# Música do capítulo:" Continuum- Tanerelle"
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Uso um dos meus vestidos pessoais, com fendas até o quadril, tranço o cabelo, deixando fios soltos com a franja. Quando estou terminando de me maquiar, Jasmine entra no camarim.
— Uma Mercedes está te aguardando na porta da boate.
— Já estou terminando. — Respondo amarrando a máscara.
— Nunca te vi desta forma por um cliente, habibti.
— Talvez por nunca ter conhecido um como eu. — Beijo seu rosto. — Me deseja sorte.
— Não sorte, habibti,mas que tome cuidado. Se ele é realmente como você, deve tomar cuidado.
.........
Um chofer abre a porta do SUV preto para eu entrar. Ele nos guia em direção ao centro comercial de Moscou. A todo o momento, me olha pelo retrovisor. Contudo, não esboça nenhuma reação. Meu coração dispara quando paramos em frente a Federation Tower. Expiro fundo antes de sair do carro.
— Acompanhe-me senhorita. — Diz o segurança ao sair do carro.
Pensar que estive naquele saguão a três noites atrás, deixava tudo ainda mais interessante. Levava o contrato em uma das mãos, na outra uma pequena bolsa, que guardava uma arma carregada. Jamais sairia sem proteção. Despistar os meus guardas- Costas foi fácil, difícil mesmo era mantê-los ocupados.
Ao alcançarmos o elevador, o Soberano estava me aguardando, com uma rosa na mão.
— Está deslumbrante. — Sorrio pegando a rosa da sua mão.
— O Soberano também está bonito. — Ele sorri.
Enquanto esperamos, levanto um instante à cabeça para ele, que está me olhando.
Sorrio e ele franze os lábios.
O Elevador chega e entramos. Entramos sozinhos. De repente, por alguma inexplicável razão, provavelmente por estar tão perto em um lugar tão pequeno, a atmosfera entre nós muda e se carrega de elétrica e excitante antecipação. Minha respiração acelera e o coração dispara. Ele olha de soslaio para mim, com olhos totalmente impenetráveis. Olha para meus lábios.
— Merda, que se dane.
Encosta em mim e me empurra contra a parede do elevador. Antes que me dê conta, me sujeita os dois pulsos com uma mão, levanta-os acima da minha cabeça e me imobiliza contra a parede. Com a outra mão me agarra os cabelos, puxa para baixo para me levantar o rosto e cola seus lábios aos meus. Gemo o que lhe permite aproveitar a ocasião para colocar a língua e me percorrer a boca com desejo. Minha língua acaricia a sua e se une a uma lenta e erótica dança de sensações, de sacudidas e empurradas. Levanta a mão e me agarra a mandíbula para que não me mova. Estou indefesa, com as mãos unidas acima da cabeça, o rosto preso e seus quadris me imobilizando.
Sinto a sua ereção contra o meu ventre. Meu deus...
— Como você me enlouquece assim? — sussura em meus lábios.
O elevador se detém, as portas se abrem, e em um abrir e fechar de olhos me solta, tomando a sua posição anterior. Dois homens trajados de ternos nos olham e entram sorridentes. Meu coração parece um motor de um navio, a todo o vapor. Recolho a rosa que caiu no chão, e ao olhá-lo, parece tão calmo e sereno como antes. Os homens descem no andar superior.
Quando as portas se fecham novamente, ele respira fundo.
— O que acontece com estes elevadores? — Murmura colocando as mãos nos bolsos.
Quando as portas se abrem novamente, revela o restaurante da torre leste. Ele apoia a mão em minha lombar me guiando . Tento manter seu ritmo ao entrarmos no restaurante.
A primeira coisa que percebo é o cheiro de flores e um toque de capim-limão.
— Por aqui Senhor... — Ele limpa a garganta interrompendo o metre.
Não há ninguém no restaurante, apenas o mestre que nos guia até uma mesa. Nos acomodamos, o mestre nos serve uma taça de espumante e se retira. A mesa está coberta por linho engomado, taças de cristal, talheres de prata e um ramo com rosas vermelhas.
— O restaurante está fechado? — Um sorriso se acolhe nos seus lábios.
— Reservei para nossa reunião.
— Claro, privacidade. — Mordo o lábio retirando o contrato do envelope.
—Você está mordendo o lábio de propósito? — me pergunta muito sério.
— Não, estou nervosa. — Confesso.
— Relaxe. Vamos jantar, depois tratamos de negócios.
— Certamente.
— Já pedi a comida. Espero que não se importe.
