YARA NARRANDO
Cadu é namorado de Thais, o homem em quem esbarrei na mata, acho que ele não gostou de mim, ele me olhava feio, ficamos na barreira, não vi barreira nenhuma, deve ser assim que eles chamam aqui, a Thais dar tchau para todo mundo.
Um homem alto se aproximou de nós, fiquei com medo, ele estava com pouca roupa, igual os homens da aldeia ficavam.
— Fala tu.
— Oi Lobão, essa é a Yara, minha amiga.
— Satisfação Yara, Lobão a sua disposição.
antes de responder
ouvimos barulhos estranhos, o lobão tirou uma arma grande das costas e gritou
— Corre, vai, vaiii
Os carros invadindo, todos atirando para todo lado, mas guerra, estou vivenciando isso novamente, parece que está me pesseguindo.
Homens correndo com armas de fogo nas mãos e nas costas, meu coração parecia que ia sair pela boca, não quero viver tudo aquilo de novo.
— Vem Yara.
Thais pegou na minha mão e corremos, ela largou sua bagagem e nos escondemos em um lugarzinho apertado, Thais me falou que se chama beco.
Ficamos quietas, quase não conseguia respirar, a Thais pegou na minha mão e ficamos ali rezando para não sermos pegas, depois de um tempo, muitos tiros e pessoas correndo, eles gritavam palavras feias, a Thais viu o pai dela.
— Meu pai está ali Yara.
Ela falou baixinho, suas mãos estavam suadas e tremendo, quando fui olhar para ver o Sr. Pai da Thais, vi um homem enorme caindo no chão, nunca tinha visto um homem tão grande quanto aquele.
A Thais geitou de um jeito desesperado, me fez sentir sua dor.
— Paiiiiiiiii
— É o seu pai?
Ela não me respondeu e já saiu correndo, corri atrás dela, não posso deixar ela sozinha nesse momento.
No meio das armas cuspindo fogo, Thais se ajoelhou ao lado do seu pai, gritei pedindo Ajuda.
— Estão doídas, saiam daqui agora, vamos tirar o chefe daqui, bora ,bora.
O Lobão junto com os outros homens pegaram o pai da Thaís e colocaram em cima de um carro, Thais subiu e ficou ao lado do seu pai, o lobão me empurrou para dentro do carro.
Um outro homem, pilotou o carro ferozmente, até que chegamos na frente de uma Grande estrutura, abriu a porta Grande de ferro e entramos, tinha vários Homens armados e ajudaram carregar o pai da Thais.
O lugar é enorme, diria uma grande Oca, mas sei que os homens branco chamam de casa.
Deitaram ele no sofá, estava sangrando, me aproximei, pedi licença nesse momento toda energia ao redor é especial para cura do enfermo.
— Preciso de água, panos limpos e uma faca bem afiada.
— Yara pode deixar, eu cuido disso, estudo medicina e já estou perto de me formar.
Me levantei a Thais assumiu o lugar que eu estava, mas não conseguiu nem tocar no ferimento, começou chorar.
Tirei ela, e tomei a frente da situação, orei a mãe Natureza, pedi para que todos se retirassem da sala, ficou apenas um homem para me auxiliar casa precise, pedi aos meus ancestrais para me guiar não deixar ele acordar e sentir dor, também pedi para que acalentar o coração da Thais.
Fui colocando a mão no ferimento, enquanto cantava pela cura, isso é muito importante, temos que pedir tudo que queremos realizar naquele momento, enquanto cantava e tocava no ferimento encontrei a bala, retirei com a ponta da Faca, limpei o ferimento e ele dormindo, costurei, e pedi a mãe Natureza para despertalo daquele sono.
Chamei a Thais que ainda estava chorando, finalizei o curativo, olhei bem para o pai da Thais, ele é lindo, mas vejo em sua áurea tirsteza e Rancor, ele precisa se libertar desses sentimentos que estão escurecendo sua alma.
— Preciso de algumas ervas, vou fazer um preparo para ele tomar, vai curar de dentro para fora.
— Do que você precisa?
Falei para ela, mas teremos que esperar a guerra acabar, ergui as mãos e comecei meu ritual imemoriais meu culto, ligação com os ancestrais, magia e cura
Ninguém falou nada, logo os barulhos foram senssando, na mata quando estavam matando meu povo, uma voz me mandou correr, aqui está mandando cantar para limpar as energias ruins.
Continuei o barulho ecoou no céu, os homens gritando que acabou, Thais me abraçou sorrindo entre as lágrimas.
Continuei alí olhando aquele homem enorme e lindo dormir, Os homens voltaram ao trabalho, ficamos apenas eu e Thais.
Foi quando ele abriu os olhos, primeiro ele me viu e ficou me olhando parecia está curioso e animado com a minha presença.
Quando ele falou que era Pajé meu coração acelerou, pensei que ele era curandeiro.
Em uma aldeia o papel do pajé é O papel dos pajés é trazer as curas através dos espíritos protetores e transmitir o conhecimento e a sabedoria dos antepassados.
A Thais me falou que era apenas um apelido ou seja ele não é um pajé, foi um tremendo banho de água fria, sou um pouco boba, as vezes crio expectativas demais.
A Thais explicou para ele quem sou, e o que estou fazendo na casa deles e a atitude dele foi linda.
— Pode ficar tranquila Yara, aqui você está em segurança, ninguém vai mexer com você.
— Agradecida.
Ele estava sentindo dor, lembrei a Thais sobre o preparo de ervas, ele fficou com os olhos entre abertos, percebi que ele estava me olhando, aparentava está dormindo, mais não estava.
Fiz a Fusão das ervas e dei para ele tomar, Thais foi tomar banho, ajudei o pajé beber o preparo, caiu um pouco no seu queixo quando fui limpar ele tocou no meu rosto com a ponta do dedo.
Meu corpo se arrepiou inteiro, uma sensação desconhecida, ficamos nos olhando, ele foi desenhando meu rosto com a ponta do dedo, estava gostando, mas fomos interrompidos pelo Cadu e a Stephanie.
— Sogrão, quase rodou, em.
Ele falou sorrindo, mas senti que era com maldade, meus ancestrais não me deixam me enganar com as pessoas.
O Pajé não respondeu, o Lobão chegou e me agradeceu por cuidar do chefe.
Ajudei levar ele para o quarto, todos saíram, quando eu ia saindo ele me chamou.
— Yara
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Dilma Bandeira de Jesus
que legal 😍😍😍
2025-03-15
0
Denise Sousa
ESTOU AMANDO
2024-12-05
1
Dinha Borges
❤👏🏻👏🏻👏🏻
2024-07-27
1