CAPÍTULO DESESSETE

CONTINUAÇÃO

PAJÉ NARRANDO

Depois que acabei com a discussão dos dois eles ficaram me olhando, dava para ver nos olhos da Paloma o medo e nos olhos do Paulo Ricardo o ódio.

— Qual dos dois teve a brilhante ideia de tentar invadir o meu morro?

Nenhum dos dois respondeu, girei o tambor da minha pistola, paloma esbugalhou os olhos e já foi abrindo o bico.

— Foi o Pr, ele te odeia e sempre quis se vingar e eu burra caí nessa, me perdoa Pajé.

Ele começou a gritar mandando a Paloma calar a boca, chamando ela de burra, agora sim, as coisas começaram a ficar boas.

Lobão chegou se sentou do meu lado, ele odeia o pr até onde sabemos ele que o comandou a operação no início da sua carreira a mesma que matou os pais de Lobão.

— Me odeia? sinto muito em falar, mas nessa função tenho uma fila e você é apenas mais um, Nem dá para se sentir privilegiado.

Pr não falou absolutamente nada além de mandar a Paloma se calar e chamá-la de Burra.

— Paloma, você quer ter esse filho, e ver ele crescer?

— É tudo que eu mais quero, pajé, por favor, não me mäta.

— Vou te dar apenas uma chance, agarre com unhas e dentes, vou perguntar e você vai me responder. Negócio fechado?

— Sim, eu falo tudo que você quiser.

— Cala boca Paloma, sua traíra .

Dei um tapa com as costas da mão na cara dele, que o sangue espirrou.

— Cala boca você, então Paloma, desde quando vocês estão juntos?

— Três anos.

Quando ela falou isso, olhei para o Lobão que entendeu tudo também, a Paloma foi mandada pelo Pr, essa biscate do Caralhø.

— Eu dava aula em uma escola particular e foi o PR que me convenceu a vir dar aula aqui no morro, ele até conseguiu uma vaga para mim que não sou nem concursada, No começo eu relutei várias vezes mas me deixei levar como fui burra, agora vejo que ele só me usou em sua missão.

— A missão era acabar comigo?

— A missão sempre foi matar você, por causa da ...

Quando ela ia falar mais alguma coisa, ele começou a gritar mandando ela ficar quieta.

— Não vou mais ficar quieta, eu quero salvar minha vida e a vida do meu filho.

— Você acha mesmo que ele vai te deixar sair viva dessa?

— A verdade é que o Pr é irmão de Ângela, ele descobriu assim que nos conhecemos.

— Irmão, da minha ex esposa Vadïa, que fugiu e deixou a filha pequena para trás, enquanto eu estava preso, Onde ela está ?

— Isso eu não sei te dizer, nunca vi ela, mas sei que ela está viva e não mora no Rio de janeiro.

Virei para ele, e não me contive, levantei a cadeira com ele e arremessei contra a parede.

Senti uma dor no abdômen, mas logo passou o ódio fez sarar.

— Onde ela está?

— Eu não vou falar, ela não quer te ver nem você nem aquela garota chata.

Quando ele se referiu à minha filha como garota chata, fiquei cego de ódio, levantei a cadeira novamente e arremessei de uma vez no chão.

Ele gritou, ouvi um barulho de osso quebrando, me aproximei e comecei chutar seu rosto.

A Paloma chorando pedindo para parar, saquei a minha pistola e atirei na perna dele .

— Para cada pergunta sem resposta será um tiro pode ser em qualquer parte do corpo, menos em alguma parte fatal, vai morrer aos poucos, Onde a Ângela está?

— Pode me matär, mais eu não vou dizer.

Dei um tiro na mesma perna só que um pouco mais acima na altura da coxa.

— Resposta errada, vamos de novo, Onde está Ângela?

Ele ficou calado e a Paloma gritando e pedindo para que ele falasse logo.

— Na casa da pu...

Antes que ele terminasse de falar, dei um tiro na sua barriga Foi aí que ele gritou.

— Ela não mora no Brasil, a Ângela mora em Portugal, ela odeia você e a sua filha, Ângela nunca quis casar com você e muito menos ser mãe, ela viu em você a chance de mudar de vida apenas isso, na primeira oportunidade que ela teve foi embora para nunca mais voltar.

— Ângela não passa de uma vadïa e é bom que ela esteja do inferno mais pra dentro, porque se um dia eu souber que ela pelo menos cruzou a linha da entrada do Morro do Rodo, eu mando fuzilar ela.

Ele falou mais algumas coisas, que Ângela odiava a Thais, quanto mais ele falava mais ódio eu sentia aumentava, ela mentiu para ele, falando que sempre foi maltratada e odiava o morro e a vida que levava aqui.

Eu nunca maltratei ela, nunca toquei em um fio do seu cabelo, aquela desgraçad@ não tinha nada e não era ninguém.

O ódio tomou conta de mim até que peguei a minha outra pistola que estava com todas as munições intactas e descarreguei em sua cabeça.

A Paloma estava Chorando, Lobão amordaçou ela que estava gritando muito, assim que acabei com a raça do Pr virei para ela e dei uma missão.

— Você vai me trazer a Ângela, eu não engoli essa que ela tá fora do país, eu sei que ela está por perto, provavelmente esperando o irmão dar notícias, você vai descobrir onde ela está escondida e vai me dizer só aí eu deixo você livre para viver como quiser com seu filho, agora lembre-se eu sou o pajé Não tente me passar para trás.

Ela concordou com a cabeça muito assustada, pedi para que um dos vapor deixasse ela na barreira.

Dei uma ordem ao Lobão para colocar uma escuta no celular da Paloma, quero saber tudo que ela anda falando e com quem.

Montei na minha moto e fui direto para casa, assim que cheguei a sala estava vazia, ainda bem, subi direto para o meu quarto, tirei a roupa suja de sangue, coloquei na lixeira do banheiro, tomei banho e fui ver a minha índia brava.

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