O suspeito

Alguns dias passaram-se e não tivemos nenhuma notícia. Mas pelo menos estava tudo calma, nenhuma outra tragédia aconteceu.

Quando o incêndio ocorreu, contamos ao delegado tudo que estava a acontecer. A minha desavença com a esposa do padeiro. O acidente na ilha, os pneus do carro, as fotos na parede e agora esse incêndio que era visivel ser uma tentativa de homicídio.

Enzo havia viajado para Itália, retornaria em 2 dias.

Quando meu celular toca.

- Alô! Atendo

- Sra. Ferrari?

- Sim!

- Aqui é o delegado Castilho.

- O delegado Tobias de Newcity procurou-me para saber sobre a queixa de maus tratos.

Eu estou aqui na esquadra de polícia de Newcity queria conversar pessoalmente com você. Se puder venha sozinha e não diga há ninguém que nos falamos e vira aqui. Temos um suspeito e a sua segurança está em risco.

- Ok. Até daqui a pouco.

Saiu disfarçadamente e sigo até Newcity.

Paro na porta da delegacia e o Sr. Castilho me aguardava. Vamos para a sala do delegado Tobias.

- Senti - se Sra. Ferrari.

- Aceita um café? Pergunta o Sr. Tobias.

-.Não. Obrigada.

- Me deêm licença nos falamos depois. Diz ele ao se retirar da sala.

- Derepente um homem moreno de cabelo longo e barba, entra na sala.

- Bom dia!

- Sra. Ferrari? Pergunta ele esticando a mão para me cumprimentar.

-.Sim. Quem é o Sr?

- Lucas Casemiro. Investigador do FBI e da INTERPOL.

Arregalo os olhos, mas não digo nada.

-.Sra. Ferrari é evidente que sofreu uma tentativa de homicidio, não agora. Mas pela terceira vez.

- Como é? Pergunto com tom de deboche.

-.Sim. A 1° Tentativa foi na Ilha de Malta - Itála. Foi comprovado que a corda de segurança não rompeu ela foi cortada.

A 2° Tentativa foi no porão do Sr. Ferrari.

E a 3° Agora nesse incêndio criminoso.

Fico chocada, não sei o que dizer.

- Sra. Poderia nos explicar como conheceu o Sr. Ferrari e porque se casaram tão rápido?

Eu não podia explicar. Eles não entenderiam.

- Amor a primeira vista.

Sra. Sei que está defendendo seu esposo. E vemos que é uma boa mulher, inocente.

Mas só a Sra. Pode nos ajudar.

- Você disse terem um suspeito.

Me diga quem é? Pergunto a Castilho.

- Seu esposo. Enzo Ferrari.

Como se eu tivesse levado um soco no estomago. Sinto a barriga doer.

E como meio de autodefesa começo a gargalhar:

- Hahaha. Vocês são loucos.

Vocês não conhecem Enzo Ferrari.

- Sra. Compreendemos a sua descrença. Mas a Sra. quem não o conhece. Diz Castilho

- Estamos atrás dele a anos. E quando estamos quase colocando as mãos nele, ele escapa. Tem muito dinheiro e muitos contatos Sra.

Diz Lucas

- Desculpa não consigo acreditar. Esse não é o meu Enzo. Digo com o coração apertado.

- Sra. O Sr. Ferrari é o suspeito de ser o assassino dos pais.

Eu olho-os de boca aberta.

- Os pais morreram queimados numa plataforma de petróleo. Que explodiu com o vazamento de combustível. E Enzo era que comandava a pressão do combustível. Durante o incêndio Enzo saiu da plataforma no seu helicóptero e os seus pais ficaram para morrer.

O Sr Ferrari não só herdou bilhões e todos os negócios, como recebeu o prémio de um seguro

de vida de Milhões.

- Enzo também foi acusado de agredir e mutilar uma namora.

- Mentira? Digo desacreditada.

- Sei que é péssimo ouvir. Mas é verdade.

- Tentamos ligar o Sr. Ferrari a morte do seu esposo Ray Rossi. Pois, acreditamos que ele não cometeu suicídio. Mas fizeram parecer ser.

Resolvo não dizer nada sobre o laudo da autópsia que Enzo me entregou.

- E por fim Sra Ferrari. Acreditamos que o Sr. Ferrari esteja a tentar mata - la. Pois, descobrimos uma apólice de seguro no seu nome que vale milhões. E o Sr. Ferrari é o único beneficiário. Diz Lucas.

- Olha Sr. Castilho e Detetive. Isso tudo me parece um absurdo. E chega a ser ridículo.

- Senhora sabemos que o Sr. Ferrari esconde as provas desses, e de outros crimes num cofre na Mansão. Já obtivemos um mandado reviramos a mansão, mas não achamos nada.

Ele deve ter algum canto secreto que não localizamos. Mas se a Senhora trabalhar conosco, podemos achar.

Fique de olho. Diz Lucas

- Sei que se arrepende de ter se casado. Por isso voltou para sua casa. E sei que o Sr. Ferrari deu um jeitinho de fazer-lhe voltar para a Mansão. Porque para receber o seguro precisam morar sob o mesmo teto.

- Sim, eu arrependo-me! De ter perdido o meu tempo vindo até aqui. Tenham um ótimo dia. Digo indo em direção a porta.

- Sra. pense com mais calma. E vai ver que tudo fará sentido. Se mudar de ideia estamos aqui.

Diz o Sr. Castilho.

Entro no meu carro e vou embora.

No meio do caminho tenho uma crise de choro.

E encosto o carro até me acalmar.

"Não acredito no que estão a dizer. Não pode ser verdade. Deve haver uma explicação". Fico a pensar.

E se for verdade, eu corro perigo. Não posso confiar em Enzo até descobrir a verdade.

E esse tal cofre. Sei que no porão não está.

Onde poderia ser esse tal esconderijo que os policiais não acharam? Pergunto a mim mesma.

Quando me veem na memória.

- O quarto vermelho! Digo a pensar alto