Capítulo 05

# Música do capítulo: " Renegade - Aaryan Shah"

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Eu tinha pouco conhecimento sobre a máfia russa, entretanto, o meu pai sempre dizia para Garratt que se algum dia eles cruzassem os nossos negócios, as coisas iriam água a baixo.

 Ouvir atrás da porta do gabinete sempre me ajudou a ficar um pouco informada sobre os negócios da família, mesmo o meu pai me deixando de fora. Porém, as reuniões fora da mansão estavam fora de alcance e Garratt não me deixava a par de certas situações.

 Eu precisava me situar, arrumar uma forma de saber mais sobre eles.

 Bati diversas vezes na porta do quarto de Rowan, mas ele não quis abrir para mim. Ao pegar o meu celular, percebi que ainda estava no modo avião, ao retirá-lo, várias mensagens e chamadas perdidas de Lore e uma de Jasmine.

📱Lorelay — Por que não me atende, maldita. Rsrs 20:34

Lorelay — O bonita deixou um cartão de visita com o barman p dar você. 20:34

 Lorelay — Acho que bebei demais desculpa. Mas estou bem, já estou em casa. 20:35

— Vadia cachaceira. — Rio. — Provavelmente já está jogada na cama.

📱 Jasmine — Quando puder me retorne. 20:01

Respirando fundo retornei a ligação de Jasmine, que caiu na caixa postal. Havia acontecido algo, era raro ela me ligar. Mas eu não podia ir até a boate, não com o meu pai em casa.

— Merda. — mordo as bochechas sacudindo o celular pensativa.

Fui até o gabinete, o meu pai estava no telefone com alguém, parecia que passaria a noite toda ali, resolvendo os problemas. Mas se eu saísse, ele veria, veria as luzes do Jaguar, e o barulho do motor. Espera... A moto de Garratt, eu poderia usá-la e ele nem daria falta.

 Calcei um par de tênis e desci para a garagem, ele sempre deixava as chaves dentro da lata de ferramentas.

 Peguei o capacete, coloquei a chave para desbloquear, a colocando em ponto morto. Abri a porta da garagem.

— Posso saber aonde vai ? — Dei um salto com a voz de Garratt atrás de mim. — E ainda com a minha moto.— Olhei pelo ombro, ele estava de braços cruzados esperando uma resposta.

— Uma amiga precisa de mim. — Fui sincera, em partes. — Quebra essa para mim. — Ele suspira.

— Já são quase dez... — Ele morde o lábio. — Certo, só promete que vai tomar cuidado.

 — Prometo. — Afirmo.

— Vai ficar me devendo uma. Sai pelos fundos, os guardas estão em troca de turno.

— Valeu Garratt.

Empurro a moto até próximo à saída dos fundos, subo na S 1000 e ligo o motor. O som do motor é música para meus ouvidos. O guarda abre o portão, acelero… Quando a moto atinge 200 km um grito sai de empolgação. Menos de dez minutos e estaciono nos fundos da boate.

 — Senhorita, a Jasmine te aguarda no salão. — Diz o segurança ao me ver.

— Obrigada.

Prendo os meus cabelos em um coque, Jasmine está próximo ao bar, ao me ver, aponta com a cabeça para o escritório. Assinto indo. Sento, Jasmine entra logo em seguida, trancando a porta.

— Fala logo, fiquei preocupada com a sua ligação.

— Ele está no quarto a duas horas, disse que só sai daqui se te ver. — Rio de escárnio.

— Essa era a emergência? — respiro aliviada. — Passou mil coisas na minha cabeça.

— O que você fez com o homem? Ele parece obcecado.

— Nós não transamos, foi apenas um beijo. — Jasmine gargalha.

— Um beijo e ele aparece na outra noite exigindo te ver? Garota, nunca um cliente ficou apaixonado com um beijo. — Reviro os olhos.

 — Não é paixão, ele apenas está fascinado em ter a mim, a Angeline, e não a Feiticeira.

— Você disse seu nome? — Indaga Mine.

 — Não, claro que não. Nem sei o nome dele.

 — E vai vê-lo, ou terei que pedir aos seguranças para tirá-lo da boate?

 — Estou curiosa em saber o que ele quer. — Jasmine sorri.

.........

Havia vestido um dos vestidos das meninas, um de cetim vermelho, com as costas decotadas. Deixei o coque bagunçado, me maquiei e coloquei a máscara.

 Quando entrei, ele estava sentado na poltrona, com os cotovelos sobre as coxas, massageando as têmporas. As mangas da blusa social azul marinho, arregaçadas , revelando as inúmeras tatuagens, e os três primeiros botões da blusa abertos, como na noite passada. Ele parecia perturbado, preocupado com algo.

