Morro - Minha Nova Tribo
Me chamo Yara Bocaiúva, tenho 20 anos, sou indígena da tribo Boras, Meus pais são pessoas importantes para o nosso povo, Meu avô Materno era o Cacique da nossa tribo quando escolheu meu pai para ser Marido da minha mãe, eles casaram e logo vieram os Filhos.
Sou a mais velha, tem Avaré o primeiro Guerreiro e Cauê o mais novo.
Antes do meu avô Falecer ele passou a liderança para o meu pai que se tornou o novo Cacique.
Meu pai fez muitas melhorias para o nosso povo, tão sofrido, vivemos na Amazônia, somos limitados, vivemos nas mãos dos barqueiros, mas tudo piorou quando os Garimpeiros chegaram.
Nossa cultura é totalmente diferente do que as pessoas pensam e falam, as pessoas acham que falamos coisas como: Mim ser índio mal, chega ser engraçado isso.
Nosso povo é bem vestido dentro de nossas tradições e costumes, também temos boas maneiras, saudáveis, compreendendo e falando bem as palavras em português, nosso idioma original é tikuna, também falamos guarani kaiowá e yanomami.
Somos respeitadores da família, trabalhadores, tendo certas noções do 'Pai do Céu', imitamos os gestos e as atitudes dos católicos, de caráter jovial, Somos Pacíficos: tais somos os índios Purus Boras.
Depois que meu pai assumiu a tribo, tivemos grandes melhorias como Médico uma vez no mês, aula no tempo da seca, pois no inverno o acesso às aldeias é quase impossível, devido as enchentes dos rios.
Já Fomos ameaçados várias vezes por homens Brancos, nunca sai da Aldeia, Meu mundo se resume a minha Tribo, meu povo.
Estava ajudando minha mãe com alguns preparos de Ervas, quando ouvimos barulhos diferentes, Cauê chegou correndo.
— Homens brancos estão vindo.
Ficamos apavoradas, até que ouvimos o mesmo barulho, eles estavam utilizando armas de fogos e matando nosso povo.
Começou uma guerra, os índios se defendendo, usamos flechas,
Corri para me esconder, como minha mãe mandou.
Até que presenciei a cena mais triste da minha vida eles usaram suas armas contra meu pai, minha mãe correu para cima do meu pai na intenção de ajudar e eles a mataräm, meus irmãos usando as flechas mataräm o maldito e os outros mataräm meus irmão..
Saí correndo pela mata, podia ouvir os gritos dos índios, a arma cuspindo fogo, os pássaros agitados, a mata chorava, nossa mãe Natureza estava recebendo cada um de seus Boras.
Fui Correndo sem direção, nem rumo o medo de tudo, a dor, a tristeza, eram grandes, mas o desejo de vingança tomou conta do meu ser.
Na minha cabeça eu criei que os homens estavam me perseguindo, e fui no sentindo norte da Mata, nunca fui para esse lado.
Corri por muito tempo, não sei dizer se foi uma hora ou mais, não prestei atenção e esbarrei em um homem branco.
— AAAAAA
— Calma, quem é você?
O Homem perguntou me segurando pelos ombros, olhando nos meus olhos, quando olhei ao redor tinha vários outros, Homens e Mulheres.
— Sou Yara, perdi minha tribo.
Foi muito doloroso falar isso em voz alta, foi só aí que me dei conta estou só no mundo, tive uma crise de choro, mas o que perder minha tribo, meu povo, perdi minha família.
Ouvimos os barulhos de arma de fogo, mais próximo.
— Eles estão atrás de mim, mataräm minha família, agora querem me matär também.
— Vamos te proteger.
Falou uma mulher muito bonita, ela pegou minha mão que tremia muito e depois me abraçou.
Ouvimos novamente, a cada barulho que a arma de fogo fazia os pássaros se agitavam, podia ouvir a mãe natureza chorando.
Saímos rápido, estou fugindo de um homem branco, mas nessa Mulher consigo confiar.
Assim que saímos da mata, consegui sentir o sol tocando meu rosto, chorei novamente.
— Não chora Yara, meu nome é Thais, vou te ajudar.
— Não tenho mas família, tenho medo de voltar para minha tribo e ela não mais existir.
Chegamos nos carros, a Thais me puxou para ir com ela, ela me explicou que é filha de um homem que também faz guerra, mas para se defender.
Chegamos em um lugar de muita gente, todos ficaram me olhando, Thais falou com uma mulher que estava sentada, algum tempo depois fomos para o quarto dela.
— Yara, não posso deixar você sozinha, nem podemos ficar mais tempo, aqui é perigoso para você.
— Estou perdida, acho que vou entregar minha vida a mãe Natureza.
Ela começou a rir e disse que não, falou que íamos para um lugar chamado Rio de Janeiro, para a comunidade dela, e que o seu pai iria me proteger, ele é o dono do Morro não sei o que é isso.
Primeira vez em um lugar assim, tudo tão diferente da minha aldeia, Thais me ensinou o básico Ali.
Ela me deu as roupas, tomei banho, tirei toda minha pintura vesti a roupa que ela me deu.
Assim que saí na casinha de tomar banho esqueci o nome, as pessoas que estavam na mata estavam todos no quarto.
— Se vocês quiserem ficar, por mim, tudo bem, mas estou indo embora agora, vou tirar a Yara daqui o quanto antes.
— Você vai tirar daqui para enfiar no morro do Rodo, parece até uma piada.
Falou uma mulher branca de olhos azuis linda como anjo, mas tem uma área de demônio.
Thais não respondeu mesmo contra a vontade dessa mulher, todos decidiram ir embora.
Entrei em um pássaro voador morrendo de medo, Thais me explicou que é seguro, se chama Helicóptero e pertence ao pai dela, ela conversou com o Homem que conduz.
Meu medo aumentou dez vezes mais, fiquei o tempo todo pegando na mão da Thais e de olhos fechados.
— Chegamos Yara, abre os olhos.
Abre os olhos ainda estávamos no céu, olhei para baixo como ela pediu e vi um lugar lindo, só não é mais bonita que a minha casa.
O helicóptero foi descendo e senti um frio na barriga, fechei os olhos novamente assim que parou saímos, minhas pernas estavam tremendo, Thais pegou na minha mão e entramos no carro.
— Seja Bem-vinda Yara, estamos no Rio de Janeiro, agora vamos para o morro do Rodo, Onde será a sua nova casa.
O Morro será minha nova Tribo.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
TRAIÇÃO NÃO TEM PERDÃO
Primeira Vez Que Leio Uma Fic Com Índia No Morro
2024-11-12
1
Thays Araújo
/Kiss/
2024-11-07
0
Thays Araújo
já amei meu nome rs muito difícil encontrar assim em livros
2024-11-07
0