MATHEUS JONES...
Acordo cedo para mais um dia de trabalho e o corpo cheio de procedimentos estéticos da Madson, se encontra atracado a mim. Reviro os olhos e saio da cama indo para o meu quarto, estou com a Madson faz quase seis anos, mas nunca a levei para a minha cama, sempre transamos no quarto de hóspedes, que fica na ponta oposta do corredor, bem longe do meu quarto, pois só uma pessoa tem o meu coração e o direito de dormir na minha cama.
É uma pena que essa pessoa me odeia, sei que sou o maior culpado disso ter acontecido, me culpo todos os dias por não ter acreditado nela, não tiro a razão dela de me odiar tanto...
Tomo um banho demorado e visto um dos meus muitos ternos feitos sob medida, pego um dos meus relógios mais caros, óculos escuros, celular e desço para o café da manhã, a Madson já estava sentada a mesa com uma revista de fofoca e o celular no ouvido, enquanto a sua voz irritante soava fina e estranhamente infantil.
— Amorzinho, preciso de um vestido novo.
— Outro? Você comprou sete na semana passada, e todos eles eram de um valor absurdo.
— Amorzinho... Aqueles eu já usei, preciso um novo para uma festa que a Megan vai fazer no sábado. Por favorzinho.
— Compre do seu cartão. Um único vestido pago com o seu dinheiro não vai lhe deixar pobre, tenho que ir, o meu dia hoje está lotado de reuniões.
Saio deixando ela falar sozinha, o meu motorista já está me esperando em frente a casa, entro e ele já sabe para onde vamos todos os dias antes das oito da manhã, há mais de uma semana: O hospital. Chego no hospital e vou até a recepção.
— Bom dia! Sabe me dizer se tem alguém no quarto do Pedro Henrique Cameron Jones?
A moça olha e me responde que não, então vou até o quarto do meu pequeno. Sempre que chego aqui ele está dormindo, isso é a única coisa que me dá coragem de aparecer aqui todos os dias.
Vou até ele e o seu rostinho lembra tanto a sua mãe... Minha pequena... Amo tanto aquela mulher, mas não consigo ficar com ela sabendo que parti o seu coração da pior forma. Faço carinho nos cachinhos pretos do Pedro, com bastante cuidado para não acordar ele, ainda não estou preparado para explicar a ele que sou o pai dele e que o abandonei quando a mãe mais precisava de mim.
— Ei filhão... Você precisa ficar bem, sabia? Precisa cuidar da mamãe já que o papai não pode...
Fico mais alguns minutos com ele e saio do seu quarto, vou até a sala do médico responsável por ele e assim que entro na sua sala ele levanta a sobrancelha.
— Meu amigo você sabe que não posso ficar escondendo isso da Rafaela mais por tanto tempo, não é?
— Eu sei... Mas foi eu que errei, mereço sofrer ainda mais que isso. Sei que é errado estar me aproveitando da situação em que o meu filho se encontra para passar cinco minutos com ele... Ainda me dói muito lembrar de todas as palavras que falei a Rafa naquele dia.
— Você foi um p.au no c.ú.
— Queria tanto conhecer a Ana... Vi umas fotos dela no celular da Pri... Mas não é a mesma coisa.
— Sinto muito não poder ajudar com isso. Já estou infringindo uma das regras do hospital, ao te liberar pra ver o Pedro.
— Eu sei... Como ele tá? — falo um pouco triste.
— Ele precisa de um transplante de medula óssea. Pelo que já dei uma olhada nos exames dele, é capaz de você ser o único doador compatível.
— Transplante? Meu Deus... Ele só tem cinco anos...
— É normalmente nessa idade que esse tipo de doença aparece...
— Quero fazer um teste de compatibilidade... Se eu for compatível não precisa nem mesmo falar com a Rafa pra fazer, eu aceito ser um doador anônimo.
— Infelizmente só posso liberar você a fazer o teste depois que ela fizer.
— Droga! Se eu for o único compatível ela não vai querer falar comigo... Vai querer que outras pessoas sejam submetidas aos testes...
O Natan olha-me um pouco triste, sei que ele entende a minha dor, mesmo não fazendo ideia da densidade. Me despeço dele e vou para a empresa, preciso ocupar a minha mente com a nova produção de joias dessa estação, estamos com uma grande quantidade de encomendas, e o nosso catálogo está cada vez mais rico em peças exclusivas.
Os nossos conjuntos exclusivos são um sucesso a cada lançamento, todos os anos eu crio um conjunto especial para a Rafa, talvez se um dia ela me perdoar... As joias possam ser usadas. Elas ficam expostas na loja, mas nunca são vendidas, pois são uma criação minha e eu coloquei um valor alto demais para ninguém comprar, várias vezes o meu pai pediu que colocasse pelo menos um dos conjuntos nos leilões, mas eu sempre me nego.
— Deus... Me ajuda...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 69
Comments
Luzia aparecida Araújo
Hummmm! Se arrependeu porque não pediu perdão! Dois filhos lindos vc tem Matheus, mas não os conhece! Há seis anos tem um relacionamento com uma mulher que não amas! Isso tem nome: covardia! 🙄🥺😡
2025-03-01
12
Mariliaa vitoria
Arrependimento , pra mim, significa perdão. Em nome.dos seus filhos que não tem culpa de nada, Deus já perdoou esse pai
2025-03-25
1
Jorgete Das Chagas Scramignon (Gete)
Que cara ordinário! faz uma maldade dessas com a moça,renega os filhotes agora vem querer bancar o mártir! isso faz uma raiva que não sei nem explicar!!
2025-03-20
0