Ele me ajudou a ficar um pouco mais decente antes de finalmente ir embora, com a desculpa de que não poderia ficar em um lugar onde diziam a cada segundo que sua raça era nojenta, manipuladora, e etc. Típicas coisas ditas em todas a igrejas sobre criaturas como Astaroth.
A marca dos seus dentes está dolorida e sinto minha pele ficar inchada ao redor dela, mas não é nada insuportável. Sinto-me vazia agora também, vazia no sentido de não sentir mais tesão, é como se meu corpo tivesse se acalmado com o poucos que ele me deu, e olha que ele fez muita mais que pouco.
Parece que cada vez que digo que não me deixarei ser levada por ele mais eu me entrego. E é sempre tão gostoso.
O culto acabou e eu fiquei sentada por um momento, vendo todas aquelas pessoas saírem da igreja tranquilamente enquanto se despedia uma das outras até que meu celular vibra.
📲| Bom dia, Aneor.
📲| Sou eu. O Jake.
📲| Bom dia, Jake.
📲| Desculpa estar incomodando, mas é que você não tinha me mandado mensagem então decidi te enviar.
📲| Aconteceu tantas coisas que eu acabei esquecendo, foi mal.
^^^📲| Eu gostaria de te fazer um convite. Meu grupo vai pra cachoeira, você gostaria de ir?^^^
📲| Ah, Jake. Não sei se é uma boa ideia.
📲 Por favor vai. Vai ser muito legal! Você não vai se arrepender.
^^^📲| Vou pensar em.^^^
📲| Certo kkkk. Acho que consigo esperar.
📲| Até breve, Aneor👋
" Vou ter que te fazer mudar de ideia de novo, não é...?'
Ele disse de forma tediosa.
— Ou então você pode ficar caladinho.
" Que garota má... "
— Não fale comigo, vão acabar pensando
que estou enlouquecendo.
" É você que está falando comigo"
— Então essa é a Aneor — uma mulher se aproximou ao lado dos meus pais — ela tão bonita quanto vocês disseram.
— Obrigada... — sorri falsamente.
— Acho que vai ser ótimo se ela se juntar ao meu filho, é uma garota de 19 anos muito bonita e parece ser bem inteligente também.
OI???
me juntar a quem?
Meu coração acelerou ao ouvir aquelas palavras inesperadas. Casamento? Eu mal tinha completado dezenove anos e já estavam planejando meu casamento? Aquela ideia era totalmente absurda para mim.
— Como assim, senhora? — perguntei com espanto, tentando encontrar as palavras certas para expressar minha surpresa.
Ela se aproximou ainda mais e segurou minha mão com firmeza, como se quisesse me tranquilizar.
— Seus pais estavam me falando que já está na hora de encontrar um marido digno para você, que seja da casa de Deus e que te abençoe com lindos filhos — explicou ela com um sorriso acolhedor.
Meus pais? Como eles podiam pensar em tomar uma decisão tão importante sobre minha vida sem ao menos me consultar? Eu me senti indignada e ao mesmo tempo angustiada com aquela situação.
— Casamento — engoli em seco, tentando recuperar minha compostura — Não está nos meus planos me casar tão cedo.
A mulher pareceu surpresa com minha resposta, mas não desistiu.
— Oh, querida, casamento é uma bênção divina. Tenho certeza de que encontraremos um bom pretendente para você, alguém que seja digno de sua beleza e virtudes.
Quando ela fala virtude com certeza está falando da porra da minha virgindade.
Eu queria gritar, protestar, dizer a ela que não era assim que as coisas funcionavam. Eu tinha sonhos, desejos e planos para minha vida, e ser empurrada para um casamento arranjado não fazia parte deles.
Enquanto ela continuava a falar sobre as maravilhas do casamento, meu olhar vagou pela igreja e, de alguma forma, meus olhos encontraram os de Astaroth. Ele estava ali, me encarando de longe, com um sorriso provocador nos lábios. Era como se ele soubesse o que estava acontecendo e estivesse se divertindo com a minha aflição.
Uma mistura de raiva, tristeza e desejo me invadiu naquele momento. Eu queria que ele desaparecesse, que fosse embora e me deixasse em paz, mas ao mesmo tempo, algo dentro de mim ansiava por sua presença, por seus toques proibidos.
Decidi que não deixaria que ninguém controlasse minha vida, nem mesmo meus pais. Eu precisava ser forte, lutar pelo que eu acreditava e pelo que queria para o meu futuro.
Com um suspiro, eu me afastei da mulher e me desculpei, dizendo que precisava ir ao banheiro. Ela aceitou, mas deixou claro que esperava uma resposta positiva.
Enquanto caminhava pela igreja, eu senti uma presença familiar ao meu lado. Astaroth estava lá, com aquele sorriso insolente, me observando.
— Parece que suas preocupações aumentaram, minha querida Aneor — ele disse em tom provocador.
— Isso não é engraçado, Astaroth. Minha vida está se tornando um verdadeiro caos.
— Ah, mas é tão divertido ver você lutando contra seus próprios desejos e emoções — ele respondeu, aproximando-se ainda mais.
— Eu não quero isso, Astaroth. Eu não quero me casar com um estranho, ser obrigada a viver uma vida que não escolhi.
— E quem disse que você precisa fazer o que os outros querem? Você é dona de sua própria vida, Aneor. Seus desejos são seus, e somente você pode decidir o que fazer com eles.
Ele tinha razão, e aquelas palavras ressoaram profundamente dentro de mim. Eu não podia permitir que outras pessoas controlassem minha vida. Eu precisava encontrar minha própria voz, meu próprio caminho.
— Vou lutar por minha liberdade, Astaroth. Vou lutar pelos meus desejos e por aquilo que eu acredito. Não vou deixar que ninguém decida meu destino por mim.
Ele sorriu, satisfeito com minha resposta.
— Isso é o que eu gosto de ouvir, minha querida. Seja forte, siga seus instintos e nunca se deixe ser controlada por ninguém. Seja dona de si mesma e poderosa.
— Não tem medo que eu me torne poderosa o bastante para não entrar nas suas garras?
— É isso que torna nosso joguinho gostoso, Querida. Não se preocupe comigo, se preocupe com o que seus pais querem que você faça.
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Atualizado até capítulo 45
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