 Ele se levantou me olhando, sem falar uma única palavra, atravessou o quarto me beijando. Pressionando o meu corpo contra a porta. Apenas tocou uma pequena parte de meu corpo, e meus hormônios dispararam.O beijo parecia desesperado, apressado, como se esperasse por muito tempo para tê-lo. Segurando o meu rosto, se afastou dos meus lábios.

— Merda... Eu só... — Ele se afasta. — Eu precisava ver você.

— Apenas me pegou de surpresa. Aconteceu algo?

— Sim, mas não é problema seu. — Ele esfrega o rosto.

 — Eu apenas perguntei...

— Fiz um contrato. — Ele me corta abrindo uma pasta, retirando um bolo de papéis, entregando para mim. — Leia atentamente e me diga os seus termos.

— Um contrato? Você está levando isso a sério demais.— jogo o contrato sobre a cama.

 Ele se levanta, anda lentamente até mim. Me rodeia, ficando atrás de mim. Coloca a mão na minha barriga, deslizando a mão até o meu pescoço lentamente.

— Não tem com o que temer, raposinha.— fecho os olhos, com sua boca em meu ouvido— De uma forma ou de outra, vou ter você.

— Não tenho medo de você. — Ele aperta um pouco o meu pescoço. — É você quem deveria ter medo de mim.

As suas mãos agarram as minhas coxas, sugando o vestido, alisando as laterais das minhas coxas enquanto beija o meu pescoço.

— O seu cheiro não sai da minha cabeça. — Ele respira fundo, meu perfume. — Pensar em você, está me tirando do foco.

— E qual é o foco? — perguntei com voz falha. Ele me vira, me consumindo com o olhar.

— Domar você. —Responde, aproximo os lábios dos dele.

— E o que mais? — sussurrei a pergunta.

Aquela pergunta, parece ter liberado o tigre faminto de dentro dele. Ele simplesmente me pegou pelo pescoço, me colocando sobre a poltrona. Rasgou o vestido na altura dos seios, abocanhando os meus mamilos. Naquele momento, eu já estava completamente acessa como uma árvore de natal. Agarrei os seus cabelos conforme o tesão aumentou. Ele sugava e mordia com tanta vontade, que os meus gemidos tomaram conta do quarto. As suas mãos agarram o restante do tecido que ainda cobria o meu corpo, rasgando o todo. Ele olhou para a minha lingerie. Apenas um pequeno pedaço de renda preto. As mãos dele deslizou por meu quadril e pela calcinha.

— Porra mulher, você vai me destruir.

 — Você acabou de fazer isso com o meu vestido. — Afirmei com um sorriso sarcástico.

— Vou ser mais cuidadoso de agora em diante.

Lentamente, as suas mãos deslizavam a minha lingerie por minhas pernas, enquanto os seus olhos devoravam os meus. Beijou o meu joelho, em seguida passando a língua pela minha coxa.

— Assim é delicado o bastante? — Mordi o lábio sorrindo. — Cacete.

A sua boca tomou os meus pequenos lábios com vontade e permaneceu sugando, os lambendo, alterando com a parte mais sensível, como se precisasse daquilo para viver. Meu quadril não conseguia permanecer quieto, enquanto as suas mãos me puxavam mais para si. Ele me puxou ainda mais para ele, introduzindo a língua dentro de mim. Era como se ela estudasse cada centímetro da minha anatomia. O meu orgasmo estava chegando, ele pareceu perceber e intensificou as lambidas. Me fazendo apertar ainda mais os seus cabelos negros, sedosos e macios.

 E quando o meu orgasmo chegou, estremeci em sua boca. O seu dedo penetrou cada centímetro meu, buscando o meu gozo. E me olhando, lambeu o dedo lentamente.

— Seu cheiro é inebriante, mas o seu sabor é ainda mais. — Me ajeitei na poltrona. — Agora fui eu quem te deixou sem palavras? — os seus lábios se esticaram em um sorriso.

— Quem disse estou sem palavras? — Ele se aproxima beijando meus lábios.

— Leia o contrato, e me ligue quando terminar. — ele paga a maleta.

— Não tenho...

— Está no contrato, bem ao lado de um nome fictício. — Então ele saiu.

 Passei as mãos pelo rosto, retirando a máscara, respirando profundamente.

— O que acabou de acontecer aqui? Céus.

Olho para o contrato sobre a cama. O que me aguardava escrito ali? E se eu não aceitasse os termos dele, íamos continuar nos vendo?

— Droga... Odeio isso. Odeio esta sensação que ele me provoca...

Aquilo poderia ser minha ruína, não de Escarlate, mas, a ruína de Angeline Petrov.

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