A verdade é que me parece um alívio. Não estou segura de que possa tomar mais decisões neste estado.Uma agitação nervosa retumbou no meu peito enquanto eu me forçava a tomar outro gole de espumante. As borbulhas doces faziam cócegas na minha garganta, aliviando um pouco da secura
na boca.
— Não, está tudo bem.
— Tenho algumas dúvidas, mas, não precisa responder se não quiser.
— Não me importo. — respondo.
— Por que uma mulher do seu porte, dança em uma boate? — quase engasgo com a pergunta. Sinceramente, eu não tinha a menor ideia de como responder
àquilo.
— Não por dinheiro, nem por trabalho. É mais por questões de diversão. — Dou outro longo gole de espumante. Está muito bom.
— E você leva homens para seu quarto regularmente?
— Talvez.— respondo em voz baixa.
Ele me olhou com uma expressão muito séria.
— Crê que isso me deteria de qualquer forma? — pergunta em voz baixa, como uma sensual advertência.
Arregalo os olhos e volto a engolir a saliva.Ele ri.Gostaria de mentir para mim mesma e dizer que era exatamente o que queria. Mas, estava atraída por sua
altura impressionante, pois o homem era quase trinta centímetros mais alto que eu. Ou porque ele se movia com a mesma graça e fluidez predatória de um animal selvagem.
— Não exatamente. — Respondo.
— Não é assim que se livrará de mim!— Seu olhar também podia ser somente fruto da minha imaginação,
impulsionado pelo meu desejo oculto de que ele estivesse tão
curioso a meu respeito quanto eu estava sobre ele.
Pode ser que ele tenha despertado a minha atenção por todas essas razões, mas havia outro motivo que me deixava até um pouco envergonhada de admitir.
— Então como? — Sondo .Ele estava me lançando um sorrisinho, aquele que não mostrava os
dentes e fazia a covinha na bochecha direita aparecer, mas que
nunca alcançava os seus olhos.
— É disso que quer falar? Ou passamos ao melhor da questão? Às objeções, como você diz.
O garçom chega com o primeiro prato. Como vou comer? Caramba... ele pediu ostras em uma cama de gelo. Odeio ostras.
— Espero que goste de frutos-do-mar, a noite é deles. — Sorrio amarelo.
— Sem querer ser rude... — Ele observa a minha expressão.
— Traga o próximo prato, por gentileza. — O garçom retira os pratos.
— Não foi minha intenção ofender.
— Não ofendeu.
— Bem, acho que podemos discutir os termos enquanto comemos.
— Como preferir.
Coloco o contrato sobre a mesa. Com o marca texto e uma caneta. Ele segura um sorriso.
— Em questão de fazer exames , está okay. Eu sempre faço e tenho certeza que por suas condições descritas nos teremos, também. — Ele assente.
— Minha saúde sexual sempre se manteve intacta. Todas as minhas companheiras anteriores fizeram análise, sempre cuidei muito bem da saúde delas — Todas? Quantas mulheres foram submissas dele? — , e eu faço exames a cada seis meses,às vezes até antes disso, de todos os riscos que possam existir. Meus últimos exames estavam perfeitos, todos eles. Nunca usei drogas. Na realidade, sou totalmente contra as drogas, e em todas as minhas empresas, levamos uma política antidrogas muito a sério. Insisto em que se façam exames aleatórios de tempos em tempo e de surpresa nos meus empregados para detectar qualquer possível consumo de drogas.E faço o possível para tratá-los se houver alguma divergência em seus exames.
— Algum motivo pessoal para isto? — Ele me olha sério.
— Há sim. Não que esteja em debate, mas, quase perdi o meu irmão mais novo uma vez para heroína. — Ele respira fundo antes de prosseguir — E perdi a minha mãe por câncer, por isso sou rígido com a saúde.
— Eu sinto muito, não tinha ideia.
— Prossiga. — ordena sério.
— Certo... Disciplina. Isso é sério? — Ele sorri torto, umedecendo os lábios.
— Disciplina e uma linha muito pequena, doce raposinha. Se houver descumprimento dos seus deveres, haverá punição. Mas não tem com o que se preocupar, as publicações são brandas e não irão te machucar.
— Você quer me machucar? — Sondo com tom de provocação.
— Não quero nada que você não queira.
— Roupas, eu não me sinto confortável se não for eu quem escolher as que visto.
O garçom serve o prato seguinte. Vieiras. Dou um sorriso de agradecimento, o garçom nos serve vinho branco.
— Tudo bem, vamos riscar isso. — faço um x na cláusula.— Qual é sua maior objeção? — Como um pouco da vieira, está tão suculenta e saborosa. O vinho ainda mais. De uma safra mais apurada,porém leve.
