Um pouco mais tarde naquele mesmo dia, Thayná ouviu a campainha da porta tocando novamente, ela suspirou, achou que aquele dia estava movimentado demais, já que normalmente não era assim nos dias normais. A surpresa dela, na verdade, foi desagradável.
— Boa tarde, algum problema?
— Você ainda pergunta? Olha bem para o braço do meu filho, como você teve a coragem de machucar ele dessa forma? Você acha que é quem para quebrar o braço de uma pessoa assim?
A pessoa que repreendia Thayná naquele momento, era a mãe do homem que fez aquela proposta para ela anteriormente, mas ela sabia que não tinha chegado a quebrar o braço dele.
— Quebrar? Eu não quebrei o braço dele.
— Não? Então por que meu braço está imobilizado? Eu deveria chamar a polícia.
Thayná estreitou os olhos para ele e deu um passo à frente, o que fez com ele desse um passo atrás.
— Ótimo, então chame, podemos ir ao hospital verificar sua fratura, aproveitamos também para registrar uma queixa por assédio sexual, porque a proposta que me fez, se encaixa perfeitamente.
O homem engoliu sua saliva ficando preocupado, ele não estava mesmo com o braço quebrado, apenas disse aquilo como forma de pressão, mas se ela decidisse o denunciar, as coisas poderiam ficar complicadas.
— Você pare de ameaçar meu filho, vim aqui apenas para dizer que tem dois dias para pegar suas coisas e sair daqui.
— O quê? Eu disse para ele que pagaria os dois meses.
— Não quero saber, apenas quero que saia desse prédio, sou a responsável, e quem decide quem fica e quem sai, estou dizendo que você não fica — ela olhou para o filho com desgosto — Você tem um péssimo gosto, como pode ficar interessado numa mulherzinha dessas?
— Ei, pode baixar o facho aí minha senhora, se quer que eu saia daqui eu saio, mas não comece com suas ofensas, a senhora deveria dar uma boa olhada no seu filho, antes de dizer que ele tem mau gosto, sou até muita areia para o caminhão dele, e quer saber, não estou nem falando de beleza física, mas seu filho é um cretino escroto que quer que as mulher se deitem com ele em troca do aluguel, será que ele disse isso para a senhora? Foi por isso que ele apanhou, quer saber? Ele merecia até mais, e quanto ao apartamento, ele estará desocupado em dois dias.
Thayná virou as costas e entrou no apartamento batendo a porta. Do lado de fora, a mulher olhou incrédula ainda em direção de onde ela entrou, em seguida olhou com raiva para o filho, que saiu correndo vendo que sobraria para ele a vergonha que sua mãe passou.
No apartamento, Thayná socava o saco de pancadas que tinha na varanda, sua vontade era de ter descontado naquele homem, mas se conteve, não poderia arrumar um problema maior do que ela tinha arrumado.
Ela terminou seu treino e se arrumou para ir trabalhar, teria que encontrar outro apartamento rápido, o pior é que teria que pedir o dinheiro adiantado, já que sempre se paga para começar a morar.
Dois dias depois, Thayná estava no seu trabalho, ela trabalhava em um pub., era uma bartender naquele lugar. Naquele dia em questão, ela trabalhava mais preocupada do que nunca, ainda não tinha conseguido encontrar um lugar para ficar, ela preparava um drink para a mulher que conversava com seu chefe, sentada próximo ao balcão do bar, ela terminou e foi servir.
— Seu drink.
— Obrigada.
Thayná aproveitou para agradecer seu chefe mais uma vez, quanto mais ela o bajulasse mais ele poderia continuar ajudando ela.
— Chefe, obrigado mais uma vez por me deixar colocar minhas coisas no depósito e dormir lá, prometo que vou tentar arrumar um lugar o mais rápido possível.
Seu chefe apenas balançou a cabeça e apontou para um cliente que tinha chegado. A mulher ao lado dele era Virgínia, ela ouviu a conversa e perguntou ao amigo.
— Sua funcionária está procurando um local temporário para ficar ou o quê?
— Ela foi despejada de seu apartamento, o filho da síndica assediou ela, como não deixou barato, teve que sair.
Virgínia olhou em direção a Thayná, talvez ela fosse a solução que ela estava procurando.
— Ela é alguém confiável? Quero dizer, um dos motivos que me trouxe aqui hoje, era para perguntar se não conhecia ninguém que estivesse procurando por um quarto, a garota que dividia o apartamento comigo foi morar com o namorado, então preciso de alguém.
Virgínia explicou a situação para ele, que confirmou que Thayná era alguém tranquila.
— Ela é de confiança, apenas de pavio curto, ela não tem medo de brigar com os caras que assediam ela, ou as mulheres que ela vê sendo assediada, tirando esse temperamento explosivo dela, posso dizer que é uma pessoa excelente.
— Será que daria certo? Ela precisa de um apartamento e eu preciso de alguém para dividir o aluguel, será que ela estaria disposta?
— Faz assim, vou ficar no lugar dela e peço para ela vir falar com você, assim vocês duas podem ver se acham que isso pode dar certo.
Virgínia ficou animada, se aquilo desse certo, ao menos com esse problema ficaria despreocupada, apenas gastaria sua energia com a questão da gravidez.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Joselia Freitas
Comecei a ler hoje,11/03/25 ,já estou adorando parabéns autora está história está maravilhosa 👏👏👏♥️♥️
2025-03-12
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Rosalinda Lindalva Da Mata
esta e das minhas, começando mais uma viagem em mais um livro 18/02/25, bora q está muito bom
2025-02-20
1
Kelly Sartorio
gostei da Tainá
2025-01-30
0