~ Bruno ~
Estou em minha sala e não consigo tirar aquela maldita garota da minha cabeça. Não produzi nada durante o dia inteiro, pois o cheiro dela ficou impregnado em minha mente depois que a coloquei contra a parede.
Preciso de algo para me distrair urgentemente, então ligo para Pedro.
Pedro: Vejo que se lembrou de seu velho amigo.
Bruno: Não comece com essa melação. Quero saber se topa sair hoje a noite até aquela balada que frequentamos certa vez.
Pedro: Claro! Meu nome é, pronto. Mas e sua garota? Não vai gostar de ver você com outras na balada?
Bruno: Ela não é minha garota, aliás, por algum motivo, está me dando nos nervos o fato dela ficar tão próxima.
Pedro: Sei... kkkk
Bruno encerra a ligação antes que Pedro começasse com suas suposições mirabolantes.
Ao fim do expediente, ele passou pela sala em que Hanna estava e a viu digitando algumas coisas no computador, parecia concentrada pois nem percebeu a presença de Bruno no local.
A noite
Bruno estava pronto para a festa da boate. Pedro aparece em frente a sua mansão e os dois vão juntos até o local.
Chegando ao local, estava lotado, com várias luzes e o som altíssimo. Os dois sobem até a área Vip e logo percebem alguns olhares femininos, provavelmente seus nomes já haviam corrido por todo o lugar.
Bruno vai até o bar e pede um whisky, e fica ali por um tempo repetindo algumas doses seguidas, a essa altura o álcool já havia subido à sua mente.
Olhou para a pista de dança e viu uma mulher dançando de costas para ele, pelos cabelos ondulados parecia muito com Hanna. Um homem se aproxima da garota e puxa conversa, depois passa a mão por sua cintura e puxa para mais perto, no entanto, a garota parecia desconfortável com a situação e tenta se afastar, mas o homem a prendeu em seu corpo, segurando ainda mais.
Ódio tomou conta de Bruno, ele foi até a moça e segurou o pulso do desconhecido.
Bruno: Não percebe que ela não quer sua atenção cara? Vaza daqui ou eu não respondo por mim. - Falou intimidador.
Desconhecido: Calma, só estamos nos divertindo...
Bruno: Ela parece estar se divertindo pra você babaca? - empurrou o cara que logo se retirou.
Moça: Obrigada.
Bruno olhou seu rosto e ficou petrificado, não se tratava de Hanna, sua mente havia pregado uma peça. Então voltou ao bar e pediu uma água, a essa altura Pedro já havia sumido em meio a multidão, provavelmente arrumou um rabo de saia. Então Bruno mandou mensagem avisando que iria embora, chamou um carro que o levou até em casa.
Tomou um banho e logo adormeceu jogado em sua cama.
No dia seguinte, acordou com o som do despertador de seu celular, a cada toque sua mente parecia que ia explodir. A noite que tirou para distrair sua mente foi um fiasco e a conta chegou pela manhã com mau humor e mau estar.
Naquela manhã, Bruno foi praticamente se arrastando até a empresa. Viu Hanna passar de relance por um dos corredores e parecia encantada com uma câmera na mão.
Estava em sua sala em completo silêncio, aguardando o remédio que havia tomado para dor de cabeça fazer efeito, até que ouve batidas na porta.
Bruno: Entre...
Hanna: Bom dia, vim lhe mostrar um esboço do artigo, amanhã mesmo começarei a produzir juntamente com a revista.
Hanna: Você não parece bem, aconteceu algo?
Hanna por impulso aproxima sua mão da testa de Bruno para sentir a temperatura.
Hanna: Está quente...
Bruno fecha os olhos diante do toque de Hanna, não consegue explicar ao certo o que sentiu com aquele gesto. Mas logo colocou a mente no lugar e retirou a mão dela.
Bruno: Se retire da minha sala. - falou severo.
Hanna encolhe o corpo diante das palavras de Bruno e logo se retira do local, voltando até sua sala. Pensava que talvez Bruno não estivesse em um bom dia e aquele toque piorou ainda mais a situação.
Após Hanna sair, Bruno respirou fundo e mesmo com a dor de cabeça presente, começou a ler os papéis que lhe foram entregues. Era admirável as palavras com que ela utilizou para se expressar daquela forma, e leitura sobre a empresa realmente prendia a atenção, mesmo se tratando de um mero esboço, se fosse publicado tinha certeza que seria um sucesso e chamaria bastante atenção dos leitores.
Ao final haviam algumas imagens da empresa, os processos de cada trabalho, e a última foto em específico chamou a atenção de Bruno, sequer fazia ideia de quando Hanna conseguiu tirar aquela foto dele sem chamar sua atenção
~ Hanna ~
Já era um pouco tarde, então pego minhas coisas e saio em direção ao elevador para enfim ir embora. Ao chegar, dou de cara com Bruno, entrei em silêncio um pouco receosa.
Bruno: Eu li suas anotações, estão ótimas.
Hanna: O..o.. obrigada! Fico feliz que o senhor... Digo, que você tenha gostado.
Bruno: Por que tem tanto receio de mim garota? - sua dor de cabeça voltou a incomodar novamente.
Hanna: Não é fácil lidar quando as poucas vezes em que nos falamos, você me intimida ou é indiferente comigo.
Bruno: O que você espera? Que sejamos amigos e tomemos café juntos? - Disse sarcástico.
Hanna: Bem, não exatamente, mas o mínimo de compreensão seria bom. Eu sou muito grata a você pela oportunidade e estou tentando retribuir através do meu trabalho. Viver com você me tratando como um rato encurralado não é bem o ideal de relação entre um chefe e uma espécie de estagiária...
A porta do elevador se abre e Hanna rapidamente se retira, deixando Bruno para trás. Não fazia a mínima ideia de onde tirou coragem para falar daquela forma com ele, talvez fosse o estresse do dia atarefado, junto com os problemas pessoais com seu pai que a deixaram pilhada.
A semana de provas na faculdade estava chegando e desde quando Hanna conseguiu a vaga na Azevish, Vanessa e seus amigos não param de a importunar.
Chegando em casa, só conseguiu tomar um banho gelado, comeu alguma coisa leve e dormiu, não estava bem o suficiente para ir até a faculdade, seu corpo e mente precisavam de um descanso.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Euridice Neta
Ele está com medo dos sentimentos que ela desperta nele..
2025-03-24
0
Fatima Maria
BRUNO VC É UM BABACA
2025-03-05
1
Vó Ném
Só humilham a garota coitada...que gente podre!!
2025-01-10
5