Thayná saiu da sala de Ulisses um pouco mais animada e esperançosa, por mais que tivesse usado meios nada convencionais para entrar na empresa, ainda assim valeu a pena, já que conseguiu que ele fizesse o teste de DNA. Assim que ela passou pela catraca, foi em direção a um dos guardas, pois não poderia continuar com aquele crachá.
— Preciso deixar isso aqui com o senhor, é o crachá de uma das funcionárias aqui da empresa.
O segurança olhou para ela e depois para o crachá em sua mão, mas não a viu com outro além daquele.
— Onde está o seu? Foi esse que usou para sair?
— Não apenas para sair, mas para entrar também — falou naturalmente.
Ela percebeu que o guarda já estava usando seu rádio para chamar reforços, e ela se antecipou.
— Seu guarda, não precisa chamar reforços, eu já falei com quem eu precisava e já estou indo embora — começou a querer sair, mas foi parada pelo homem.
— Não é assim que funciona, a senhora entrou na empresa usando o crachá de outra pessoa, se não é funcionária, preciso saber o que fez lá dentro, são as normas de segurança, a senhora invadiu o local.
— Se esse é o caso, eu posso te dizer o que fiz lá dentro. Fui até a presidência e falei com o dono dessa empresa, Ulisses Uchôa, se não acredita, pode perguntar para ele.
— Me acompanhe por gentileza — indicou o caminho.
— Sério? Tenho muita coisa para fazer, apenas pergunte para ele, tenho certeza de que ele confirmará minha história para você.
O homem continuou apontando a direção de onde ela deveria ir, Thayná revirou os olhos e foi para onde ele indicou. Eles entraram em uma pequena sala de espera, onde havia outro homem que também fazia parte da segurança, o homem explicou e falou na presidência para confirmar.
Ela ainda aguardou um pouco na sala, até que Ulisses apareceu e ela o olhou sorrindo, levantando os dedos e os mexendo, como dizendo “olá”.
— Eu a conheço, ela estava comigo na presidência, mas você fez bem, já que não se sabe que tipo de pessoa pode acabar entrando na empresa — olhou em direção a ela, que estreitou os olhos para ele.
— Bom, senhores, como disse, o Ulisses sabia da minha presença, então se tudo já estiver esclarecido, vou embora, tenham um bom trabalho.
Thayná saiu da sala passando por Ulisses, levantando uma sobrancelha para ele, os dois homens da segurança o olharam sem entender nada daquela situação e clima. Ulisses apenas agradeceu e saiu atrás dela, quando a alcançou, segurou em seu braço fazendo ela parar.
— Pelo visto você gosta mesmo de arrumar uma confusão, não é?
Primeiro Thayná olhou para seu braço sendo segurado, ele percebeu e soltou, recebendo uma encarada nada amigável da parte dela.
— Não arrumei confusão, apenas devolvi o crachá que tive que pegar emprestado sem que a dona soubesse, para entrar na empresa, já que o senhor não quis me atender.
— Então roubou o crachá? — levantou as duas sobrancelhas, demonstrando incredulidade.
— Bom, não foi bem um roubo, apenas me apropriei de algo momentaneamente para um fim justificável, eu até já devolvi.
Ulisses acabou sorrindo dela, achava que ela era muito cara de pau em dizer aquilo, além do fato de que não combinava com ela aquela forma de falar.
— Está tentando advogar por sua própria causa? Será que sabe ao menos o que significa cada palavra que falou?
— Seu…
Thayná olhou em volta e algumas pessoas a olhavam, ela acabou segurando o paletó de Ulisses, que ainda sorria como se tivesse saído vitorioso.
Ela sorriu falsamente para ele, ajeitou seu paletó e deu dois tapas em seu peito, quem olhava, pensava que ela estava apenas se desculpando, mas aqueles tapas não foram nada gentis.
— Eu já fiz o que tinha que fazer aqui, espero você no hospital, então se possível vá ainda hoje, pois o pessoal da assistência deu apenas trinta dias, e o tempo está passando. Tenha um bom dia, senhor presidente.
— Não precisa de uma carona? — não desfez o sorriso.
Thayná tirou sua chave do bolso e balançou ela na frente de Ulisses.
— Não precisa, tenho minha moto, e mesmo se não tivesse, preferia ir a pé a pegar carona com você.
Ela colocou seus óculos escuros e saiu sem olhar para trás, somente quando ela estava alguns passos longe dele, foi que seu sorriso desapareceu e ele passou a mão em seu peito.
— A desgramada tem uma mão pesada!
Anderson estava perto e mais quieto do que nunca, e não conseguia deixar de pensar, que talvez ela fosse mesmo a pessoa ideal para aquele contrato, nunca viu uma mulher tirar o seu chefe do sério, como via que Thayná conseguia fazer.
— Acho que terei que fazer uma ligação — falou baixo, de uma forma que Ulisses não ouvisse.
Thayná se aproximou de sua moto e estava bufando de raiva, subiu na moto e colocou seu capacete, mas antes de sair, olhou em direção ao prédio.
— Babaca! Idiota! Se eu não precisasse de você, eu arrebentava sua cara.
Ela olhou para o lado e tinha um casal parado, olhando para ela fazendo aqueles xingamentos, mas sem ter ninguém na sua frente para receber aquelas ofensas. Ela ficou constrangida com o papel bobo que ela estava fazendo, ele a deixava em um estado que até perdia o controle.
Thayná abaixou a viseira, ligou a moto e saiu daquele lugar, ou as pessoas achariam que ela estava louca, se ela continuasse discutindo com o vento.
Já no prédio, assim que ela saiu, Ulisses deu a ordem ao seu assistente.
— Organize a clínica e minha agenda — olhou em direção a porta — Vamos ainda hoje ao hospital.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 91
Comments
Shirley Rosana
tomara que ele faça o teste Dna
2025-01-08
0
Adiji Abdallah
Espero que dê tudo certo
2025-02-01
0
Alexsandra Sousa
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣rachei de ri🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2025-02-21
1