Fala minha cachorrada, me chamo Pablo Andrade, Sou Dono do Morro do Rodo a mais de 20 anos, por isso corta essa de me chamar de Pablo, só quem me chamava assim era minha mãe todos aqui me conhecem como pajé, Porque foi assim que me intitulei, o que um pajé de verdade faz, não faço a mínima ideia, o que eu faço a diferenciado.
Fui casado por um bom tempo com a mãe da minha filha, mas aí ela resolveu meter o pé deixando eu e a Thais para trás, nunca mais tive notícia da Ângela.
Também nunca fui atrás, pensei várias vezes nessa possibilidade de ir atrás dela e trazer de volta no arrasto só para ela aprender que a vida não é doce mais não é mole, só que desisti de ir, se na primeira dificuldade ela meteu o pé é porque não serve para enfrentar a vida ao meu lado.
Sendo sincero cachorrada, só me casei com ela por causa da nossa filha, a Ângela ficou grávida no começo do nosso lance, a única coisa boa que aquele Vadïa fez na vida, foi ter dado a luz a minha princesinha.
Thais é minha filha, a única herdeira dessa porr@ toda, embora faça questão por nada disso, mas eu faço, quero que ela aprenda, pois a vida que levo não me garante uma estadia muito longo na terra, já estou com 40 anos, pois é cachorrada já sou aquele tiozão.
Minha filha faz faculdade, estuda medicina, tem prazer em ajudar as pessoas, a comunidade adora, ela é uma menina muito boa, não vê maldade nas pessoas.
Já eu sou ao contrário, vejo maldade de longe, sinto o cheiro de gente traíra igual uma amiga que ela tem, já falei para ela largar de mão uma tal de Stephanie garota nojenta.
Eu bem que vejo no olhar dela a inveja da Thais e se bobiar ainda é Talarica.
No momento, Thais está namorando um Playboy, não tenho nada contra, muito menos a favor, só não confio muito nesse tipo de gente, principalmente para subir o meu morro, sou muito desconfiado, desde a primeira vez que ele veio aqui, mandei puxar a ficha e realmente ele estuda e não tem ligação nenhuma com outros comando.
Um verdadeiro pela saco, as vezes tentar pagar de bichão, mas aqui não cola, por mim a Thais mandava ele pegar o rumo.
Minha filha está de férias e pediu para ir passar uns dias na Amazônia, achei um pouco exótico isso, emprestei o helicóptero ela foi com o namorado e mais outro casal de amigos, incluindo a Stephanie.
Foi até bom estamos sobre aviso a qualquer momento pode estourar uma guerra nessa porr@
Sirvo ao primeiro comando e estamos entrando em uma guerra com o Estado, eles querem meter uma upp no meu morro, com essa história de pacificação.
Já falei se é corajoso pode peitar, é só cair pra dentro meu chapa,mas aqui eu não arredo o pé só me entrego morto, Herdei essa comunidade do meu pai e prometi a esse povo que lutaria por eles até o meu último suspiro, e é isso que vou fazer.
Faço tudo pelo bem da minha comunidade e da minha filha, quando a Vagabund@ da minha ex foi embora,foram alguns moradores que me ajudaram a cuidar dela.
Sem contar que os moradores não querem a tal da pacificação, vários já nos procuraram dispostos a lutar do nosso lado, mas dispensei todos eles, não quero envolver eles nisso, são honestos e eu não vou deixar sujar suas mãos para me defender, tenho as mãos sujas de sangue, porque herdei, está no meu instinto, eles não, eles tiveram outra opção de vida.
Já faz alguns dias que eu não durmo direito, meu informante já me passou a visão a qualquer momento os filhos da püta vai invadir.
Todos os dias converso com a Thais, ela está gostando, já conheceu algumas coisas, e está fazendo trilha, mandei tomar cuidado com onça, às vezes quando tinha tempo eu assistia a novela Pantanal, muito boa, Zé Leôncio, e na mata tem muita onça e boca de sapo isso é um perigo.
Estava em casa quando a sirene tocou, os fogos estralaram no céu o radinho chamando, chegou a hora, me equipei todo, fiz o sinal da cruz e sai para guerra eles podem até pacificar o meu Morro mas terão que me matar primeiro.
No meio da guerra fui atingido por um tiro e não vi muita coisa, senti o impacto já caí no chão tenho impressão de ter ouvido os gritos da minha filha.
Minha vista escureceu cheguei desfalecer, não sei quanto tempo fiquei desacordado mas assim que abrir os olhos tive a visão do céu tinha um anjo bem na minha frente.
— Pai, Você acordou que bom eu já estava preocupada.
Fiquei olhando aquela moça linda parada os olhinhos pretos vidrados em mim, espera isso é uma índia não é possível que a Thaís tirou a Índia da mata e trouxe para casa, eu devia ter dado mas limites essa garota.
— Pai, Essa é a Iara ela é indígena aldeia dela sofreu ata que e toda sua família foi mortas por garimpeiro encontramos na mata então eu resolvi trazer ela para cá
Às vezes a Thais acha que sou super Homem e tenho o poder de proteger todo mundo, fiquei analisando a situação mas a beleza da Índia me deixou um pouquinho boquiaberto.
— Como é o seu nome menina
— me chamo Yara
— satisfação Yara, eu sou o pajé.
Eu não sei o que foi que ela ouviu, mas os seus olhos brilharam ainda mais, um sorriso enorme surgiu nos lábios, até me animei também com tanta felicidade
— Então você é o curandeiro aqui do Morro.
Thais começou a rir, fiquei sem entender nada, como assim? Curandeiro , estou mais para causar o ferimento, do que para curar.
— Não Yara, o apelido do meu pai que é pajé, o seu nome verdadeiro é Pablo, ele não é pajé de verdade, entendeu?
Ela balançou a cabeça que sim, mas na sua testa estava escrito, estou confusa, acho que vou me divertir muito com essa Índia aqui no Morro.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Dilma Bandeira de Jesus
Pablo vc se diverte aí com a iara e eu me divirto aqui com vcs kkkk
2025-03-15
1
Lis Reis
ele é noveleiro kkkkkk
2025-03-12
0
Marinalva Oliveira
😂😂😂
2024-12-30
1