6° Dia

Querido diário,

Acordo já é tarde. Diferente dos outros dias. É hoje que o Dr.Gregory vem para esclarecermos as coisas.

Ainda estou pensando naquele desconhecido maluco.

Tomo um banho, me levanto e tomo o café da manhã.

Fico na biblioteca olhando os titulos que haviam lá.

Até que o Sr. Augusto entra.

- Srta?

- Sim!

- O Dr. Gregory te aguarda no escritório.

- Ok! Obrigada.

- Coloco o livro novamente na prateleira e vou ao escritório falar com o Dr.

Entro e ele esta sentado na cadeira em frente a mesa.

- Dr. Gregory tudo bem?

- Sim. Por favor se sente.

Ele aponta para a cadeira do outro lado da mesa. A cadeira de chefe.

Eu me sento.

- A Srta. me pediu para vir. Como posso ajudar?

- Dr. Gregory. O Sr. falou que a Sra. Bloide é a minha avó. Mas não entendi como? Meus pais tem outro sobrenome e nenhum deles se parece com a bruxa.

- Ops! Com a Sra. Bloide.

- Bom Keroline você é filha, da única filha da Sra. Bloider. A Karolina.

- Seus pais são pais adotivos. Quando a Sra. Bloider faleceu procuramos toda essa documentação. Ela guardou em algum lugar mas não sabemos onde.

- Vimos apenas as anotações no livro do cartório de registro da cidade.

- E por que ela me colocou para adoção?

- Não sabemos ao certo. Mas acreditamos que ela ficou triste demais com a morte de Karolina.

Mas ela se certificou que você teria a melhor família e boas condições.

Ela pagava um salário mensal para sua mãe.

Como ajuda de custos.

- Quando você completou 18 anos ela organizou tudo para lhe contar. Mas teve alguns imprevistos.

E isso acabou se adiando. E quando ela finalmente ia lhe contar tudo. Ela faleceu de um infarto fuminante. Ela não se sentia bem a meses e por isso deixou tudo organizado. Como se soubesse o que aconteceria.

- Entendi. Ela preferiu me abandonar, mesmo eu sendo tão pequena. E sendo a única neta dela. - - - Dá para ver quão boa pessoa ela era.

Digo com tristeza e amargura.

- Keroline não devemos julgar. Sei que é dificil descobrir isso assim. Mas ela fez tudo que podia.

- Claro que fez. Fez o mais fácil. Abandonar e dar dinheiro.

Se era só isso, porque não me deixou crescer aqui, com ela e pagasse uma babá.

Sr. Gregory fica calado.

- É verdade que meu pai matou minha mãe?

- É sim. A Sra. Karolina havia se separado pois ele a agredia. Quando em uma noite ele invadiu a mansão, pegou uma faca e a esfaquiou. A Sra. Bloide foi defender a filha e ele também a esfaqueou. Mas conseguiu pegar a arma do marido e o matou.

- Por sorte as facadas na Sra. Bloide foram superficiais. Mas a Sra. Karolina foi fatal. Ela morreu aqui mesmo na mansão.

- É uma história muito triste. Mas é a verdade.

- Se eu não aceitasse essa loucura e não viesse. Para quem ficaria todas as coisas?

- Para o Sr. Rodolfo, irmão da Sra. Bloide.

- Então eu tenho um tio avô?

- Sim. Mas eles eram inimigos mortais. Não tinham amizade.

- Nossa que família complicada.

- Eu tenho dinheiro disponivel para fazer melhorias na casa?

- Tem sim. Mas não poderá fazer nada grandeoso até terminar o prazo. Apenas para coisas básicas.

- Ok.

- O dinheiro já está em sua conta. Desde o dia que entrou aqui. Achei que tivesse visto.

- Não olhei mais minha conta. Depois eu olho.

Obrigada.

- Mais alguma dúvida?

- Não Dr. Obrigada!

- Por nada. Vou indo então.

- Ok. Tchau.

O Dr. Gregory sai da sala. E eu fico ali olhando os papéis e pensando sobre tudo.

Vou almoçar, a Sra. Meire sempre capricha.

A tarde resolvo sentar um pouco no jardim e ouvir músicaa pelo celular.

Quando me lembro que o Dr. falou que não acharam os documentos.

A Sra. Bloide deve ter escondido em algum lugar.

Deve ser naquele quarto que ninguém entra.

Volto para meu quarto e aguardo a hora de jantar.

Após o jantar pergunto ao Sr. Augusto.

- Sr. Augusto. Qual era o quarto da Sra. Karolina?

