Capítulo 17

— Obrigada por me trazer até em casa — falei assim que a gente já estava embaixo da minha janela — E por ter pulado pra me salvar.

— É sempre um prazer salvar uma dama com problemas — ele disse brincalhão enquanto se aproximava de mim.

— Jake?

Ele me puxou pela cintura e me empurrou contra a parede de casa.

Os lábios de Jake encontraram os meus em um beijo intenso e cheio de desejo. Minhas mãos instintivamente encontraram seu peito, e a proximidade entre nossos corpos fez meu coração disparar ainda mais rápido. Era uma mistura de emoções, o alívio por estar a salvo misturado com a atração crescente que eu sentia por ele.

O beijo era como uma faísca que acendeu algo dentro de mim, algo que eu não sabia que estava ali. Minhas mãos se moveram para seus ombros, e eu o puxei mais para perto, querendo sentir cada centímetro de seu corpo contra o meu. Sua língua explorava minha boca com urgência, e eu correspondia ao seu desejo, entregando-me àquela sensação avassaladora.

— Meu primeiro beijo... — sussurrei e ele sorriu ainda com o rosto próximo do meu.

— Devo me desculpar por roubá-lo de você?

— Não, não precisa. Eu gostei... — e ele me deu um último beijo antes de ir

— Nos vemos depois, princesa.

Suspirei cansada só de olhar pra corda improvisada que fiz para descer e subir. Entrei no meu quarto sem olhar pra nada, apenas me joguei na cama me sentindo extremamente cansada. Meu cabelo ainda está molhado e se eu não seca-lo ficarei gripada.

É a única coisa que me faz levantar, eu só não imaginava que Astaroth estivesse em um canto do quarto, sentado em uma cadeira e me encarando como se quisesse me matar.

— O que está fazendo aqui?

— Eu sumo por um tempo e você já começa a se esfregar em outro.

— Você disse uma vez que eu precisava experimentar coisas novas, sair da gaiola que meus pais me puseram, e eu saí.

— E como se não bastasse ainda se jogou de uma cachoeira! — ele levantou.

— Foi uma experiência legal, eu gostei.

— Você quase se afogou!

— Eu sei, eu sei, foi irresponsável da minha parte, mas eu sobrevivi. E Jake estava lá para me ajudar. Ele me salvou.

— Jake, Jake, Jake! — Astaroth parecia furioso — Você mal o conhece! E ainda se deixa ser beijada por ele, se envolve em situações perigosas...

— E o que você tem a ver com isso? — questionei, cruzando os braços em frente ao peito. Eu sabia que Astaroth tinha sua própria agenda, seu próprio mundo, mas ele não tinha o direito de me dizer o que fazer.

— Eu me preocupo com você, Aneor. Não quero que você se machuque.

— E como você sabe o que é melhor para mim? — retruquei, o calor da discussão subindo dentro de mim. — Você aparece quando quer, some sem dar notícias, e espera que eu fique aqui, esperando por você? Eu tenho a minha vida, Astaroth, e não vou ficar presa a você ou às suas regras.

Astaroth ficou em silêncio por um momento, parecendo absorver minhas palavras. Finalmente, ele suspirou e se aproximou, seus olhos fixos nos meus.

 — Você tem a minha marca atrás da sua orelha, só isso é o suficiente pra provar que você é minha e que sei o que é melhor pra você.

— você me marcou como se fosse um gado!

— E te marcaria de novo se fosse preciso. Você é minha e vai ter que aceitar isso por bem ou por mal.

— E o que vai fazer? me forçar?

— Posso fazer pior que isso.

Eu senti o beijo de Astaroth, intenso e cheio de paixão, como se ele estivesse realmente sedento por mim. Sua boca sobre a minha era quente, e a sensação arrebatadora me fez perder um pouco o fôlego. Ele beijava como alguém que conhece bem o poder do desejo e que não tem medo de se entregar a ele.

Nossos corpos estavam próximos, e eu podia sentir a energia que emanava dele, a aura sombria que o envolvia, mas que ao mesmo tempo era irresistivelmente atraente. Astaroth sabia como me provocar, como despertar meus desejos mais profundos, e eu não podia negar que aquilo me deixava enfeitiçada.

— Quando disse que faria pior quis dizer me beijar? Não vi nada de mal nisso...

— É porque você está totalmente entregue a mim com apenas isso — mordeu meu lábio — Voce não consegue mais esconder que deseja isso tanto quanto eu — senti algo enrolar em minha perna e subir até encaixar na minha cintura.

— Astaroth! — falei assustada e quando olhei vi que era uma espécie de calda macia e pontuda que me prendia junto ao seu corpo — Você tem uma calda?

Agarrei ela entre as mãos já que era enorme e só uma não iria ser possível, ela é bem macia e treme sempre que acaricio.

— Astaroth? — quando olhei para cima ele grunhia mordendo os lábios e suspirando com os olhos nublados naquele vermelho que só seus olhos podiam ter.

— Ta querendo foder comigo? — ele disse rouco.

— Desculpa! — soltei-a — Eu não sabia que era tão sensível...

O demônio a recolheu para si e se afastou de mim parecendo totalmente desequilibrado, bem diferente de tudo que eu já vi dele desde que o invoquei.

O observei desaparecer e por algum motivo não consegui segurar a risada. E tudo que se passou na minha cabeça foi.

" Eu achei seu ponto fraco!"

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