CAPÍTULO QUATORZE

PAJÉ NARRANDO

 Assim que o Ninão me passou o rádio falando que a Paloma estava na frente da minha casa querendo falar com a Yara não esperei nem um segundo.

 Subi na minha moto e voei direto para casa, assim que cheguei lá a Yara já estava ouvindo os desaforos da Paloma além de estar onde não devia a püta estava com o dedo apontado para Yara, não contei história desci da moto já peguei no braço, quando ia arremessar ela no meio da rua, a Yara falou que a Paloma estava grávida, Ela vomitou aquelas palavras em cima de mim e saiu correndo, seus olhinhos brilhantes estavam marejados.

— Que papo é esse?

— Eu estou grávida, acabei de pegar o resultado no postinho.

— E quem me garante que esse filho é meu, e quem te deu o direito de vir na porta da minha casa, perturbar minha namorada?

— Namorada?

— É melhor meter o pé daqui e procurar tua turma, incluindo o pai do teu filho.

— Pelo amor de Deus, assim você até me ofende, sabe que eu sempre fui fiel a você, mesmo você não sendo a mim.

— Ninão, zoim, levem a Paloma pro barraco da onze.

Ela começou a gritar, a perguntar o que eu ia fazer, não respondi absolutamente nada, fui atrás da Yara, perguntei a Fabiana por ela , que me falou que ela se trancou no quarto.

 Bati várias vezes na sua porta, chamando seu nome e o que recebi foi o silêncio, essa vida é muito ingrata, demorei tanto tempo para encontrar alguém que realmente vale a pena, e quando encontro vem o satanás da paloma destruir tudo.

Ela não quis abrir a porta, também não vou arrombar para não assustar ela, fui no meu quarto, passei o rádio para o Lobão pedi para ele subir aqui em casa.

Assim que o Lobão chegou pedi para que ele chamasse a Yara, mas ela também não respondeu comecei a ficar preocupado, ela adora o Lobão e nem assim quis abrir a porta.

Lobão já demonstrou sua insatisfação com toda aquela situação, não quero nem imaginar o piti que a Thais vai dar quando ficar sabendo.

— O que tu fez com ela Pajé?

— Não fiz nada

— Não é o que parece, eu vi muito bem a Paloma saindo escoltada daqui.

— Qualé a tua Lobão, vai querer embaçar agora, meu parça.

— Não tô querendo nada, tá ligado, só não quero que você faça a Yara sofrer. Pode parecer que ela não tem ninguém, mas ela tem a mim.

— A Paloma falou a Yara que está grávida.

— O que? A mais eu mäto aquela desgraçadä.

— Eu mesmo farei isso.

Lobão começou a falar que nunca confiou na Paloma, que vai arrancar a língua dela, me culpou por tudo e até me ameaçou, quase saímos na porrada.

Vi que a Yara não iria abrir a porta então resolvi cuidar da Paloma, vou colocar aquela vagaba no seu devido lugar, tenho consciência que sempre usei preservativø e não era apenas um e sim dois, nunca confiei nela e nenhuma outra.

Já comi muita püta, tanto do Rodo quanto de outros Morros, Paty do asfalto, mas sempre me previnir, depois da Ângela não sei mais o que é føda no pêlo.

A única mulher que eu quero fazer com camisinha, sem camisinha, em pé deitado os Caralhø a quatro é com a

Yara, com ela não quero nada entre nós.

Falei com a Fabiana, pedi para ela ficar de olho na Yara e não deixar ela sem comer, subi na minha moto e fui para o barraco onde está a Paloma essa püta tem muito o que me explicar.

Assim que cheguei na frente do Barraco, já meti o pé na porta, ela estava sentada em uma cadeira de ferro, se levantou assustada.

Peguei no pescoço dela, minha vontade é Matär essa porr@

— Pajé, me larga, por favor.

— pajé!

O Lobão chegou por trás de mim colocando a mão no meu ombro, diminuí a força, folgando mais a mão em volta do seu pescoço, mas não soltei, ela vai me dizer por bem ou por mal

— De quem é esse filho?

— É seu, pajé, acredita por favor.

Ela começou a chorar desesperada, mas consegui constatar no fundo dos seus olhos que é mentira.

— Só quero deixar claro, sendo meu filho ou não você vai morrer.

Ela arregalou os olhos e parecia não acreditar no que eu estava falando.

— Você vai me matär?

— Você ainda tem dúvidas?

— Pajé, eu estou grávida, que tipo monstro você é?

— O monstro que Conhece vadïas como você, você não vai ficar grávida a vida toda. um dia essa criança vai sair e quando ela sair será o seu fim, Mas não se preocupe o meu filho eu vou criar junto com a Yara.

A Paloma começou a chorar desesperada, Fui onde tive a certeza que realmente estou com a razão, esse filho não é meu.

— Mas você tem a chance de sair viva disso tudo, ver seu filho nascer e criar ele, bem longe do meu Morro, é só me dizer o nome do pai porque sei muito bem que não sou eu, e por que ele mandou você falar que é meu?

Ela continuou chorando balançando a cabeça que não como se não pudesse falar, estava aponto de ter um treco, bati a cabeça dela na parede.

Soltei o pescoço dela e deu um soco na parede passando o fino do seu rosto, mirei bem, lógico, para não acertar nela e dei um grito que ela se encolheu toda.

— Fala porr@

— Paulo Ricardo.

— Quem?

— Paulo Ricardo, o PR

Filho da püta, PR não pastor como as siglas discriminam, é um Delegado, que caça traficantes em especial donos de morro.

Aquele @rrombado vai me pagar e muito caro, junto com essa cachorra.

Peguei nos cabelos da Paloma a minha vontade era esmagar a cabeça dela na parede.

— Amarrem ela, comida e água apenas isso, necessidade fisiológica deixa fazer na roupa, quero ver se o pai do seu filho vai ter coragem de vir aqui te buscar.

Sai do barraco sentindo meu sangue pulsar nas veias várias fitas começou a passar pela minha cabeça.

Desgraçadä primeiro vou pegar seu macho, depois acabo com a sua raça, não quero nem saber se está grávida de verdade ou não.

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