" Bruno, os últimos dias foram bastante conturbados e sinto que minha presença em sua vida pessoal causaram bastantes problemas. Queria dizer que sinto muito por tudo, sou grata por toda as vezes em que me ajudou, você foi uma das primeiras pessoas em anos, que estendeu a mão para mim e nunca me esquecerei disso. Acredito que agora seja melhor eu me distanciar antes que cause um mal maior.
Desejo que você consiga contornar a situação e voltar sua vida aos eixos.
Com carinho, Hanna."
Algumas letras haviam sido manchadas por um líquido, só de pensar que poderiam ser as lágrimas de Hanna, senti meu coração apertado.
Dessa vez minha tolice passou dos limites, como pude ser tão burro ao ponto de afastar de vez Hanna de minha vida.
Em um momento de desespero, pego o celular e tento ligar para ela, no entanto, não obtive sucesso, então ligo para Pedro.
Bruno: Pedro, preciso da sua ajuda.
Pedro: Oi meu amigo, problemas com a gata?
Bruno: É sério cara, a Hanna sumiu. Preciso que me ajude a encontrá-la.
Pedro: Como você conseguiu perder uma mulher cara?
Bruno: Só me ajuda, eu pago você o quanto quiser.
Pedro: Ok, fique tranquilo, vou encontrar sua gatinha.
Desliguei a ligação e sentei em minha poltrona, minha cabeça latejava cada vez mais e sentia meu corpo quente. Porém, não parava de pensar em Hanna, ela poderia estar em qualquer lugar, na rua ou na casa de uma amiga.
Dessa vez eu preciso consertar as coisas. Vou até a gaveta e tomo um remédio para enxaqueca que por ser muito forte, acabo caindo no sono.
Sinto meu corpo relaxar, e logo em seguida, minha cama havia afundado como se alguém tivesse deitado ao meu lado. Mãos tocam meus braços e sinto a pessoa encostar a cabeça sobre meu peito, passo a mão em seus cabelos e sinto ser Hanna.
Bruno: Onde esteve?
Hanna: O que você sente Bruno?
Bruno: Como assim? Você não respondeu minha pergunta.
Hanna: O que sente quando está ao meu lado?
Bruno: Eu..eu..eu não sei. - confusão era o que dizia sua feição.
Hanna levanta e o ambiente fica escuro.
Hanna: Me deixe ir embora, por favor. Ao seu lado não é o meu lugar.
Bruno levanta da cama e tenta alcançar Hanna, ela sai pela porta do quarto correndo. Quando Bruno caminha até o corredor, encontra Hanna sentada em uma cadeira com as mãos amarradas para trás, ela estava com o rosto abaixado e quando levanta, Bruno consegue enxergar sangue escorrendo pelo seu nariz.
Bruno: Hanna, o que houve? Por que está assim?
Hanna: Bruno, não chegue perto de mim, por favor. Eles logo irão chegar... - estava assustada e chorando.
Bruno: Eles quem meu amor? - Tenta se aproximar para soltar Hanna.
Hanna: NÃO!! NÃO ENCOSTA EM MIM!!
Bruno: Eu só quero ajudar...
Hanna: EU NÃO QUERO SUA AJUDA!
Bruno: Hanna, por favor...
Bruno tenta dar mais um passo em direção a Hanna, mas logo ouve um estrondo, como se uma porta tivesse sido arrombada e logo em seguida, um disparo ecoou pelo local.
Ele olhou para frente e viu Hanna caída, no chão em uma poça de sangue, ela não se movia, seus cabelos estavam caídos sobre o rosto e cada vez mais a poça aumentava a deixando mais pálida.
Bruno: NÃO!!! - Tenta por tudo se aproximar, mas uma força invisível puxou ele para de volta ao quarto e a porta se fechou.
Bruno acordou do sonho com um pulo da cama, sua testa estava molhada de suor enquanto sua respiração seguia descompassada. Ele então rapidamente se levantou e correu em direção ao quarto de Hanna, na esperança de a encontrar dormindo. Mas não havia nada nem ninguém.
Ele passou pela cama e deitou sobre o travesseiro, sentindo o cheiro ainda presente dos cabelos de Hanna.
Bruno: Eu preciso encontrar você, tenho que consertar as coisas minha pequena. Não consigo mais negar o que sinto.
O dia passou lentamente e Bruno não conseguia seguir em paz, passava as horas se lembrando de Hanna e na burrada que fez ao jogar toda a culpa nela e logo em seguida sair para beber e ficar com uma estranha. Tudo isso martelava em sua mente e não via uma luz no fim do túnel que pudesse lhe dar a solução.
Faria de tudo para ficar bem com Hanna e conseguir o seu perdão. Bruno nunca havia se visto como uma pessoa ruim, somente agora percebeu o quão egoísta era.
Ele caminha pelo jardim, passava pelas flores e se lembrava da tarde em que passaram juntos, da imagem de Hanna pintando, concentrada em finalizar seu quadro. Aquela era uma de suas únicas lembranças que lhe transmitia um pouco de paz.
Entrou em casa e reparou no quadro em sua parede, pintado por Hanna naquela tarde no jardim. Nunca esteve tão reflexivo e preocupado em perder alguém.
Uma vez Otto havia lhe dito que o coração fala muito mais do que imaginamos. Mas nossos sentimentos são traiçoeiros, às vezes nos fazendo perder pessoas importantes.
Aquela frase rondava na mente de Bruno. Mas logo foi despertado de seus pensamentos, com o toque do celular, era Pedro o ligando.
Pedro: Encontrei sua donzela. Está em um pequeno apartamento, tudo indica que está sozinha. Mas o setor é um pouco perigoso, vi uns marginais próximos ao local.
Bruno: Certo, já estou indo. Me passe a localização.
Bruno sentiu uma pontada de esperança ao ouvir sobre o paradeiro de Hanna. Agora faria o possível para pedir desculpas e tê-la novamente em sua vida.
Traria sua pequena para casa novamente e reescreveria uma nova história ao seu lado, nem que para isso, precisasse recomeçar, dessa vez, do jeito certo.
Tinha medo de confessar para si mesmo seus próprios sentimentos. Só a possibilidade de ter alguém em sua vida o assustava, pois a única pessoa que se assemelhou a família, foi Otto, que o ensinou tudo, no entanto, era um homem reservado que não demonstrava sentimentos e afeição por ninguém.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 45
Comments
Adelia Nascimento
gente ele não pode ter engravidado a mulher não se ele parou antes de terminar, ele tem que ficar com hanna
2025-03-26
0
Rosa Guimaraes Pantoja
eu sabia que a autora ia arrumar uma vigarista pra enrolar essa história mas do que já está muita conversa e nem um resultado já está ficando chato ler
2025-02-11
2
Fatima Matos
na hora que estava bebendo e comendo outra nem ligou agora.
2025-03-03
0