17° Dia

Querido diário,

Eu acordo animada. Estava tudo bem entre eu e Vince. Embora não tenhamos definido o que somos. A sua companhia era bem agradável.

Vince era o cara ideal para encontrar uma cópia do livro.

Me lembrei que não havia enviado o email para a administração do museu. E hoje era o dia que constava no ingresso para poder visitar o museu.

Ligo o computador e envio o email rapidinho.

Se alguém questionar pelo menos eu enviei.

Assunto: Doação

Bom dia!

Gostaria de saber como faço para fazer uma doação generosa em dinheiro para o museu?

Sou uma grande apreciadora da arte.

Att.

Keroline Bloise

Prontinho! Email enviado.

Tomo um banho rápido e visto um conjunto de calça e blaizer preto com uma camisa social verde água e uma sapatilha. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo elegante, e faço uma maquiagem bem leve.

Pego meu talão de cheque, cartão de débito e meu celular. E coloco em uma bolsinha.

Ia saindo quando lembro da página do livro. Abro a caixa com as coisas do meu Pai. Mas a folha não estava lá.

"Eu me lembro de ter guardado aqui, eu penso"

Abro a caixa de música e não encontro. Jogo todas as roupas na cama. Mas não estava mais lá.

Alguém havia roubado. Pelo menos o mapa de Karolina ainda estava escondido.

"Existe mais alguém interessado. Ou alguém está tentando me sabotar, eu penso"

Desço correndo, Vince estava entrando.

- Vem comigo!

Eu digo o puxando pela mão e seguindo para a garagem.

- O que houve Keroline?

Pergunta Vince.

- Entre eu te explico no caminho!

Vince entra, eu ligo o carro e saiu acelerando.

- Você está muito bonita. Poderia me dizer à onde vamos?

- Para o Louvre?

- Quê? Por quê?

Eu estava a toda velocidade na estrada. Quase não passava ninguém, eu podia acelerar.

- Kero você está correndo muito!

- Vince só se vive uma vez!

- Eu sei! Por isso não quero morrer!

Eu começo a gargalhar.

Estavamos chegando na auto pista.

- Você confia em mim?

Eu pergunto.

- Sim!

Eu olho para ele e dou um sorriso.

E acelero ainda mais...vejo que um caminhão vinha na auto pista na nossa direção. Eu acelero ainda mais.

Vince grita.

- Aaaaaahhhhhh!

O caminhão buzina, ao ver que eu não ia reduzir.

"Fon! Fon!"

"Fooooooooooonnnnnn"

Eu entro na auto pista, puxando um cavalo de pau para a direita.

- Caramba! Keroline!

- Não ando mais com você!

- Anda sim!

Alguns minutos depois, Vince tinha se acalmado.

Logo chegamos ao museu.

Entramos, sorte que por precaução eu comprei dois ingressos.

Fui direto onde estava o livro e como eu previa ele estava numa caixa de acrílico fechada.

- Kero o que você está procurando?

- Vince a página que eu ia te mostrar era desse livro. Mas ela sumiu.

Nesse livro vou achar a resposta para o que aconteceu com meus pais.

Eu só preciso olhar a página 121.

- Vem comigo!

Entramos em um corredor escrito "acesso restrito".

- Bom dia Sr. Delyon

- Bom dia. Rosa.

- Bernard está ai?

- Sim, está. Obrigado.

Vince abri uma porta e entramos numa sala enorme com diversos livros e obras sendo restaurados.

Vamos até o final onde havia um escritório.

- Vincent. A que devo essa honra?

- Oi meu amigo.

Diz ele abraçando-o.

- Bernard preciso de um favorzão meu amigo. Preciso dar uma olhada em uma página do livro do século 18 que está lá em cima. É para uma nova tese que estou fazendo.

- Tem que ser bem rápido.

- Será meu amigo.

- Ok já volto.

- Ele retorna com o livro. E o coloca em uma mesa.

Você tem 30 minutos.

- Pronto Kero!

- É a página 121. Vince começa a procurar...118, 119, mas estava faltando a página 120, 121 e na página 122 não falava mais do Portal.

- Bernard?

- O livro está incompleto.

- Onde Vincent?

Ele mostra à Bernard.

- Não acredito Vince.

- Vou verificar o que houve. Obrigado por avisar.

Saímos do museu. Eu estava nitidamente chateada. Pedi ao Vince que dirigisse o carro na volta.

- Kero não fique assim. Vamos procurar com calma. Talvez nós encontremos outro livro.

- Tenho um amigo que entende tudo de “internet” vou pedir para ele procurar na "Deep Web" (lado obscuro da “internet”)

- Ta bom Vince.

Digo bem desanimada.

Até parecia que a página que estava com o meu pai, havia sido retirada daquele livro. Era muita coincidência as duas páginas sobre o Portal dos 7 anjos, haviam sido arrancadas, do único livro que existia na França.

Era coincidência demais ou muito azar.

Vince para na sua livraria.

- Vem a nossa aula hoje, vai ser aqui

- Bom dia Margarete.

- Bom dia Keroline. Como você está?

- Hoje, não muito animada. Mas vai passar e você?

- Estou bem. Obrigada por perguntar.

Eu lhe dou um sorriso e acompanho Vince até o porão biblioteca.

Vince prepara um café para nós e eu me sento.

Com os pensamentos distantes e chateada.

"Eu cheguei tão perto, eu penso"

E agora a página ainda desaparece.