Thayná foi para o hospital o mais rápido que conseguiu, costurou os carros com sua moto, mas com um único pensamento, saber o estado de saúde de sua amiga.
Assim que chegou ao hospital, deixou sua moto no estacionamento e correu para dentro do prédio, indo direto para o balcão de informações.
— Por favor, eu preciso de informações de Virgínia Wilson, me ligaram dizendo que ela sofreu um acidente — ainda estava muito nervosa.
— Só um momento, por favor — olhou em uma ficha e fez uma ligação.
Após aquele telefonema, a moça da recepção informou.
— O médico quer falar com a senhora, pode seguir esse corredor, sala quatro.
Thayná agradeceu e seguiu naquele corredor até encontrar a sala, um médico estava na porta assinando um prontuário, como foi avisado, já sabia quem era.
— Doutor, como está a Virgínia? Onde ela está?
— Se acalme, você é parente da paciente?
— Basicamente, dividimos o apartamento, ela não tem parentes de sangue, então pode falar comigo.
— Vamos entrar, você se senta e vamos conversar.
— Eu não preciso entrar, apenas preciso saber como ela está, onde está a Virgínia? — estava muito alterada.
O médico suspirou e empurrou seu óculos um pouco mais para trás, começando a falar ali mesmo.
— A sua amiga foi atropelada, pelo que sabemos, um carro foi desviar de uma criança que entrou na pista, mas acabou causando uma sequência de batidas e um dos carros atropelou sua amiga, mas precisamente, a imprensou em uma árvore.
Thayná levou sua mão à boca, ainda em estado de choque, ela se apoiou na parede e o médico continuou.
— Ela foi trazida e já foi levada para a cirurgia, mas os órgãos internos foram bem danificados, e infelizmente a perdemos na mesa de cirurgia, fizemos tudo que podíamos, mas infelizmente ela não resistiu.
Thayná sentiu as forças de sua pernas acabarem naquele momento, ela caiu de joelhos no chão, começando a chorar, o desespero tomou conta de seu coração naquele momento. O médico ainda se abaixou tentando verificar se ela não estava tendo uma queda de pressão, e pediu que alguém trouxesse uma cadeira de rodas, para a colocar sentada.
Enquanto Thayná se desesperava naquela porta, em outra porta, Ulisses saiu do ambulatório, com um curativo na testa, e olhou em direção ao que acontecia naquele corredor. A enfermeira que fez o curativo, vendo que ele olhava, disse algumas palavras.
— Pobre moça, ela deve ser parente da mulher que foi atropelada no acidente em que vocês estavam.
Ulisses ainda olhava para a mulher chorando no chão e pensou em ir ajudar, começou a ir em sua direção, mas seu telefone tocou, ele se afastou novamente para atender.
— Pai.
— Como você está? Fiquei sabendo do acidente.
— Eu estou bem, tive apenas um pequeno corte na testa, um carro bateu na lateral do nosso carro.
— Vou mandar alguém buscar vocês, venha direto para casa, assim posso ver por mim mesmo.
— Está bem, eu já terminei o procedimento.
Ulisses encerrou a ligação com seu pai, ele estava de costas enquanto falava ao telefone, quando se virou, eles já estavam entrando com a mulher em outra sala, e ele não conseguiu ajudar.
Mesmo que ele não tenha sido responsável pelo acidente, ainda sentiu de alguma forma a necessidade de ajudar.
— Anderson, verifique se a família da vítima precisa de alguma coisa, e não hesite em ajudar, seja o que for.
Anderson levantou as sobrancelhas e se perguntou se aquela pancada foi forte demais, mas confirmou que faria o que ele pediu. Eles foram em direção a saída do hospital, Anderson deixou algumas informações na portaria, justamente para aquele caso.
Thayná ainda chorava naquela sala para onde foi levada, seus pensamentos eram uma bagunça, ela pensava em Zoe e em como as coisas ficariam depois daquele dia, não importava quantos sedativos eles dessem nela, ainda não conseguiria se acalmar.
Após alguns minutos, o médico veio falar com ela novamente, ele prescreveu aquele sedativo, pois sabia que como ela disse que Virgínia não tinha parentes, ela precisaria lidar com todo o processo de liberação do corpo, então Thayná precisaria ao menos estar um pouco mais calma.
— Mais uma vez quero dizer que lamento sua perda, a documentação para a retirada do corpo será providenciada, caso precise que alguém mais venha para o hospital, as meninas da recepção entrarão em contato por você.
Thayna apenas confirmou com a cabeça, não conseguia pensar para quem poderia ligar, até que se lembrou do seu patrão, que também era amigo de Virgínia e fez aquela ligação, após o médico sair da sala.
— Carter, você… você pode vir ao hospital? — ainda chorava.
— Thayná, o que houve?
— A virgínia, ela… ela — não conseguia dizer.
— Fica calma, me mande em qual hospital você está, estou indo.
Thayná desligou e conseguiu mandar aquela localização, ao sair do aplicativo de mensagem e bloquear seu celular, a foto de bloqueio de tela apareceu e ela não conseguiu conter novamente suas lágrimas, era uma foto dela, com Virgínia e Zoe, e seus pensamentos foram à pequena criança, que iria ficar sem sua mãe, ainda tão jovem.
No carro que saiu do hospital, Ulisses parecia bem pensativo, ele acabou estando no meio daquele incidente, e chegou a ser uma das pessoas que saiu do carro e foi até próximo da mulher que foi morta, mesmo que em seu rosto tivesse sangue, ela ainda lhe deu uma sensação familiar e aquilo de certa forma o estava incomodando, e Anderson pôde notar que seu patrão parecia ter sido afetado de alguma forma por aquele acidente.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Gabi Ramos
Virgínia errou? errou. Mas agora tô aqui chorando por uma história
2025-02-23
0
Auzy Holanda
gente a história e dois encrenqueiro que gosta de uma confusão e amiga da Virgínia, sem contar que a Virgínia em nenhum momento amou o milionário.
2025-01-02
1
Adiji Abdallah
Eu estou gostando da história bem diferente
2025-02-01
0