Assim que ouvi aquilo corri para longe do quarto, sem me importar com as regras diárias na parte da manhã. Mamãe lia um livro no sofá e papai tomava café enquanto assistia alguma programação que se passava na televisão.
— Está muito cedo para sair do quarto, Aneor.
— Eu sei, mas já terminei tudo que precisava fazer, então decidi comer um pouco.
— Você não tem permissão para fazer o que quer. Saia do seu maldito quarto quando der a hora de sair, antes disso eu não quero ver sua cara — papai disse sem sequer olhar em meu rosto.
— Eu já tenho 19 anos. Não acha que já devo ter minhas próprias escolhas nessa casa?
— Não enquanto morar embaixo do meu teto.
— Já tentei sair de casa, mas vocês estragaram tudo.
— Aneor! — mamãe me repreendeu em um grito e papai finalmente me encarou com faísca saindo pelos olhos.
— É a verdade! Eu já tentei sair de casa, até arrumei um emprego, mas vocês fizeram algo para me expulsarem.
— Que tipo de pai eu seria em deixar minha filha andar com uma mine saia de prostituta e servir clientes como uma.
— Eu apenas iria servir bebidas. Por que fala como se eu fosse abrir minhas pernas?!
Bastou somente aquilo pra que papai deixasse sua xícara de café para trás e acertasse um tapa em minha cara. Cai por cima do centro de vidro no meio da sala. O vidro quebrou e eu me cortei inteira, mas papai não pediu desculpa ou se arrependeu enquanto saia da sala satisfeito.
Mamãe apenas olhou tudo aquilo apavorada, mas foi atrás dele que ela foi e não da sua filha que sangrava sobre os vidros.
— Eu os odeio... — falei em meio ao choro enquanto tentava levantar de cima do vidro sem piorar ainda mais as coisas.
— Tenho pena de você, querida — aquela voz voltou — Deve ser extremamente triste viver essa vida com seus pais. Ser obrigada a ir pra igreja, seguir regras e não poder escolher o que realmente quer. Eu até entendo essa sua imensa curiosidade em como é sentir prazer. E eu apoio completamente.
— Céus... Apenas fique quieto — gemi de dor e ele riu.
— Suas costas estão rasgadas. Seu vestidinho anos 80 foi pro lixo. Diga adeus pra ele — e então sem eu pedir ele me agarrou e me colocou em seu colo.
— O que está fazendo?! — bati em seu peito.
Foi a primeiro vez que olhei pra ele. E não entendo por qual motivo eu não fiz isso antes. O homem parecia ter 2 metros de altura, chifres negros, olhos vermelhos e bonito.
É um demônio...
Um demônio extremamente atraente, muito bonito. Nunca vi um homem tão bonito como ele em toda minha vida.
Há tatuagens em todo seu pescoço e braços, desenhos estranhos e tão...bonitas.
— Se me encarar por mais tempo foderei você.
— Nunca me tocará.
— Isso é um desafio? — seus olhos brilharam e eu engoli em seco.
Maluco.
Quando ele finalmente me deixou no quarto eu tentei correr, mas fui agarrada e empurrada contra a cama.
— Tire o vestido.
— O que?? Não vou fazer isso!
— Só quero cuidar dos seus machucados. Agora tire o vestido.
— Não tiro!
Ele arrancou o vestido em um puxão apenas, que rasgou o tecido ao meio e me deixou despida em sua frente com os seios de fora e somente de calcinha.
— Seu... Seu...
— Não teste minha paciência, Aneor. Cale a maldita boca e deite de bruços na cama!
— Isso é humilhante... — falei com a voz falha pelo choro que já estava se fazendo presente.
— Aneor... — avisou.
E eu fiz como pediu. Deitei de bruços me sentindo completamente humilhada ao ceder para aquele demônio sexy em meu quarto.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
vilma assis
🤣🤣🤣eu assistir a série Lúcifer no começo eu fiquei relutante sei que é só ficção por isso não dei asas a minha imaginação mas gostei muito 😇😇😇
2023-11-11
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