8° Dia

Querido diário,

Na noite anterior, eu utilizo a chave no baú que estava no porão. E ela abre o cadeado.

Finalmente descobri de onde era a chave secreta.

Ao levantar a tampa do baú, eu vejo algumas fotos e vários adesivos romanticos.

O baú era da Sra. Karolina, tinha fotos dela com um jovem e dava para ver que foi tirada durante a sua adolescência.

Será que aquele jovem, era meu pai. No baú havia algumas roupas antigas, um ursinho feito de crochê, uma manta rosa de tricot, uma luva bege bem elegante, e um chapéu que acredito formar um conjunto. Encontro uma caixa de sapato no fundo da caixa.

Dentro da caixa de sapatos, encontro várias cartas, mais fotos dela com o jovem, e em uma delas, eles estavam se beijando.

Um papel de bala.

"Devia trazer alguma lembrança a ela, eu penso"

E dois livros de romance.

Ao folhear um, encontro uma flor seca.

E ao folhear o outro um cartão postal de uma praia que ela recebeu.

Nele dizia.

"Um dia seremos só nós dois"

Ass. P

Seria "P" de Paulo. Meu papai assasino?

Retiro tudo de dentro do baú.

E percebo que uma parte no fundo, está mais sobresalente. Passo a mão e sinto algo.

Eu puxo o tecido que revestia o fundo, e descubro um fundo falso. O fundo verdadeiro estava em baixo.

Lá havia um envelope preto.

Ao abrir encontro um mapa feito a mão.

Caramba! O que será isso.

Havia claramente um "X" indicando onde estaria algo? Mas o que? O que Karolina escondeu?

Guardo tudo novamente no baú, tranco ele.

Retorno ao quarto, escondo novamente a chave, e agora o mapa.

E me deito para dormir.

Acordo com o despertador.

Dessa vez o maluco do Augusto não virá me acordar.

Como ainda quero provocar meu querido professor Vincent Delyon.

Eu me troco. Mas agora visto um pijama bem menor.

De shortinho, e blusinha de alça.

E por cima um casaquinho aberto de lã.

E claro uma pantufa de ursinho.

Desço, tomo café correndo.

Quando retornava para o quarto a visto Augusto.

- Sr. Augusto, quando Delyon chegar, me avise por favor. Estou no quarto fazendo umas coisas.

- Sim Srta.

Fico sentada assistindo o jornal.

Quando ouço o Sr. Augusto me chamar.

- Srta?

- Sim.

- O Sr. Delyon lhe aguarda.

- Obrigada já vou descer.

Arrumo o cabelo, passo um batom cor de boca, só para realçar, passo um perfume suave. E desço.

Abro a porta.

- Bom dia! Meu mestre.

Digo falando bem alto e animada.

Ele me olha, de boca aberta.

Me mede de cima a baixo.

E engole seco.

Realmente aquele pijama valorizava as minhas curvas e atributos.

- Srta. que roupa é essa?

- Como você reclamou ontem. Resolvi vir bem a vontade hoje.

Ele se aproxima de mim. E diz em um tom firme e autoritário.

- Srta. me recuso a lhe dar aula, com a Srta vestida assim.

- Ah então ta bom.

Digo sorrindo.

- Eu não queria mesmo estudar.

Lhe dou uma piscadinha e lhe mando um beijinho.

Quando me virava para sair, ele segura o meu braço.

- Srta. Por acaso leu seu contrato por inteiro? Atenta as letras miúdas?

- O que isso tem a ver com você, Sr. PHD?

- Tudo, minha querida aluna infantil!

Diz ele com irônia.

- Para cada dia que você se recusar ou atrapalhar a programação, serão acrescentados mais cinco dias.

- Pode ir querida criança. Agora será 370 DIAS.

Ele se vira e se sentar.

- Aff!

Eu me sento a sua frente.

- O que acha que está fazendo?

- Ah sério isso? Você não vai me dar a maldita aula.

- Você é surda. Ou se faz.

Ele diz.

- Só depois que você trocar de roupa. Fui claro?

- Aaaaahhhhh!

- Que inferno!

- Seu babaca.

Me levanto e saiu da biblioteca.

Subo para meu quarto.

Coloco uma calça social preta, uma camisa rosa neon e um blazer preto. E uma sapatilha preta.

Prendo o cabelo em um cóque.

E desço novamente, bufando de raiva.

Entro de uma vez na biblioteca.

Ele sorri ao me ver.

- Está rindo de que? Sr. PHD.

- Começa logo.

- Vamos falar sobre a revolução francesa.

E a aula segue normalmente. E como na aula anterior ele dá um show.

- Encerramos por hoje Srta.

Me levanto irritada. E vou saindo sem ao menos dizer um tchau.

- Srta. Keroline?

Ele me chama.

- Fala.

- A Srta. fica ainda mais linda quando está brava. Até amanhã.

Diz ele com ironia.

Eu me viro e sigo para meu quarto.

Eu vou até o guarda roupa, pego o mapa que eu guardei e tento identificar o que era aquilo.

No mapa era fácil identificar a mansão, o mausoléu, a plantação de Eucalipto e depois o mapa segue para a direita, onde tinha marcado um "V".

Depois mais adiante, algo que parecia uma pedra, atravessaria um rio ou riacho e depois algo como um buraco ou uma caverna.

Era difícil identificar, porque o mapa era desenhado a mão.

"Preciso desvendar esse mistério, eu penso".

Desço até o escritório, tiro uma cópia do mapa.

Retorno ao meu quarto e escondo novamente o original.

No mapa parece que o terreno é bem irregular.

Então vou precisar de algumas coisas.

Não tem como saber a distância exata e nem como prever o tempo que vou levar, para chegar ao ponto final.

E depois teria a volta.Será uma grande aventura.

Mas vou precisar de alguns itens indispensáveis.

Percebo que está na hora do almoço, me sento para almoçar, e após comer, pego a minha bolsa, desço na garagem, entro no carro e vou para a cidade.

Vou a uma daquelas super lojas, onde é possível encontrar de tudo.

Ando pelos corredores.

Pego barrinha de cereal, e de chocolate, uma garrafa para levar água, uma lanterna, aqueles kits de ferramentas que vem canivete, chave de fenda, abridor de lata, etc.

Pego um isqueiro, uma capa de chuva, e um rolo pequeno de fita de cetim amarelo.

Vou a uma loja de materiais esportivos.

Sigo para a área de “camp” e escalada.

Compro uma mochila média a prova d'agua, uma bota de escalada também a prova d'agua para os terrenos mais difíceis, uma blusa térmica, uma bermuda térmica, uma jaqueta a prova d'agua, uma corda e um chapéu para proteger do sol.

Passo na farmácia compro um “kit” de primeiros socorros, um repelente e protetor solar.

Retorno novamente para a mansão, o sol já está se pondo, logo é hora de jantar.

Tomo um banho e desço para jantar.

Após o jantar subo para o quarto, organizo a mochila, separo tudo em saquinhos com ziper, organizo a roupa que vou vestir e pego a cópia do mapa.

E amanhã depois da aula, vou descobrir o que tem escondido lá.

Como já acampei, fiz trilha e montaismo. Sei que não será dificil para mim.

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Comments

Imaculada Abreu

Imaculada Abreu

Amo estórias com suspense

2024-03-05

0

Alessandra Carvalho

Alessandra Carvalho

até agora muito boa, muito mistério e aventura

2024-01-24

2

Tania

Tania

muito interessante estou colada na estória, parabéns

2023-11-10

2

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