Viagem Para A Morte

O SOL NÃO HAVIA SE POSTO AINDA quando a carruagem que levava Dália parou em uma pousada à beira-estrada. Mesmo assim, o cansaço era evidente no rosto da garota, talvez pelo desconforto de estar caminhando para um final certo ou pela forma apressada que o cocheiro conduzia; fosse o fosse, lhe deixara exausta.

Já fazia seis dias que ela estava em viagem. Quase sem parar. Por mais incomum que isso parecesse, ordens da duquesa obrigavam a pequena comitiva — formada por cinco guardas, um cocheiro e uma criada — a seguir em frente e tentar chegar ao grão-ducado o mais rápido possível.

E Dália sabia que, por mais rápido que conseguissem ir, não havia como alcançar a meta ordenada por Iluneia. Da capital até o castelo do Grão-Duque Arion eram mais de mil quilômetros em linha reta. Ainda, em outras palavras, tinham mais de uma semana de jornada até lá, e o prazo que a duquesa dera era nada mais que treze dias.

Em que mundo uma carruagem poderia andar tão rápido?

Talvez se todas as pessoas do império usassem magia ou tivessem inúmeros magos ao seu dispor, teletransporte em massa não fosse tão raro e único. Poucos tinham esse luxo, e embora os Lennart pertencessem aos privilegiados, Dália não poderia dizer o mesmo dela e daqueles que a serviam.

Os Lennart eram uma renomada família de aristocratas, que treinavam outros usuários de mana e tinham uma grande influência e riqueza graças a isso. Eram conhecidos por todo o império como “os mais fortes das três principais famílias mágicas.” Eram gananciosos, inteligentes e, acima de tudo, quase batiam de frente com os únicos dois Grão-Duques do império em questão de poder.

O Império de Platina, Glerios, era uma massa territorial dividida em uma corte formada por dois  grão-ducados, quatro ducados e outros nobres menores. Possuíam alguns reinos subordinados, mas que tinham suas próprias culturas e meios de viver, tendo o império pouca — ou quase nenhuma — influência sobre eles.

Dos ducados, dois — ao lado dos grão-ducados — eram os pilares de sustentação de Glerios. Sem eles, sul e oeste estariam desprotegidos contra qualquer inimigo que tentasse invadir o império. Ironicamente, Lennart era o pilar da magia, enquanto o ducado de Alior era o da espada.

Dália sabia muito sobre geografia e política, uma vez que uma de suas funções era ensinar _ muitas vezes resumir — esses conhecimentos a Penélope. A filha de Diord pouco ligava para detalhes tão simples em sua visão, já que considerava uma perda de tempo lidar com coisas que seriam totalmente responsabilidades de seu futuro marido, fosse qual infeliz este seria.

Por isso, tinha uma coisa que Dália sabia: os Lennart e os Alior eram conhecidos assim porque o grão-ducado do Norte, Sorquin, era um verdadeiro mistério escondido em uma terra de montanhas e neve — ninguém que já fora até lá voltara com uma única informação sequer.

Enquanto isso, boatos diziam que o grão-ducado do leste, Vespehlla, sofria há décadas com uma maldição. Ela impedia que seus poderes mágicos e habilidades de espada se tornassem tão superiores quanto possíveis, uma vez que uma loucura assassina os dominava quando estavam em uma situação de perigo, e isso os deixava propensos a atacar aliados e inimigos sem nenhuma diferenciação.

Mas, claro, Dália não tinha certeza se isso era verdade ou não. Se não passava de um rumor arquitetado por alguém com maior influência ou a pura realidade latente. Independente do que fosse, ela estava prestes a descobrir.

Um suspiro exausto escapou de sua garganta, e ela se permitiu deitar na cama — mesmo que não muito confortável — do quarto arranjado as pressas do pequeno estabelecimento. Fechou os olhos, devagar, deixando que seus pensamentos vagavam para qualquer lugar que não fosse ali, que não fosse sua atual situação. Infelizmente, uma batida incessante na porta não a permitiu se afastar por tanto tempo quanto gostaria.

— Senhorita Dália? — Era Pelic, um dos guardas. 

— Um segundo — pediu ela, se erguendo vagarosamente. Pegou um roupão e o vestiu as pressas. Após abrir a porta, questionou: — Algum problema?

— Não exatamente, senhorita — respondeu o guarda. — Apenas tenho uma notícia que a senhora irá… gostar.