- O quarto da Sra. Karolina era no sotão.

- E temos um sotão?

- Sim.

- A escada para subir fica no corredor.

Mas a Sra. Bloide trancou desde a morte da Sra. Karolina. E ninguém sabe onde ela guardou a chave da porta.

- Entendi. Obrigada.

Eu ando pelo corredor e vejo a entrada do sotão no fim do corredor bem no teto.

Havia uma argola.

Mas precisava de algo para puxar.

Me lembro que no escritório havia uma barra de ferro grande com uma ponta curvada.

Provavelmente vai servir.

Eu corro até o escritório que fica no piso inferior.

Pego a barra e retorno ao piso superior.

Com a ponta puxo a argola. Encaixo a ponta na argola e puxo a porta.

Uma escada de madeira desce.

Subo a escada e no final da escada vejo uma porta alçapão. Havia um trinco e estava trancada.

Desço a escada, volto ela novamente para o teto.

- Onde será que está aquela chave? Eu me pergunto.

Essa casa é enorme. E ainda não conheço tudo.

Deve estar em algum lugar aqui.

Retorno para o meu quarto, me sento na cama e fico pensando.

Olho para a caixinha de música.

Pego, dou corda…a música toca…a bailarina dança.

Fico olhando ela girar, girar e girar.

Sem perceber dou uma cochilada e a caixinha cai da minha mão.

O fundo se solta.

- Ah que droga. Quebrei a caixinha.

Eu digo a mim mesma.

Desço da cama e pego as duas partes que foram separadas.

E ao olhar o fundo vejo uma chave.

"Deve ser a chave do quarto, eu penso"

Eu rapidamente corro novamente até o fim do corredor, puxo a escada...subo.

Coloco a chave na fechadura.

Mas infelizmente ela não virá.

Estava ali por algum motivo. Mas não era do quarto.

Eu desço novamente.

Retorno ao quarto, guardo a chave no lugar e deixo ela lá.

Se estava tão bem escondida...deve ser importante.

E algo me diz que ainda vou precisar dela.

Por segurança guardo a caixinha de música no guarda - roupa. Na prateleira do alto, bem no fundo.

"Se a minha mãe. Sr. Karolina guardou, deve ter algum valor; eu penso"

Me deito para dormir. Mas o sono não vinha.

Escuto algumas músicas no celular a fim de ver se as horas passam e se o sono chega.

O tempo passa e nada de eu dormir.

Desço até a cozinha, topo um copo de leite morno.

Volto para o quarto, me deito.

E não consigo dormir.

"Que merda está acontecendo, eu penso".

Resolvo me levantar e andar pela mansão.

Desço até o porão.

E começo a tirar a bagunça empilhada do lugar e ver o que eu encontro.

Algumas cadeiras bem antigas, mas em perfeito estado, apenas empoeiradas.

Uma cômoda tambêm antiga.

Abro as gavetas mas apenas roupas.

Em outro momento eu olho melhor.

Uma cama antiga do mesmo estilo da cômoda. Mas também desmontada.

Eu vejo um baú todo empoieirado.

Passo a mão para tirar a poeira e novamente vejo as iniciais "K.B".

Está trancado com um cadeado. O baú é bem antigo, eu o puxo, está pesado. Não consigo arrasta - lo.

Vai ser dificil tirar daqui.

Ouço passos do lado de fora.

Apago a luz do porão, clareio com a lanterna do celular e vou até o outro lado na área da lavanderia. Havia uma divisão por um biombo, que separava a lavanderia das bagunças. A escada ficava no meio.

A luz da lua clareava a janela e uma parte da lavanderia.

Quando olho pela janela vejo um par de botas pretas, e as patas negras de dois cachorros.

Quando um dele se abaixa e olha pela janela.

São os cachorros da pintura.

"Os cachorros da bruxa, eu penso"

Aquelas botas eram masculinas e logo os cachorros andam com aquele desconhecido.

E saem do meu campo de visão.

Eu subo correndo, e corro para o meu quarto para ver se consigo ver quem era.

Mas só vejo a sombra do homem e dos cachorros indo em direção a plantação de eucalipto.

Amanhã eu vejo se descubro quem é.

Por hoje já está bom. Me deito e adormeço.

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Comments

Carolleonardo Silvasampaio

Carolleonardo Silvasampaio

ta ficando bom 😁

2024-03-09

0

Imaculada Abreu

Imaculada Abreu

Quantos mistérios e segredos

2024-03-04

1

Mary

Mary

Muitos mistérios a serem resolvidos!!

2024-01-02

3

Ver todos

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