3° Dia

Querido diário,

Ao andar pela casa passo novamente na frente daquele quadro pavoroso.

Eu odiava ele.

Eu paro em frente. Olho nos olhos da Sra. Bloide.

- É querida vovó. A Sra. é ardilosa.

Digo sorrindo

Eu ainda tinha um mistério para resolver.

Na verdade, dois.

Um como eu era sua herdeira? O advogado não me explicou a minha genealogia. E outro porque o quarto da Bruxa era trancado?

Mas eu iria descobrir.

Resolvi dar uma volta pelo jardim que ficava atrás da casa.

Os matos estão alto. O chafariz que existia ali era muito bonito. Mas precisava de manutenção.

Sigo andando em direção a floresta. Havia um portão de ferro que cercava toda a propriedade. E um portão de acesso a floresta (fora da propriedade), que estava aberto com um vão pequeno. O restante estava emperrado.

Sinto como se estivesse sendo observada.

E vejo alguém na janela, ao me ver a pessoa some do campo de visão.

Vejo que é a janela do quarto da Sra. Bloider.

Entro correndo, subo as escadas e vou até o quarto.

Me abaixo no chão e olho por baixo da porta. E vejo a sombra de alguém passando.

Me levanto e tento abrir a porta.

Está trancada.

Bato na porta.

"toc, toc,toc".

- Quem está ai?

- Abra! Eu te vi pela janela.

- Anda....abre a porta.

- Srta. o que está fazendo?

Levo um susto.

- Qual é a sua Sr. Augusto? Vindo em silêncio?

- Desculpe. Mas já disse que a Sra. não pode entrar nesse quarto.

- Tem alguém ai dentro.

- Impossivel Srta. Está fechado desde que a Sra. Bloide faleceu.

- Sem essa, Sr. Augusto. Eu vi alguém ai.

Levo a mão novamente na maçaneta.

- Srta. Se entrar neste quarto sabe que...

Eu o interrompo.

- Blá, blá, blá, perco essa maldita herança.

Sr. Augusto eu já sei.

- O que eu quero saber ninguém conta. Como essa Sra. Maluca é minha avó. Mãe de quem? Eu conheci as minhas avós. Isso não ficou claro?

- Sra isso não sei lhe dizer.

- Aaaaaahhhhhh! Maldita hora que eu fui ouvir aquele advogado sem noção. Eu saiu gritando em direção ao meu quarto.

Porque não pensei direito. Devia ter aceitado apenas o um milhão. As dividas estavam pagas. A faculdade também. Era só seguir a vida. Mas eu tinha que ser gananciosa.

Agora sou obrigada a viver aqui. Com esse Senhor que parece um morto vivo. A governanda que vive sorrindo, parece drogada. E essa velha louca, psicopata que mesmo depois de morta ainda controla a vida de todos. Inclisive a minha.

Me deito para dormir um pouco, mas não consigo. Pego o cartão de visita do advogado e ligo para ele.

- Alô.

- Oi! Eu gostaria de falar com o Sr. Gregory.

O silêncio paira no ar.

- Alô, alô. Está me ouvindo. Eu digo.

- Sim. A pessoa responde.

- Por favor o Dr. Gregory

- Desculpe, faz tempo que não fala com o Dr?

- Não! Dois ou 3 dias no máximo.

- Impossível!

- Sim, nos falamos porquê?

- O Dr Gregory faleceu já faz 3 anos. Não sei que brincadeira de mal gosto é essa. Mas não tem graça.

Fico em silêncio.

Que merda está a acontecer.

- Desculpe.

Desligo o telefone.

Isso deixa-me com medo.

"Trim, trim"

O telefone toca.

Me assusto.

"Trim, trim, trim"

Continua a tocar.

"Melhor atender" eu penso.

- Alô!

- Srta. Keroline?

- Sim.

- Ha ha ha. Desculpe sou eu Dr. Gregory. Você caiu direitinho na minha pegadinha.

- Qual o seu problema. Que bobo.

Ele ria de gargalhar

- Não se zangue. Eu sou brincalhão. Mas me diga o que queria? Precisa de algo?

- Sim. Queria tirar algumas dúvidas..Poderia vir aqui pessoalmente.

- Claro. Só consigo ir daqui 3 dias. Hoje é domingo...na quarta feira estarei ai.

- Ok. Obrigada.

Vai demorar. Mas quem sabe ele me responde algumas coisas.

Desço para a cozinha, estou com fome.

Encontro Sr. Augusto e Sra. Meire conversando.

- Sr. Augusto não temos um jardineiro.

- Temos sim. O Pablo é nosso jardineiro.

- Por favor. Peça que ele limpe o jardim. Está horrível.

- Sim, Sra. Vou avisa - lo.

Preparo um sanduíche e sento-me na sala para assistir Tv.

Acabo adormecendo no sofá.

"blom, blom"

O som do sino, no relógio antigo, que havia na sala, me faz despertar.

0 hs marcava o relógio.

Acho melhor ir para o quarto.

Está tudo escuro, só havia uma luz bem fraca nas lamparinas das paredes.

Subo as escadas e passo pelo quadro da Sra. Bloide.

"Eu odeio esse quadro, eu penso"

Sigo sem pressa pelo corredor enorme da mansão em direção ao quarto.

Ouço uma risada vindo do quarto da bruxa Bloider.

No fim do outro corredor.

"Ah não! Tem alguém naquele quarto". Eu penso

Me aproximo bem devagar tentando fazer o máximo de silêncio possivel.

Havia uma luz fraca vindo do quarto.

Quando estou me aproximando da porta.

"Nhec", a madeira do piso range.

A risada para. E a luz se apaga.

"Toc, toc"

Eu bato na porta.

- Vamos sei que tem alguém ai!

- Abra! Eu digo

O silêncio permanece.

- Eu odeio essa casa. Eu grito indo para meu quarto.

Essa casa não é normal. E algo me diz que a bruxa (Sra. Bloide) tem algo a ver com isso.

Ou essa velha é um fantasma, ou ela não morreu coisa nenhuma.

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Comments

Teresa Regina

Teresa Regina

casa assombrada é assim mesmo kkkkk

2024-05-06

1

Imaculada Abreu

Imaculada Abreu

Será que ela forjou a própria morte?

2024-03-04

1

Sofia Carvalho

Sofia Carvalho

talvez ela tenha razão em alguma coisa...

2024-02-14

1

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