tudo para o acidente. O Samuel vai chegar amanhã e eu não quero que ele veja mais ela.

Depois de tudo pronto, era só esperar a alta dela.

Que seria amanhã e como o meu marido só chegaria à noite, se ele vier direto dará tudo certo.

E foi assim que aconteceu. O meu amante foi fazer o serviço e me mandou uma foto. Pelo jeito, tinha sangue perto da cabeça, com toda certeza ela já tinha partido desta para uma melhor.

E à noite, o Samuel chegou todo eufórico. Me trouxe um buquê enorme e, assim que entrou no quarto, me beijou de um jeito que nunca fez antes.

— Eu nem acredito que eu sou pai — ele falou, pegando a menina com cuidado.

— É sim, e ela é muito linda, né? Nós fizemos um bom trabalho — falei, e ele sorriu feito um bobo.

Eu nunca vi um sorriso tão bobo assim. Ele parecia muito feliz. Ele veio até mim e me beijou novamente. Era até estranho tê-lo tão carinhoso ao meu lado.

— Já pensou no nome dela, meu amor? — ele perguntou, ninando a menina e olhando para mim sorrindo.

— Ana — falei, e ele olhou para mim sem acreditar.

— Um nome tão simples. Pensei que você fosse querer Penélope, ou Cloe, ou Zoé...

— Eu gosto de Ana, você não gostou? — perguntei, e ele olhou para a bebê.

— Ela tem cara de Aninha mesmo. Ana Luiza, para ter o nome da minha mãe — ele falou, e a bebê sorriu para ele.

— Ana Luiza, gostei — falei, e ele sorriu e me beijou novamente.

E era incrível. Em meia hora, ele me beijou mais do que o ano inteiro.

— E o Fred, onde está?", ele perguntou, e achei estranho e sem entender por que o Fred tinha que estar ali.

— Não sei, o que ele viria fazer aqui?

— Eu pedi para ele cuidar das minhas garotas, mas deve ter acontecido alguma coisa — ele falou, e voltou a ninar a bebê em seus braços.

©©©©©©©©©©©©

Continua....

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Maria Figueiredo

Maria Figueiredo

sera que o amante dela matou a mãe da aninha.

2024-07-03

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Izaura Pessi

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Nossa quanta maldade 😱

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Valcicleia Ribeiro

Valcicleia Ribeiro

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