Ao sentir a hesitação na voz do rapaz, Dália estremeceu. Um mau pressentimento envolveu seu corpo e lhe trouxe um arrepio à nuca.

— O que seria? — ousou perguntar, e ajeitou o roupão em volta de seu corpo, quase como se estivesse sentindo-se despida diante das emoções conflitantes que queriam transparecer em seu rosto.

— Vossa Alteza, O Grão-Duque, mandou uma pequena comitiva de magos para providenciar uma viagem mais rápida para a senhorita.

A notícia deixou Dália transtornada. Como assim uma comitiva de magos? Arion parecia mesmo querer que ela morresse rápido.

A garota soltou um resmungo baixo, indecifrável, e encarou o rapaz à sua frente. Queria despejar sua frustração e lamúria sobre ele, mas sabia que o pobre não tinha culpa alguma. Sem muitas escolhas, se contentou em engolir em seco e apenas sorrir.

— Diga a eles que descerei em cinco minutos.

Dália não esperou uma resposta, apenas fechou a porta e começou a se preparar mentalmente pelo que viria a seguir. A criada que veio com ela, Ivy, bateu na porta um minuto depois.

***

Vestida com um lindo vestido turquesa, de mangas longas e com alguns detalhes bordados em um tom de azul mais claro na barra da saia e na região do busto, Dália desceu até o hall da pousada. Seu cabelo castanho-claro estava amarrado em um coque, com algumas mechas caídas sobre o rosto, e suas mãos postas à frente do corpo. Elegância e tranquilidade exalavam dela, embora fosse o oposto do que ressoava em seu interior.

Não podia negar que sentia medo e ansiedade.

Ela mordeu o lábio pintado de rosa-claro, temendo que suor começasse a escorrer por sua testa e manchasse a maquiagem elegante que Ivy passara nela. Embora houvesse uma tremedeira envolvendo suas mãos — a deixando fraca —, um ar aristocrata permanecia à sua volta. Naquele momento, a última coisa que ela queria era parecer um animal infeliz caminhando para um abatedouro.

Parou diante da entrada da sala de refeições, onde um mago de cabelos loiros — cortados até o ombro — e olhos de um azul próximo ao céu em uma manhã de verão estava parado sem muitas preocupações. Dália não conseguiu disfarçar a surpresa ao perceber que as expressões faciais dele se pareciam muito com as de Anh.

— Senhorita Lennart — cumprimentou o mago, ajeitando a túnica branca e dourada para parecer mais apresentável. A garota piscou, sentindo um alívio estranho ao notar que a voz dele era mais angelical e mais doce do que a do mago que a curou naquele cubículo escuro. — É um prazer conhecê-la pessoalmente. Sou o líder da ordem dos magos do grão-ducado de Vespehlla. Me chame de Lieen.

— O prazer é todo meu, senhor Lieen — saudou ela, elaborando uma pequena mensura. — Fiquei sabendo que você e seus companheiros vieram me buscar, estou certa?

— Oh, está, sim. Vossa Alteza pessoalmente ordenou que viéssemos aqui quando percebeu que o Duque iria mandá-la em uma viagem de carruagem tão cansativa — explicou o mago, com um sorriso gentil brilhando no rosto. Ao notar a expressão desconfiada e descrente de Dália, ele acrescentou: — Pode não parecer, mas meu senhor se preocupa muito com o bem-estar de sua prometida.

Prometida. Não noiva, não futura esposa. E isso era porque ele nem desconfiava que acima de tudo Dália era falsa. Não queria imaginar o que aconteceria quando a verdade viesse à tona, isso se a garota não morresse antes.

— Entendo — murmurou ela, e sentiu a bile subir por sua garganta. Fez de tudo para não fazer uma careta de desagrado diante de tal situação. — Podemos partir daqui a uma hora, se o senhor não se incomodar?

— Oh, podemos — respondeu ele, animado. — Mas, por favor, me chame apenas de Lieen.

— Farei isso, Lieen.

Dália sorriu, o melhor sorriso que sabia fazer diante de uma situação que a incomodava. Se o mago à sua frente percebeu, não deixou transparecer.

Após trocar mais algumas palavras com Lieen, Dália regressou para o — quase — conforto do quarto da pousada. O caminho foi arrastado, sôfrego, mas ela fez de tudo para aparecer altiva e gentil. Não precisava de ninguém lhe dizendo o quão mal aparentava, muito menos de boatos sobre qualquer má índole que seu atual estado de espírito pudesse demonstrar.

