Capítulo 19

Olivia Narrando

Saio do banho enrolada em uma toalha, Estevan está sentado na cama, pensativo e isso me preocupa.

— Algum problema?

Pergunto e ele estende a mão para mim, me puxa para si me sentando em seu colo.

— Preciso falar com você.

— Claro.

O encaro receosa, será que está arrependido?

— Vou perguntar uma coisa mais pense antes de responder ok?

Assinto.

— Porque voltou para Itália? foi tudo tão derrepente, me lembro de Zayan dizer que tinha uma turnê para fazer esse ano.

Tento me levantar e ele me segura, desça vez toca meu rosto com uma das mãos fazendo com que eu o encare.

— Não podemos começar nada com mentiras Olivia, não sei o que pensa que estamos fazendo mais isso não é um jogo para mim.

Seu tom de voz é sério, Estevan é um homem decidido não vai esquecer isso, não sem ouvir o que quer.

— Tive problemas na Rússia?

Espera que eu continue.

— Estava recebendo ameaças, começaram com bilhetes, flores e terminaram com um gato morto no meu armário e com meu apartamento destruído.

Posso ouvi-lo rosnar como um animal raivoso, as mãos se fecham em punho e seus olhos brilham como duas esferas.

— Já conhecia Álvaro Feberman?

— Não, papai nos apresentou no jantar que demos na mansão, ele disse que chegou com um dos sócios e fez questão de ser apresentado a mim.

O olho assustada.

— Acha que?

— Não acho, tenho certeza!

Sua voz está mais rouca que o normal.

— Foi ele quem me atacou no estacionamento na noite da recepção na mansão, demorei para me lembrar de onde conhecia aquela voz mais agora eu não tenho dúvidas, é a mesma que ouvir sair daquela boca imunda no dia da festa.

Meu corpo está trémulo e não consigo controlar meu nervosismo, aquele homem me deixou em pânico no exato momento em que eu o vi agora compreendo tudo,era aquele louco desde o início

— Temos que chamar a polícia.

Digo e Estevan sorri.

— Não baby, nós não temos.

Beija minha boca.

— Tem algo planejado para hoje?

Sua calma é algo assustador.

— Um Luau na praia mais tarde, os meninos e a Rayca também vão, se achar que eu não devo posso cancelar.

— Não mude os planos,vou levá-la eu mesmo, quero me certificar que estará segura.

— O que vai fazer Estevan?

— Não faça perguntas que não gostaria de saber a resposta.

Se levanta caminhando até uma das malas próximo a cama, de dentro de uma delas tira uma maleta preta, alguns objetos cilíndricos são espalhados pela cama e juntos montam um taco de baseball cromado, inteligente e profissional, algo me diz que ele usa muito esse tipo de coisa.

— Tenho que resolver alguns assuntos, coisa rápida, pode ficar aqui no quarto enquanto eu faço isso?

— Sim.

Caminha até mim com uma camiseta sua nas mãos, me veste com ela beijando minha boca.

— Não abra a porta para ninguém.

Aperta minha bochecha e sai em seguida, me sento na cama e impaciente rolo de uma lado para o outro, As horas passaram voando já é quase noite quando a porta se abre, Estevan entra por ela os cabelos estão molhados, está vestido com uma calça de moleton cinza e sem camisa, não é a roupa com que deixou o quarto, seu rosto tem uma expressão vazia e os olhos parecem estar perdidos na escuridão, muito, muito mais sombrios que o normal, me levanto caminhando até ele e quando o beijo sinto gosto de sangue vivo em sua boca, ele não está machucado de onde esse gosto vem?

— Estevan, por Deus o que fez?

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