~ Hanna ~
Desde quando sai da casa de Bruno, não me sinto mais segura. Estou em um apartamento de três cômodos próximo a periferia, foi onde pude recomeçar. Não consigo mais viver sendo um fardo para Bruno, agora tenho que encontrar outros meios de conseguir me sustentar e procurar meu pai.
Já era noite, havia feito um jantar bem simples e estava relembrando os momentos em que passei ao lado de Bruno. Era impressionante como tudo se tratava de outra realidade, agora distante. A mesa de negócios, as pessoas sempre muito elegantes, até mesmo a forma de andar e se vestir, absolutamente tudo apontava para o fato de eu não me encaixar.
Até o dia em que a mídia descobriu meu nome e arruinou minha única oportunidade de mudar de vida. Mas nesse momento, não sinto falta da casa imensa e da cama aconchegante, minha principal saudade é de Bruno, apesar do curto tempo em que nos distanciamos.
Sinto falta de ir até sua sala e o encontrar concentrado com uma pilha de papéis em cima da mesa, sinto falta do seu jeito extremamente protetor, sinto falta daquela tarde em que passamos no jardim, caminhando um ao lado do outro. Mas agora não é um bom momento para sentir falta, pelo contrário, preciso esquecer de tudo o que passou na esperança de que Bruno fique bem e as coisas se acertem.
Fecho meus olhos, tentando apagar da minha mente as memórias, mas batidas na porta me despertam de meus devaneios. Prontamente me levanto, questionando quem poderia ser naquele horário.
Destranco a porta e a deixo entreaberta olhando para o lado de fora e me separando com um homem incrivelmente alto.
Hanna: Boa noite, acredito que o senhor errou de númer... - Hanna é interrompida com o homem empurrando a porta com toda a força a fazendo cair no chão.
Homem: Olha só garota, me escuta bem. Eu vim cobrar o dinheiro que o trapo morto só seu pai está devendo. - Disse apertando o pescoço de Hanna.
Hanna: Me..me..me solta. - dizia com dificuldade, tentando se soltar das mãos daquele covarde.
Homem: Eu vou ser bonzinho com você e te dar três dias, caso contrário, você vai servir de puta para o meu chefe! Ele vai amar usar esse corpinho todas as noites. - Joga Hanna novamente no chão.
Ele começa a se aproximar de Hanna a passos largos, enquanto ela, mesmo sem forças, tenta se arrastar para longe.
Nesse momento, dois homens entram armados e desferem três disparos no local. Em questão de segundos o homem estava caído no chão.
Hanna estava em estado de choque no chão, vendo o sangue se espalhar pelo local.
Pedro faz uma varredura pelo apartamento, enquanto Bruno corre de encontro a Hanna e a pega no colo.
Bruno: Hanna, você está machucada? Ele fez algo com você? - diz a observando, procurando algum vestígio de sangue ou ferimento. Hanna apenas balança a cabeça negativamente.
Os dois se abraçam forte, como se de alguma forma, aquele gesto impedisse que outro alguém no mundo os separasse. Os corações batiam acelerados e aliviados por estarem novamente juntos e em sintonia, não existiam mais formas de negar o sentimento que sentiam um pelo outro.
Pedro liga para a polícia, enquanto Bruno leva Hanna até o carro. Suas mãos ainda tremiam e qualquer barulho externo a assustava, era nítido o trauma que sofreu. Bruno nem gostaria de pensar no que poderia ter acontecido se não chegasse a tempo.
Já em casa, Hanna toma um banho quente enquanto Bruno carregava suas malas para o quarto novamente. Após o banho, veste um conjunto moletom, confortável e senta na cama, enquanto Bruno aparece na porta com um chá de camomila nas mãos, ela pega a xícara e bebe aos poucos.
Bruno: Quero que me prometa que nunca mais sairá dessa forma, eu quase morri de preocupação. E pior ainda foi chegar e ver aquele desgraçado em cima de você, olhe só as marcas arroxeadas em seu corpo. Me perdoa Hanna, sinto que tudo isso é culpa minha.
Hanna: Tudo bem, eu gostaria de não ter causado tantos problemas a você, sinto que ao viver afastada, poderia melhorar as coisas... - diz com o rosto cabisbaixo.
Bruno pega seu queixo delicadamente e levanta, fazendo Hanna o encarar.
Bruno: Me escute, você foi a melhor coisa que me aconteceu em anos, preencheu o vazio da minha vida que sequer sabia que existia. Não quero nunca mais ficar longe de você pequena.
Os olhos de Hanna estavam marejados, enquanto ouvia as palavras. Seus rostos se aproximaram lentamente e em uma fração de segundos, os lábios se tocaram, causando uma conexão em ambos os corpos. Bruno acaricia o rosto de Hanna enquanto aprofunda o beijo calmamente, pois queria aproveitar o máximo daquele toque.
Após alguns minutos, os dois se separaram por falta de ar. E Bruno abraça Hanna a fazendo deitar com a cabeça sobre seu peito, nenhum dos dois pronunciou sequer uma palavra. O único som que se ouvia eram as batidas dos corações em sintonia. Bruno acaricia delicadamente os cabelos de Hanna, tentando a manter relaxada até que os olhos começaram a pesar e os dois dormiram naquela posição.
No dia seguinte, Bruno dispensou seus funcionários e foi para a cozinha preparar o café da manhã. Quando Hanna acordou, foi surpreendida por uma bandeja com panquecas, frutas e suco.
Hanna: Bom dia, isso tudo pra mim? - suas bochechas ficaram ruborizadas.
Bruno: Sim, minha pequena, você precisa se alimentar.
Hanna: Você toma café comigo?
Bruno: Claro, como quiser...
Os dois tomaram café lado a lado na cama. Em determinado momento, Bruno reparou uma gota de geleia no canto da boca de Hanna e limpou a região com um beijo. Não conseguia mais se conter próximo se sua amada.
Bruno: Aínda é algo novo para mim, mas acho que desenvolvi sentimentos por você Hanna.
Hanna: Digo o mesmo, mas acho que devemos ir aos poucos. Não é o momento de nos apressarmos.
Bruno: Desde que fique ao meu lado, podemos levar todo o tempo do mundo minha princesa. - Roubou mais um beijo, dessa vez ardente e necessitado.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Fatima Maria
É ISTO MESMO DINA FARIAS BASTA COMEMORAR UM ROMANCE AI O CÃO DIS INFERNO CHEGA PARA INFERCERNISAR.
2025-03-05
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Telma Souza
Nossa! pensei que esses dois não ia de acertar nunca. kkkk até que fim
2025-03-19
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Dina Faria
com certeza a loira vai aparecer pra estragar tudo
2025-01-15
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