Pouco tempo depois, Carter chegou ao hospital, a notícia também o pegou de surpresa, ele estava abalado, mas ajudou Thayna com todo o processo, desde o contato com o plano funerário, até levar Thayná de volta ao seu apartamento, já que ela não estava em condições para dirigir, ao invés disso, pediu que outro funcionário levasse a moto dela.
Ele a deixou na porta de seu apartamento, fazendo questão de fazer aquela recomendação.
— Não deixe de me ligar se precisar de alguma coisa, eu pedi que quanto ao restante dos procedimentos, ligassem para mim, pode deixar que eu cuido de tudo, apenas descanse um pouco. Mais uma coisa, uma das pessoas que também esteve envolvida no acidente, deixou esse contato, caso precisasse de algo.
Carter entregou aquele cartão para ela, Thayná apenas colocou no bolso e não olhou para ele.
— Obrigado Carter, eu não sei como eu estaria conseguindo lidar com isso sozinha, para esse assunto eu não sou durona, valeu.
Carter a abraçou, confortando ela novamente, ele ainda avisou que ligaria para outras pessoas e amigos, avisando sobre o velório, deu um beijo em sua testa e saiu.
Thayná olhou para sua porta, em seguida olhou para a porta de sua vizinha, e não sabia o que seria mais difícil de fazer, se era entrar naquele apartamento cheio de lembranças de Virgínia, sabendo que ela não estaria em casa no final da tarde, ou ver sua afilhada que provavelmente a receberia com um sorriso, sabendo que talvez não conseguiria corresponder daquela vez, e não queria chorar na frente da menina.
Por fim ela decidiu ir ver a criança, ela precisaria contar mais do que nunca com a ajuda de sua vizinha, precisando explicar o que tinha acontecido. Thayná bateu na porta, ela evitava tocar a campainha, pois se ela estivesse dormindo, não acordaria a criança.
A porta se abriu e a senhora já percebeu que algo estava errado, pediu que ela entrasse e avisou que Zoe estava dormindo, ela ficou aliviada, pois ao menos poderia explicar, sem a menina ver ela chorando.
Sua vizinha preparou um chá para que ela se acalmasse, e mais uma vez foi bem prestativa com ela.
— Sabe que gosto muito da Zoe, então pode deixar ela aqui o tempo que precisar, não acho que deva levar ela para o velório, ela é apenas um bebê, não vai entender o que está acontecendo, vendo vocês chorando. Eu posso ficar com ela o resto da tarde e da noite, então ao menos fique despreocupada quanto ao cuidado com ela.
Thayná agradeceu aquela ajuda, foi até onde Zoe dormia, apenas a olhou e saiu novamente. Ao entrar em seu apartamento, ela foi direto até a porta do quarto de Virgínia, ao chegar ali, desabou mais uma vez, aquilo seria muito difícil, ela sentia como se tivesse perdido sua irmã naquele momento, apenas passou por algo parecido, quando perdeu sua mãe.
Todo procedimento foi feito, e com a ajuda de Carter, as coisas foram resolvidas bem mais rápido, o enterro foi no final da tarde daquele mesmo dia, como ela ainda não estava em condições, Zoe dormiu com a vizinha.
Thayná não conseguiu dormir, estava deitada na cama que era de Virgínia, olhava para o berço de Zoe, em seguida pegou uma foto na mesinha de cabeceira, uma foto de Virgínia com Zoe.
— Eu prometo que serei forte e vou cumprir minha promessa de cuidar dela como se fosse minha filha — algumas lágrimas ainda corriam — Era para nós duas fazer isso, espero que cuide de nós, ai de cima e juro que farei o que for preciso para cuidar dela e a manter segura.
Ela ainda se levantou e foi até o berço, passou a mão pela grade, reforçando o que falou.
— Eu juro.
Na manhã seguinte ela buscou Zoe, antes de ir pegar a pequena, ela falou consigo mesma várias vezes em frente ao espelho, repetindo que ela precisava ser forte, se obrigando a controlar suas emoções.
— Agora somos nós duas meu amor, eu farei tudo para ser uma boa madrinha e mãe para você, já que esse era o desejo da sua mãe biológica, essa mãe de coração aqui, vai dar o seu melhor.
A resposta que recebeu, foi um sorriso amoroso e inocente da pequena criança, que estava alheia a tudo que estava acontecendo ao seu redor, e nem fazia ideia de todas as coisas que ainda viriam pela frente.
Thayná tentou seguir em frente nos meses que se seguiram, ela tentou suprir de todas as formas, a falta que Zoe estava sentindo de sua mãe, e evitava de todo jeito chorar na frente dela, apenas fazia quando Zoe estava dormindo. Ela ainda contou com a ajuda da senhora ao lado, ela não conseguiu colocar outra pessoa no apartamento, pois pensava primeiramente em Zoe, ficava preocupada que a criança ficasse desconfortável, e pensava na segurança dela.
Um ano após aquele acidente, Thayná teria que enfrentar novos obstáculos e tudo começou quando recebeu uma ligação avisando que Zoe estava passando mal, ela deixou seu trabalho e mais uma vez correu para aquele hospital, mas daquela vez foi levando sua pequena.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Adiji Abdallah
Ela vai ter que ir atrás dele
2025-02-01
1
Kelly Sartorio
amando cada capítulo
2025-01-30
0
Expedita Oliveira
🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭😢
2024-12-08
0