CAPÍTULO SETE

PAJÉ NARRANDO

Beijar a Yara foi uma das melhores sensações que já senti na minha vida.

Ela é maravilhosa e se entregou completamente no beijo, também deu para sentir que ela não tem experiência, não acredito que sou o primeiro beijo da vida dela. no fundo eu queria ser o último e único.

A Taís é muito grudada na Yara e acabou nos atrapalhando, amo minha filha, mas nessa hora deu vontade de dar um psicopata nela.

A Taís saiu para encontrar o playboy que ela chama de namorado, mas já percebi que quando falamos o nome do Cadu ou o nome da Stephanie a yara faz uma expressão diferente, esperei a Thais sair de casa para perguntar.

Depois do almoço chamei a Yara para deitar no meu quarto, sempre fazemos isso, mas era cada um em uma ponta da cama, Ela gosta de assistir Tv deitada, esse mundo é novo para Yara e eu estou gostando de mostrar as coisas diferente para ela, assim que ela me liberar para sair de casa vou levar ela para dar um rolé no morro e conhecer toda minha quebrada.

Yara me acompanhou, assim que entrarmos agarrei ela pela cintura e nos beijamos novamente.

— Por que você é tão linda garota, linda e novinha, poderia ser um pouco mais velha.

— Para o amor não tem idade o meu pai e a minha mãe eles têm uma diferença de sete anos e foram felizes juntos, até que acabaram com a nossa família

— Sete anos, gatinha, Eu e você somos vinte anos de diferença, Isso é muita coisa.

— Se você acha que a diferença de idade é mais forte do que o que sentimos não vou mais insistir em falar.

Ela ficou bastante chateada e me arrependi de ter falado isso, mas a verdade é que tenho medo de ser traído, ou que ela conheça um cara mais novo da idade dela e queira me largar ou fugir assim como a outra fez.

— Quais são as suas insegurança

— O que?

Às vezes eu acho que a Yara não é só uma índia, é uma bruxa também, ela sempre sabe exatamente o que estou pensando, não sabe detalhadamente mas sempre acerta.

— Por que você acha que eu tenho algum Insegurança?

— Quando você está pensativo seu olhar muda e fica uma ruga bem no meio da sua testa.

— Ruga?

Ela começou a gargalhar, fui me olhar no espelho do banheiro e não tem ruga nenhuma, quando voltei para o quarto a Yara estava segurando a barriga no tanto que riu.

—Mas eu não tenho Ruga nenhuma.

— Isso quer dizer que você não é tão velho como se descreve.

Mas não é, que a danada essa garota, ela me fez entender que não sou tão velho quanto falo para ela.

Deitei na cama, bati de lado, para ela deitar também ela apenas se sentou, puxei ela para os meus braços, quando ela deitou, entrelacei uma perna entre as suas, e fiquei fazendo carinho nos seus cabelos lindos, enquanto ela fazia carinho no meu rosto, toda delicada.

A última mulher que eu tive um tempo para ficar assim foi Ângela, isso foi antes da Thais nascer, mas depois que ela me abandonou com a menina nunca mais eu quis nada sério com nenhuma mulher, todas foram füdeu, paguei, agora rala.

Paloma tentou várias vezes engatar uma relação, tentou ser carinhosa, mas nunca senti vontade de ter nada com ela, apesar de ter dormido aqui na minha casa algumas vezes e foi a única que eu trouxe, não passou disso.

Decidi perguntar para a Yara o porque ela mudou a expressão Quando falamos o nome do Cadu ou da Stephanie.

— Princesa, eu notei que você faz uma expressão diferente toda vez que a Thais fala o nome do Cadu ou da Stephanie, Igual essa que você acabou de fazer agora.

A Yara fechou os olhos e ficou quase um minuto com os olhos fechados, quando ela abriu, seus olhos não estavam mais da mesma cor, em vez de preto como são, estavam brilhantes azulado.

— Cadu vai fazer a passagem.

Eu não entendi o que ela quis dizer porque ele vai fazer a passagem, mas aí ela retornou a falar.

— Ele carrega o mal dentro de si, a covardia, o destempero, eu consigo ver.

Aí Ela fechou os olhos novamente começou a respirar fundo como se estivesse passando mal.

— Yara, você está sentindo alguma coisa?

— Thais.

Ela falava o nome da Thais com a respiração ofegante e comecei a me preocupar de repente, ela se levantou falando que a Thais estava em perigo.

Lobão me chamou no rádio, o carro do Cadu foi atacado e os vapor Tão precisando de reforço merd@ a Thais tá com ele.

Quando dei um passo em direção ao closet para trocar de roupa e pegar meu armamento, Yara segurou no meu braço me impedindo, falou que não.

— Você não vai, isso é uma armadilha do mal, ele quer fazer mal a você, ele não sabe da passagem.

Mas agora que eu vou mesmo, quero ver ele me fazer mal, tentei sair mas a Yara continua me segurando, passei o rádio para o Lobão pedi para ele juntar os vapor e resgatar minha filha, dei carta branca para ele tomar a frente, que eu tenho que resolver um problema com a Yara.

— Yara eu não sei como funcionava lá na sua tribo, mas aqui no meu morro funciona da seguinte forma, se o cara tem problema comigo é comigo que ele vai resolver. você vai ficar aqui quietinha bonitinha enquanto eu vou lá ver se ele é capaz de fazer alguma coisa.

Ela começou a passar mal como se estivesse faltando ar püta merd@ e agora o que é que eu faço, peguei ela no colo e deitei na cama, senti um pouco de dor mas nada insuportável, não sei como pesa tanto sendo magrinha desse jeito.

Quando ela abriu os olhos novamente já eram os seus lindos e inocentes, Yara me abraçou forte, chorando, e disse que os seus ancestrais mostraram tudo a ela.

Tudo o que?

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