— Na verdade, tudo. Não estou acostumada a ser submissa.
— Não se preocupe, vamos devagar, no seu tempo. Tenho certeza de que vai curtir cada momento.
— Outra coisa que não está no contrato, mas exijo que coloque.
— Diga e será adicionado.
— A máscara, ela jamais sairá do meu rosto. — Ele respira fundo.
— Como preferir. Se este é o preço que tenho que pagar, que seja.
— Outra coisa... — ele para a taça no meio do caminho me observando. — Quero que me conceda pelo menos duas noites para ser dominadora.— Ele toma o vinho com um sorriso.
— Será acrescentado.
— O que quer de mim. Soberano?
— Agora, quero tirar esse vestido de seu corpo.Ele está me atrapalhando.
A tensão sexual está a ponto de me fazer estalar. Olha para meus lábios, em seguida, para meus olhos, por um momento, avaliando o meu desejo.
— Não será possível, ainda não chegamos na sobremesa.
— Você quer sobremesa? — ele pergunta baixinho, aperto minhas coxas, cruzando as pernas.
— Sim, adoraria algo doce.
— A sobremesa poderia ser você — murmura sugestivamente, o que me deixa meio ofegante.—, adoraria poder aprecia-la. Minha boca chega a salivar.
— Não estou segura de ser doce o bastante. — Rebati com a voz suave.
— Você é muito doce, já comprovei.
— Não é justo que use flertes como arma, Soberano. — Levanta as sobrancelhas, surpreso, e vejo que esta pesando em minhas palavras. Segura o queixo, pensativo.
— Decerto que tenha razão. Eu uso do que tenho. Mas, isso não muda que te desejo, aqui e agora.— Deslizo a mão pela mesa, meu corpo arde de desejo.
— Aqui... Nesta mesa?Ou no chão de madeira? — Acaba de me dar um montão de ideias.
— Se você fosse minha, você não teria que pensar sobre isso. — Sua voz é doce e sedutora. — Estas decisões... Coisas como, “ Qual o próximo passo?”, "Se isso poderia acontecer aqui, ou ali?", "Poderia acontecer agora?", " O que ele fará?". Tudo isso seria irrelevante. Seria mísero detalhe. Seria eu, como o seu Dominador. E agora mesmo, eu sei que também me quer,me deseja, Raposinha.
— Como sabe, só olhando para mim? — Rio de escárnio.
— Estou tão seguro porque... seu corpo a entrega. Está apertando as coxas, está mais ruborizada e sua respiração está mais curta e seu olhar chega a queimar.
— Como sabe sobre minhas coxas? — pergunto em voz baixa, em tom incrédulo. Elas estão sob a mesa, não tem como ele observar.
— Eu notei que a toalha se movia conforme se contorcia, e deduzi, me apoiando em minhas experiências.— Sua língua molha os lábios lentamente — Estou certo, não é? — me ajeito na cadeira respirando fundo.
— Ainda não terminei o jantar. — Respondi com a voz falha.
— Não tenho pressa. — Ele coça o queixo.
Cada garfada, usava do meu poder de sedução. Deslizando o garfo por entre os meus lábios. Os seus olhos seguiam os momentos lentamente.
— Está jogando comigo? — pergunta em voz falha.
— Estou apenas terminando o meu jantar.— gemo.— Que delícia. — ele move-se na cadeia.
O garçom chega para retirar os pratos, quebrando o momento, nos serve mais vinho e sai.
— Quer que peça a sobremesa? — Sonda apertando o braço da cadeira. Ele parece querer apressar a situação.
Olho nos seus olhos que ardem de desejo e expirando,olho para o contrato à nossa frente.
— Acho que preciso ir. — me levanto da mesa, pegando a carteira e a rosa. — Te ligo em dois dias para os proclamas.
— Ainda é cedo. Não quero que vá embora. — Ele segura o meu braço antes de passar pela entrada do restaurante.
— Se ficar, provavelmente irei terminar nua sobre o chão. Preciso avaliar a situação.
— Poderia fazer você ficar. — ele ameaça, apertando um pouco meu braço.
— Sim,poderia, não seria difícil, mas não quero que faça. — ele solta-me. Aperto inúmeras vezes o botão chamando o elevador.
— Obrigado por vir ao meu encontro. — o elevador chega, entro encarando seus olhos.
— Agradeço pela noite. — a porta se fecha e posso respirar novamente.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Bia Morais
Uiiii chega me deu um negócio aq, minina
2023-08-17
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Bia Morais
Oh, Jane... Faz isso comigo naaaaaooooo
Aq é 50 tons direitinhooooo😫😫😫
2023-08-17
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