Capítulo 15

Uma semana depois...

~ Bruno ~

Já faz uma semana que Hanna está residindo em minha casa e confesso que sua presença traz um ar leve ao lugar. Todas as pessoas que trabalham lá a amam, ela cativou até mesmo os funcionários mais antigos de minha empresa.

Falando nisso, ela iniciou os trabalhos na Azevish, e é oficialmente uma de nossas colaboradoras. Nos últimos dias tem se dedicado bastante em aprender a rotina administrativa e divulgação dos produtos, e tem tirado de letra todos os desafios.

Desde aquela tarde no jardim de minha casa, tenho observado de longe, sem contatos ou conversas mais íntimas. Prefiro evitar qualquer possibilidade de aproximação, fora da profissional.

Hanna também se mantém distante para comigo, desde àquela tarde em que conversamos sobre relacionamentos. Acho que fui um pouco grosso com ela e agi imaturamente.

~ Hanna ~

Hoje retornarei às minhas aulas na faculdade, mal posso esperar. Estou ansiosa para ver meus professores e amigos. Então, assim que chego da Azevish, tomo um banho e visto uma roupa confortável e sigo meu caminho até a primeira parada de ônibus, que, aliás, fica a quilômetros de distância da faculdade.

Chegando lá, encontro meus amigos.

Ágata: Olha só quem resolveu aparecer kkkk. Aí amiga, estava morrendo de saudade. - deu um abraço apertado.

Fernando: Parece que alguém roubou minha donzela. - disse fingindo cara de tristeza.

Hanna: Para gente, vocês sabem que moram no meu coração. Agora vamos atualizar dos últimos acontecimentos de nossas vidas.

Logo após, os três foram até a cantina da faculdade e conversaram sobre absolutamente tudo. Hanna contou como estava sua vida e os acontecimentos dos últimos dias na casa de Bruno. Depois do bate papo, foram para a aula.

Já era tarde da noite quando Hanna retornava para a casa de Bruno a pé. Pois infelizmente, os ônibus não cobriam todo o trajeto, e ela estava andando até a última parada com o intuito de chegar o quanto antes para descansar.

A rua estava escura e fria, às vezes passava por algumas pessoas, casais, bêbados, usuários de entorpecentes e tudo isso lhe causava arrepios. Estar sozinha na rua naquele horário, era se colocar em risco, mas ainda não tinha dinheiro suficiente para pagar um carro.

Desde quando começou a trabalhar com Bruno na Azevish, Hanna decidiu fazer alguns planos financeiros. Então tomou a decisão de economizar para alugar um apartamento e comprar alguns móveis. Sabia que com o tempo, poderia se tornar um incômodo na residência de Bruno, então tentaria não prolongar sua estadia na casa.

Hanna apressou o passo, a medida que o vento frio trazia indícios de chuva. Até que percebeu um carro a seguindo a partir de determinado trecho. Quando a luz de um poste iluminou o veículo, pôde reconhecer ser de Bruno, ficou demasiada feliz pois agora estaria segura. No entanto, quando o vidro abaixou, Bruno estava com uma feição péssima de mal humor.

Bruno: Entra! - Hanna obedeceu mesmo contrariada com a forma com que ele falou com ela.

Bruno: Você precisa mesmo andar todo esse trajeto a pé? Não prefere chamar um táxi ou alugar um veículo que possa a levar?

Bruno: Você é funcionária de uma das maiores empresas de jóias do mundo. Imagina se alguém te encontra na rua e reconhece, existem milhares de pessoas que matariam para saber mais sobre a política interna da Azevish. Faça o favor e tome cuidado de hoje em diante.

Hanna ouviu tudo em silêncio, sequer teve reação diante da fala de Bruno, por um segundo pensou que ele estava preocupado com seu bem estar, mas estava completamente enganada. Não passava de preocupação com os próprios negócios, que no momento, valiam mais que a vida dela para Bruno.

Os dois chegam em casa em silêncio e caminham para seus respectivos quarto.

No dia seguinte, vão até a empresa juntos ainda sem dizer uma palavra ao outro. Bruno teria uma reunião importante com seus sócios e saiu apressadamente até sua sala, enquanto Hanna, estava trabalhando em um projeto universitário.

Antes de Bruno chegar à sala, ele para abruptamente por ouvir uma conversa suspeita.

Sócio 1: É inadmissível o que está acontecendo. Essa garota vai desvirtuar os princípios da empresa e no final, todos nós iremos perder economicamente com isso.

Sócio 2: Bruno deve estar encantado por aquela favelada e acha que a colocando aqui vai mudar o fato de onde ela veio. Esse tipo de pessoa só está esperando a primeira oportunidade para dar o bote.

Sócio 3: É verdade, isso é uma empresa de jóias de luxo e não uma fundação beneficente. Eu investi milhões para que tivesse o retorno financeiro que gostaria. A Azevish é uma empresa de alta classe, com profissionais capacitados, não vamos colocar nossa conta em risco por uma pedinte kkkk.

Nesse momento, Bruno entra na sala com a feição de ódio no rosto, pisando firme e encarando cada um dos sócios que falavam de Hanna.

Bruno: Bom dia senhores, vocês podem até não acreditar, mas até às paredes dessa empresa têm ouvidos. Então sugiro que exponham suas insatisfações durante essa reunião para que possamos tomar as devidas providências.

Lembrando que a Azevish é uma empresa independente economicamente, caso sintam vontade, podem desconstituírem o capital investido, nós ressarciremos no mesmo dia e já aproveitamos para incluir o próximo sócio. Todos sabem aqui que a lista para propensos colaboradores da Azevish está dobrando quarteirões pelo mundo.

Ao ouvirem Bruno, todos ficaram em silêncio, atônitos com o que foi dito. Todos alí eram substituíveis, caso Bruno assim decidisse.

Mais tarde, naquele mesmo dia, Bruno chegou em casa, a raiva pelo que ouviu era evidente. Passou o restante do dia lembrando de cada palavra, da forma como se referiam a Hanna. Tudo isso, enquanto ela se esforçava cada dia a mais em seu trabalho.

Assim que abriu a porta, deu de cara com Hanna, de saída para a faculdade. Ela estava linda, com roupas novas, maquiada, parecia até uma nova mulher, mas com a mesma essência doce com um ar de ingenuidade.

Por mais que Bruno tentasse a todo custo afastar esse sentimento, era inevitável a vontade que sentia de abraçar Hanna e a proteger do restante do mundo.

Bruno: Venha comigo...

Hanna: Não posso Bruno, vou me atrasar para a faculdade. Tentarei sair mais cedo para não chegar tão tarde em sua casa... - ela estava indiferente com ele, aqueles olhos já não brilhavam quando conversavam diretamente.

Bruno: Não se preocupe com isso, eu levo você até lá a partir de hoje.

Hanna: Na..na..não precisa Bruno, eu não quero incomodar. Pode deixar que se o problema for o horário, eu vou tentar chegar mais cedo, prometo.

Bruno: Calma, não se preocupe com isso. Acho que me expressei mal com você.

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Comments

Maria De Fatima Pinto

Maria De Fatima Pinto

Já está apaixonado e não quer admitir por medo.Calma Bruno o amor com a Hanna vai ser maravilhoso

2024-12-31

2

Lucia Maria

Lucia Maria

soldado abatido kkkk

2025-03-24

0

Sara Niziato

Sara Niziato

você acha?

2025-03-08

0

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