Ela sacudiu a cabeça, e forçou-se para dentro do quarto. Ivy estava à espera, com as mãos na frente do corpo e a cabeça levemente baixa. A criada, que era a mesma que não contara sobre o momento vergonhoso e de bisbilhotamento que Dália fizera antes de passar alguns dias naquele cúbico escuro, apenas ergueu o rosto para a garota e sorriu.

Dália não soube se o que via nos olhos dela continuava sendo pena ou compreensão.

— A senhorita deseja um banho? — perguntou a criada, se aproximando de Dália com passos hesitantes.

— Eu adoraria, Ivy. — Ela sorriu, tentando disfarçar o bolo que havia em sua garganta. Talvez, se estivesse sozinha, vomitaria.

Ivy apenas assentiu. A passos rápidos, saiu em disparada para o toalete anexado ao quarto, onde começou a preparar uma banheira para a garota poder tomar um banho tranquilo e aconchegante. Não demorou muito para que tudo estivesse pronto.

Dália não poderia reclamar da escolha de Iluneia quando decidiu mandar uma das novas servas como criada pessoal da garota para cuidar dela durante aquela viagem e pelos dias que viveria no grão-ducado, mesmo que não fossem muitos. Sabia que Ivy era ótima no que fazia, a melhor das três que a serviram por tão pouco tempo, o que fazia a jovem acreditar que fora uma coincidência feliz. A duquesa jamais mandaria alguém tão bom assim para ela.

Ivy era uma mulher alta, de pele bronzeada, com lindos cabelos castanhos cacheados caindo sobre a face esguia e olhos cor de mel. Era magra, de um jeito que parecia anormal. Talvez era um costume em sua vida passar fome antes de ter começado a trabalhar na mansão do Duque.

Dália a observou com cuidado enquanto Ivy lhe ajudava no banho. A mulher tinha não mais que trinta anos. Talvez até menos. O bronzeado de sua pele era tão natural que chegava a dar inveja a muitas damas nobres, inclusive Dália e Penélope. Na realidade, a garota só vira a filha do Duque de Alior com uma tonalidade tão bela quanto aquela. E isso era raro e estranho, mas ela preferiu ignorar. Havia tempo para tudo, e aquele não parecia ser o certo para pensar nisso.

— Ivy — chamou ela, soltando um suspiro tenso. Seus músculos fadigados queriam relaxar, mas havia uma forte tensão em cada poro que a obrigava a ficar em alerta, mesmo que o perigo estivesse bem longe dali.

— Deseja algo, senhorita?

Viver, em qualquer outro momento — e se pudesse materializar esse pensamento em voz alta — Dália teria dito. Mas, como não podia e nem conseguia, apenas murmurou:

— Pode me deixar a sós por um momento? — perguntou, cansada. Após soltar um suspiro e não receber nenhuma resposta da criada, ordenou: — Arrume minha cama enquanto isso.

Ivy assentiu, e sem contestar ou fazer perguntas, deixou a garota sozinha no toalete. O silêncio que preencheu o pequeno cômodo, não muito menor do que o toalete do quarto de Dália na mansão do Diord, pareceu trazer um alívio mais que necessário a ela.

A garota se permitiu afundar na banheira, brincando com a água morna e as espumas que haviam ali. A sensação de solidão nunca fora tão bem-vinda.

O tempo passou e Ivy não retornou. Naquele instante, Dália soube, ela só o faria quando a garota a chamasse de volta. E isso foi uma das maiores gentilezas que alguém já lhe ofereceu em toda a sua vida. Ela não poderia ter ficado mais incomoda com isso.

***

Uma hora depois, todos estavam reunidos em frente à pousada. Dália vestia um vestido roxo, com detalhes em costura preta e uma manga longa e aberta na região dos pulsos. Um colar de ametista — adornado com bronze — jazia em seu pescoço, enquanto uma sombrinha do mesmo tom e detalhes de sua roupa era segurada por sua mão, bloqueando uma garoa que começara a cair naquele momento. No céu, o sol estava coberto por nuvens, embora já fosse horário dele se pôr.

Ela soltou um resmungo baixo, voltando seus olhos para o sapato de salto preto que lhe servia tão bem. Barro começava a querer grudar ali, deixando-a mais desconfortável. Lieen e Ivy estavam parados ao lado dela, e era bem provável que parte do incômodo que Dália sentia era devido aos olhares que eles lançavam nela a cada três segundos. Não sabia se era pena ou curiosidade.

