MATHEUS...
Chego no endereço que a Rafa me passou, e o pai dela é quem abre a porta, ótimo... Era tudo que eu precisava.
— Senhor...
— Responde! Faz o quê aqui?
Não tenho nem tempo de responder, pois a Rafa chega por trás dele e aperta o braço dele.
— Tá tudo bem, pai... Pode ficar tranquilo.
— Tem certeza? — ele fala bem mais calmo, olhando nos olhos da Rafa.
— Sim, paizinho. Pode ir ajudar a mamãe lá no jardim. Eu me viro aqui...
— Tudo bem, qualquer coisa, é só pedir a Ana pra me chamar — ele deixa um beijo na testa dela e entra na casa.
Ponho uma das mãos no bolso, pois a outra eu tenho um presente para cada um dos gêmeos, e espero a permissão da Rafa para entrar.
— Tenho regras... — eu assinto — primeira, não pense que é o dono da casa, apenas eu mando aqui; segunda, não tente dar ordens nas crianças, pois você mau os conhece; terceira, só venha aqui quando eu permitir, e quarta... Deixei você vir até aqui conhecer as crianças, não reatar o que quer que nós dois tínhamos.
Eu assinto outra vez, ela me dá passagem e eu entro na casa, era simples, elegante e aconchegante, bem a cara dela. Os gêmeos estavam sentados num tapete na sala, rodeados de brinquedos.
— Crianças... — eles dois levantam, a Ana, bem rápido, e em seguida ajuda o Pedro — o... Pai de vocês...
— Oi... — falo com calma.
Eles abrem um sorriso enorme, cada um, eles vêm até mim e abraçam a minha cintura, então eu fico de joelhos para abraçar eles direito.
— Oi meus pequenos — abraço eles forte, porém com cuidado.
— Achei que você não vinha, pai... — o Pedro fala um pouco triste — tá chateado pela forma como te ignorei?
— Não, filho, claro que não... — beijo a sua testa — não estou nem um pouquinho chateado.
— Papai, tô feliz que o senhor tá aqui — a Ana fala toda alegre.
— Eu também estou, filha. Aqui, trouxe para vocês — entrego os dois presentes a eles.
Não trouxe as joias, pois sei que a Rafa iria querer me queimar vivo se fizesse isso, então passei no shopping e comprei algo que eu sei que eles vão gostar, e a Rafa não vai me matar.
Para a Ana comprei um porta-joias com uma bailarina que toca música, assim ela pode guardar as joias que darei a ela, no futuro. A caixinha é toda num tom perolado com detalhes em dourado e prata, a bailarina é uma bonequinha de uns 10CM, ela é moreninha, e veste uma roupinha clássica do quebra nozes, branca. O interior da caixa é de veludo vermelho, tem também um espelho na tampa da caixa, todo decorado com pequenas pérolas e led.
— É linda, papai... Obrigada — ela me dá um abraço apertado e um beijo na bochecha.
Para o Pedro eu comprei uma caixa diferente, pois pelo que observei no quarto dele do hospital, ele gosta do espaço, planetas. Essa é como se fosse um projetor de hologramas, quando ativado, reproduz uma parte da nossa Via-Láctea em 3D, enquanto alguns efeitos sonoros são emitidos. A caixa além de ser um projetor, também tem espaço para guardar joias, sendo todo em veludo preto no seu interior, com algumas pedrinhas prata. Por fora é de um vidro preto ébano espelhado, com vários desenhos que representam meteoros, também em prata.
— Uau, pai... Que maneiro... — ele me abraça com força também, e é impossível não se emocionar — obrigado.
— De nada — deixo um beijo nos cabelos dele, que ao se afastar de mim, tem um sorriso alegre no rosto.
Eles me puxam para o tapete e começam a me ensinar brincar com eles, pouco tempo depois, umas crianças chegaram e vieram correndo para onde os gêmeos estavam, uma das meninas assim que viu o Pedro abraçou ele bem forte.
— Pepê... Eu tava com tanta saudade.
— Eu também tava, Fla... — o Pedro respondeu abraçando ela.
— Gente, esse é o nosso papai — a Ana fala toda feliz e eu me sinto um pouco perdido sem saber como interagir com eles.
— Olá, crianças.
— Qual o seu nome, pai da Ana? — um dos meninos perguntou, esse estava grudado na Ana desde que chegou, e me causou um pouco de incômodo.
— Sou o Matheus. E o seu nome, como é?
— Sou o Igor. A Ana e o Pedro são os meus melhores amigos.
— Um nome bonito, Igor. E o de vocês? — pergunto aos outros dois que ainda não tinham falo nada.
— Eu sou o Henrique.
— E eu a Luana.
— Tio, o senhor é namorado da tia Rafa? — antes que eu responda, a Rafa entra na conversa.
— Crianças, quem tá afim de pipoca? A vovó Mari fez bastante para vocês, porque não vão lá na cozinha buscar? — eles gritam felizes e vão até lá, fico observando a forma como a Rafa fugiu da pergunta e penso na possibilidade dela ter outro homem.
— Está tudo bem?
— Por que não estaria?
— Você fugiu do assunto igual o diabo da cruz...
— Você tinha uma resposta criativa para dar a seis crianças, sobre o porque que os pais de dois deles não moram na mesma casa, e muito menos namoram? — engulo em seco e desvio o olhar — foi o que pensei. Olha, Matheus, eu lido essas crianças há bastante tempo, então eu sei o que estou fazendo quando corto um assunto pela metade.
Ela sai andando em direção a cozinha, e eu... Fico sentado no sofá, esperando ela falar se posso sair daqui indo atrás deles, ou... Me mandar embora. Só sei de uma coisa, o que ela mandar, eu faço. Até mesmo se ela me mandar limpar os pés dela com a língua.
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Atualizado até capítulo 69
Comments
Lúcia Helena
É bem engraçado agora chega com presentes e a besta já tá toda derretida,tenho pena desse tipo de mulher passou vários anos sem ficar com ninguém apenas esperando o anjinho que voltou agora e ainda trazendo a ex que vai infernizar a vida dela e dos filhos e ele o bonzinho pois guardou as joias para eles esses anos todos/Joyful/
2025-03-27
0
Euridice Neta
Aí Matheus tu vai penar nas mãos da Rafaela, mais vai valer a pena renovar quase certeza depende da autora também né?
2025-03-03
4
Ira Rosa 🌹
laaaaa no início do livro a autora escreve que : se não gostar da história, aceita críticas porém construtivas e outras coisas! edta lá no início! aos distraídos volte la e leia por favor pois ela diz se não está curtindo pare de ler!
SIMPLES ASSIM
2025-03-29
1