~ Hanna ~
Assim como prometido, Bruno me trouxe até à faculdade, passamos o caminho inteiro em silêncio, sentia ele tenso ao meu lado. Suas palavras martelavam em minha cabeça, nunca imaginei que Bruno se importasse dessa forma comigo.
Entro pela faculdade e passo por um grupo de alunos que conversavam animadamente, no momento em que me viram, ficaram em silêncio e me encararam de uma forma estranha, até cheguei a imaginar que tivesse algo de errado com meu rosto.
Passo pela escadaria e caminho em direção aos corredores, quando dou de cara com uma onda de cartazes espalhados pelas paredes de todas as salas da faculdade. Me aproximo por curiosidade e vejo que estava estampado meu rosto e o de Bruno, com a seguinte frase "Interesseira rouba o coração de milionário". Nesse momento, meu mundo caiu, então era isso que as pessoas tanto comentavam e sorriam, meus olhos enchem de lágrimas então corro até o banheiro.
Não podia acreditar que alguém havia feito esse tipo de coisa comigo. Pegaram uma foto em que eu estava saindo do carro de Bruno, em frente a Azevish.
Agora meu nome estava perambulando pelos corredores como a interesseira que provavelmente está tentando dar o golpe no milionário. Isso machuca minha honra, pois nunca pensei em Bruno como um ricaço no qual deveria conquistar e sim alguém por quem eu tenho admiração e respeito, além de ter me ajudado quando mais precisei. Mas isso não conta para essas pessoas.
Saio do banheiro e dou de cara com meus dois amigos que aparentavam estar apreensivos. Tanto Ágata quanto Fernando estendem os braços para me receber em um abraço reconfortante.
Ágata: Vai ficar tudo bem amiga. As pessoas que fizeram isso vão pagar.
Fernando: Vamos até a diretoria, precisamos resolver isso o quanto antes. Ninguém mexe com a minha florzinha e sai impune.
Os três foram em direção à diretoria e ao relatarem o ocorrido, ela garantiu que resolveria o problema. No entanto, quando procurou as imagens dos suspeitos pela câmera de segurança, a encontrou quebrada. Todos ficaram em choque.
Hanna sai da diretoria revoltada e tira das paredes quantos cartazes conseguia. Eram milhares e estavam muito bem colados, e mesmo que arrancasse e jogasse todos no fogo, não poderia apagar da memória das pessoas, muito menos evitar os comentários e aquilo a deixou ainda mais aflita.
Vanessa: Olha só, vejo potencial na sua nova empreitada com o ricaço. Se continuar assim, quem sabe, em pouco tempo consiga dar o golpe do baú kkkkk.
Vanessa: Tão patética quanto o paizinho viciado que sumiu pelo mundo e sequer se lembrou de levar um estorvo como você!
Hanna ao ouvir aquelas palavras, vira abruptamente e desfere uma bofetada no rosto de Vanessa. Que a encara, surpresa com o gesto.
Hanna: Nunca mais direcione a palavra a minha pessoa. Sua patricinha inútil! Pessoas como você não merecem o mínimo de atenção. Ao contrário do que você diz, não sou eu que me jogo no colo de homens ricos, você está se descrevendo quando diz essas palavras.
Vanessa: Ora sua vadia! Quem você pensa que é para falar comigo assim?
Hanna: Eu não sou ninguém Vanessa, mas um ninguém que vai te ensinar a primeira de muitas lições na vida. Não mexer com pessoas como eu.
Hanna tomada pela raiva avança em direção a Vanessa e desfere um soco em seu olho direito a fazendo cair tonta no chão. Vanessa rapidamente se levanta e tenta puxar o cabelo de Hanna, mas ela desvia e desfere outro soco, só que dessa vez no nariz. A briga começou a chamar atenção, as duas estavam rolando no chão, até que Hanna sente mãos fortes a arrastando para longe da confusão, mas ela não conseguia identificar quem se tratava.
Hanna: ME SOLTA!!
Bruno: Calma, precisamos sair daqui. Você precisa esfriar a cabeça Hanna!
Só quando seu nome sendo pronunciado por Bruno que Hanna colocou a mente no lugar e parou de tentar se soltar freneticamente das mãos dele, que nesse momento, estavam apertando seu pulso como uma forma de tentar a manter quieta. Bruno então a solta no chão e os dois vão em direção ao carro, o único som que se ouvia era da respiração descompassadas se Hanna.
Ao chegarem em casa, Hanna caminha em direção ao seu quarto, e entra diretamente no banheiro, ligando o chuveiro na temperatura mais fria possível. Entrou embaixo da água mesmo vestida e chorou como se todas as suas mágoas tivessem se acumulado naquele sentimento de tristeza e solidão. Seus soluços ecoavam pelo ambiente, mas ela não ligava, desde que aquela dor em seu peito passasse.
Contrariando a própria racionalidade, Bruno adentra no banheiro a vê o estado Hanna. Prontamente vai ao seu encontro e a abraça, os dois ficam naquela posição por certa de 30 minutos, só quando sentiu Hanna tremer em meio ao seu abraço é que desligou o chuveiro, pegou duas toalhas entregou para ela e sai do quarto em direção a cozinha, pedindo para que uma de suas funcionárias preparasse caldo e algumas torradas .
Quando tudo ficou pronto, Bruno retornou ao quarto de Hanna e a encontrou sentada encolhida próxima à cabeceira da cama, estava em um moletom cumprido, que passava facilmente de suas mãos e pés. Ele então se aproxima e fica de frente para ela, para que o encarasse.
Bruno: Eu, olha pra mim, quero que você me escute. Sei que os acontecimentos do dia se hoje foram pesados, mas agora você precisa comer algo e descansar me entendeu? Amanhã veremos melhor a situação.
Hanna o encara com um olhar tristonho, avermelhado pelo tempo em que chorou embaixo do chuveiro. E isso quebrou Bruno por dentro.
Após comer um pouco do caldo com torradas, Hanna, ainda sem pronunciar nenhuma palavra, deita na cama, enquanto Bruno deita ao seu lado a encarando com preocupação.
Bruno: Eu estou do seu lado Hanna, você não está sozinha.
Pouco tempo depois, os dois pegam no sono e durante a noite, acabam se entrelaçando em um abraço aconchegante, no qual Hanna descansa sua cabeça sobre o peito de Bruno.
O dia amanheceu, mas o sono perdurou até um pouco mais tarde, dentre a manhã.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Euridice Neta
Credo porque humilhar a menina assim? Só.porque ela é pobre não merece estudar, ser feliz, realizar seus sonhos?
2025-03-24
1
Fatima Maria
😭😭😭😭😭 EITA QUE ESTÁ DIFÍCIL DE ENCARAR A PRÓPRIA VIDA.
2025-03-05
0
Lucia Maria
sempre tem uma invejosa
2025-03-24
0