Talvez uma mistura dos dois.

— Vocês gostariam de dizer algo? — perguntou ela, segurando com mais firmeza a sombrinha. Já estava farta daquilo tudo.

— Desculpe minha indelicadeza, senhorita Lennart, mas gostaria de saber como está se sentindo — murmurou Lieen. Ele parecia mesmo preocupado.

— Estou bem. Não há nada para se preocupar.

— Tem certeza, senhorita? — perguntou Ivy, a olhando de esguelha. Havia algo ali, no caramelo da íris dela, que fez a garota se contorcer em desagrado.

— Estou bem.

O mago e a criada se entreolharam. Não pareciam muitos convencidos. E até que fazia sentido. Dália estava caminhando para a morte. Era normal que as pessoas boas de verdade tivessem compaixão por ela, não era? Queria ela não odiar tanto isso.

— A carruagem está pronta! — gritou o cocheiro, aproximando a passos rápidos dos três. A garoa, cada vez mais, se tornava intensa.

— Ótimo. Partiremos agora — anunciou Lieen, fazendo um sinal para que os magos da comitiva do Grão-Duque Arion se agruparem a frente dele. Dália não pôde evitar a surpresa ao ver que havia ali, no mínimo, dez deles. E isso era mesmo muitos.

— Devo entrar na carruagem e aguardar? — perguntou Dália, após engolir em seco. Lieen e Ivy a olharam com a mesma preocupação de antes, o que fez a garota se empertigar. — Por favor, parem com isso, já!

— Parar o que, senhorita? — quis saber o mago, inclinando a cabeça de lado. O gesto e os fios dourados que acompanharam o movimento fizeram a garota lembrar da primeira vez que vira Anh, de como o imaginara. Era mesmo como olhar para um ser angelical.

— Com esse… olhar — resmungou ela, apertando ainda mais o cabo da sombrinha. Sua mão doía pelo gesto, mas ela ignorou.

— Senhorita, isto é…

— Não, Ivy, só parem — pediu, agora deixando que a aflição vazasse por seu rosto. Naquele momento, ela se odiou por não estar conseguindo controlar suas próprias emoções. Talvez isso fosse fruto do estresse e da fadiga acumulada? 

Talvez.

— Faremos isso — garantiu o mago, antes que a criada pudesse falar algo. Dália soltou um suspiro de alívio e, ao não ouvir mais nada vindo deles, deu o primeiro passo em direção à carruagem. Agora a garoa já havia se tornado uma chuva intensa, fazendo um barulho alto no tecido da sombrinha.

Mas tudo isso, até as palavras que saíram da boca das pessoas ao redor enquanto ela caminhava, foi ignorado por Dália. Durante aquele instante, só havia ela, a estrada, o barro e a carruagem. Todos levavam ao mesmo destino, todos iriam alcançar o mesmo final. Ela só sabia que o seu estava próximo, muito próximo.

Tudo era uma questão de tempo e já chegava o momento de Dália pensar no seu.

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Comments

Bebellesm

Bebellesm

oi autora jhay tudo bem com você e eu vim aqui me explicar eu só fui curtir os capítulos agora porque eu quis juntar certo números de caps e depois curtir os que eu tinha juntado eu voltei ao capitulo 3 e dai curtir até o cap atual que eu tô e agora eu vou ler histórias de outras autoras beijos e por favor não fique triste ou ofendida ou zangada por isso.

2025-01-20

2

Syl Gonsalves

Syl Gonsalves

história muito bem escrita! bem detalhada!

2025-01-15

1

Brennda Germany's

Brennda Germany's

a família do povo lá foram.morto$?

