Por mais que estivesse apreensiva, Thayná concordou em responder aquelas perguntas.
— Como minha colega explicou, esses são alguns procedimentos padrão que fazemos, quando os funcionários percebem algo estranho, então vamos começar com algumas perguntas básicas, para entender a situação — explicou a funcionária, que parecia ser mais amigável.
— Vocês podem perguntar, não tenho nada a esconder.
— Muito bem, pelo que foi nos informado, a mãe da menina é falecida e você não é parente de sangue. Você que cuida da menina? Onde está o pai da criança?
— Sou eu quem cuida da Zoe, quanto ao pai da menina, eu não sei dizer nada sobre ele, quando conheci a Virgínia ela já estava grávida.
Thayná contou toda a história para os três que permaneceram escrevendo algumas coisas, os detalhes sobre a vida da amiga que ela tinha contado, explicou tudo e se preocupava cada vez mais com as expressões que faziam.
— Bom, Thayná, podemos ir até onde você mora com a Zoe?
— Mas não posso deixá-la aqui sozinha — olhou para Zoe, que brincava com uma boneca, e olhava sem entender nada, para aquelas pessoas.
— Minha colega pode ficar aqui com ela.
— A Zoe não conhece ela, tenho certeza de que ela vai chorar.
— Está se recusando a mostrar a sua casa? — perguntou a mulher que Thayná não foi com a cara dela.
— Eu não estou me recusando, apenas estou explicando a situação — olhou para a mulher que estava sendo simpática com ela — Vou ligar para o padrinho da Zoe e pedir que fique aqui com ela, enquanto vamos na minha casa.
A mulher concordou e ela ligou para seu chefe, que também havia assumido os cuidados de Zoe juntamente com ela. Alguns minutos depois, Carter chegou ao hospital e ficou acompanhando Zoe, juntamente com uma das assistentes.
Os três seguiram para o apartamento de Thayná, ela mostrou de bom grado o local, respondeu às perguntas que foram feitas, inclusive a mesma que sempre faziam, se ela e Virgínia era um casal, já que tinha várias fotos das três pela casa.
Após verificar tudo, a assistente explicou toda situação.
— Olha, a sua situação ao mesmo tempo que não é complicada, acaba se tornando. Pelo que nós avaliamos aqui, a criança é bem cuidada, tem conforto e tudo que um lar precisa, mas…
Aquela pequena palavra torturava Thayná, pois sabia que poderia vir problemas.
— Só diz logo por favor, o que é esse, mas?
— O certo seria que tivesse entrado com um pedido de guarda da criança desde o início, outro fator é que você é solteira. Por mais que esteja com ela desde o nascimento, o sistema ainda prioriza os familiares da menina, caso não queiram a guarda dela, somente nesse caso se abre a oportunidade para outras pessoas.
— Como eu disse, a Virgínia disse que não tem parentes, ela cresceu em um orfanato e não sabe nada sobre sua família biológica.
— Quanto ao pai da menina? Não tem a menor possibilidade de conseguir encontrar ele?
— Eu não sei nem mesmo o nome, o que eu poderia fazer seria tentar procurar os amigos da Virgínia, pessoas com quem ela trabalhava e ver o que consigo descobrir, tipo com quem ela estava saindo na época ou coisa assim.
— Olha, não costumo fazer isso com frequência, por isso pedi que a minha colega ficasse no hospital, ela é mais rígida do que nós dois. O que posso fazer por você é te dar ao menos um mês, nós teremos que notificar a situação, mas precisaremos dar um parecer ao estado, se puder encontrar o pai da menina nesse tempo, ela não vai para um abrigo, mas se você não conseguir, teremos que levá-la.
Thayná sentiu seu coração apertar naquele momento, ela não saberia como ficar longe da Zoe, então teria que fazer o possível e até o impossível para conseguir encontrar aquele homem.
— Se não encontrar ele, não tem a menor possibilidade de ficar com a Zoe?
— Você pode entrar com um pedido de guarda da menina, como ela não parece ter mais ninguém, mas é como te falei, você cuida muito bem da Zoe, isso já foi anotado, pode ter certeza, mas eles querem um lar estável, se você fosse casada, seria mais fácil, eles não costumam dar a guarda de uma criança para pessoas solteiras.
— Se eu precisar me casar eu me caso, mas eu não posso ficar longe da Zoe, como mandar ela para um abrigo, seria melhor para ela, do que estar aqui comigo? Isso é uma crueldade.
— Eu entendo, mas apenas temos que seguir as normas. Como eu disse, estou abrindo uma exceção para você, eu vejo crianças indo para abrigos mais vezes do que eu queria, mas na maioria das vezes é devido a maus tratos, só que no seu caso é diferente, então vamos te dar esse prazo, se você encontrar o pai da Zoe, ele pode requerer a guarda da menina, talvez vocês possam entrar em um acordo quanto aos cuidados da criança.
Thayná ouviu tudo atentamente e olhava para um ursinho de Zoe que estava em sua mão, nem que precisasse revirar aquela cidade de pernas para o ar, fazer anúncios na TV, ou colocar um outdoor, mas ela daria um jeito de encontrar aquele homem, o que ela não poderia, era ficar sem zoe.
Zoe
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 91
Comments
Cleusa Arlete Morais Caldeirão Caldeirão
Na verdade tem crianças que ficam na rua, tem crianças que são maltratadas pela própria família, as instituições estão lotadas e vem essa situação, encher o saco de uma criança que está sendo amparada e bem tratada, eu hemmm.
2025-02-26
1
Cleusa Arlete Morais Caldeirão Caldeirão
Tbem acho.
2025-02-26
0
Adiji Abdallah
Ela tem que encontrar a carta
2025-02-01
1