2025-01-29

1

Ver todos
Capítulos
1 Parabéns, Dália
2 O Passado
3 Dália Não Vive
4 Por Uma Lágrima
5 No Breu
6 Um Mago Andarilho
7 Sopro
8 Como Boneca
9 Desejo & Pesadelo
10 Viagem Para A Morte
11 Chegada Ao Grão-Ducado
12 De Costas Para A Escada
13 Um Café Da Manhã Esclarecedor
14 O Sorriso Gélido de Arion
15 Um Jantar, Uma Data E Um Toque Afiado
16 Uma Conversa Com A Criada
17 Um Encontro No Jardim
18 Aceita Chá? - Parte 1
19 Aceita Chá? - Parte 2
20 A Costureira Sabe-Tudo - Parte 1
21 A Costureira Sabe-Tudo - Parte 2
22 A Noite Antes Da Cerimônia
23 Antecipar
24 Avisos e Explicações
25 Véu, Grinalda E Tons De Sangue - Parte 1
26 Véu, Grinalda E Tons De Sangue - Parte 2
27 Proposta Irrecusável
28 Conversa No Escritório
29 No Quarto De Dália
30 Assinando Os Papéis
31 Um Confronto & Um Encontro
32 Uma Conversa Com Anh
33 No Escuro
34 No Campo De Treino
35 Lições Ao Amanhecer
36 Embate E Dúvidas
37 Uma Conversa Reveladora
38 Promessa
39 O Peso das Decisões
40 Uma Pista
41 O Confronto Nos Estábulos
42 Uma Jogada Arriscada
43 Selando Um Acordo
44 Caminhos Reais
45 Treinando A Magia
46 Equilíbrio Na Tempestade
47 Uma Recordação Prateada
48 Um Reflexo Selvagem
49 Obrigações
50 Segredos À Mesa
51 No Jardim Ao Amanhecer
52 A Perda De Controle
53 A Dor Da Revelação
54 Origens
55 Reunião E Descobertas
56 O Segredo de Ivy
57 O Plano De Arion
58 Juramento
59 Três dias E Um Beijo
60 Sentimentos
61 Sob A Luz Da Lareira
62 Uma Âncora No Caos
63 O Banquete Começa
64 Tensão Sob A Superfície
65 O Fardo Da Grã-Duquesa
66 O Fim Da Mentira
67 O Confronto Final
68 O Desfecho Da Batalha
69 Desespero E Poder
70 Eco Da Justiça
71 Uma Semana Depois
72 Epílogo - Sob O Sol De Vespehlla
73 Notas Finais
Capítulos

Atualizado até capítulo 73

1
Parabéns, Dália
2
O Passado
3
Dália Não Vive
4
Por Uma Lágrima
5
No Breu
6
Um Mago Andarilho
7
Sopro
8
Como Boneca
9
Desejo & Pesadelo
10
Viagem Para A Morte
11
Chegada Ao Grão-Ducado
12
De Costas Para A Escada
13
Um Café Da Manhã Esclarecedor
14
O Sorriso Gélido de Arion
15
Um Jantar, Uma Data E Um Toque Afiado
16
Uma Conversa Com A Criada
17
Um Encontro No Jardim
18
Aceita Chá? - Parte 1
19
Aceita Chá? - Parte 2
20
A Costureira Sabe-Tudo - Parte 1
21
A Costureira Sabe-Tudo - Parte 2
22
A Noite Antes Da Cerimônia
23
Antecipar
24
Avisos e Explicações
25
Véu, Grinalda E Tons De Sangue - Parte 1
26
Véu, Grinalda E Tons De Sangue - Parte 2
27
Proposta Irrecusável
28
Conversa No Escritório
29
No Quarto De Dália
30
Assinando Os Papéis
31
Um Confronto & Um Encontro
32
Uma Conversa Com Anh
33
No Escuro
34
No Campo De Treino
35
Lições Ao Amanhecer
36
Embate E Dúvidas
37
Uma Conversa Reveladora
38
Promessa
39
O Peso das Decisões
40
Uma Pista
41
O Confronto Nos Estábulos
42
Uma Jogada Arriscada
43
Selando Um Acordo
44
Caminhos Reais
45
Treinando A Magia
46
Equilíbrio Na Tempestade
47
Uma Recordação Prateada
48
Um Reflexo Selvagem
49
Obrigações
50
Segredos À Mesa
51
No Jardim Ao Amanhecer
52
A Perda De Controle
53
A Dor Da Revelação
54
Origens
55
Reunião E Descobertas
56
O Segredo de Ivy
57
O Plano De Arion
58
Juramento
59
Três dias E Um Beijo
60
Sentimentos
61
Sob A Luz Da Lareira
62
Uma Âncora No Caos
63
O Banquete Começa
64
Tensão Sob A Superfície
65
O Fardo Da Grã-Duquesa
66
O Fim Da Mentira
67
O Confronto Final
68
O Desfecho Da Batalha
69
Desespero E Poder
70
Eco Da Justiça
71
Uma Semana Depois
72
Epílogo - Sob O Sol De Vespehlla
73
Notas Finais

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