No dia seguinte, Thayná fez o mesmo, só que ao invés de ir até o clube, ela foi até a empresa que Ulisses comandava, confiante de que ele a receberia. Assim que chegou na recepção, percebeu ter um sistema de catracas eletrônicas para entrar na área da empresa, e que os funcionários entravam, mediante colocarem os seus crachás ali.
— Posso ajudá-la? — perguntou a recepcionista com um sorriso gentil.
— Sim, eu gostaria de falar com o senhor Ulisses Uchôa.
— Você tem horário marcado?
— Na verdade, não. Mas é um assunto sério, eu preciso mesmo falar com ele.
— Ele não costuma atender ninguém sem hora marcada.
— Você poderia tentar? Como eu disse, é um assunto urgente — insistiu, mostrando um ar bem preocupado.
— Você tem como adiantar sobre o que é o assunto?
— Diga que preciso falar sobre a filha dele.
A recepcionista fez uma expressão de surpresa com o que ela falou, já que não sabia que Ulisses tinha uma filha. Ela pediu um momento para Thayná, perguntou o nome dela e ligou para a secretária da presidência, informando o que estava acontecendo.
Do outro lado da linha, a secretária ouviu aquilo e também ficou surpresa, dizendo que já retornaria. Ela ligou para a sala de Ulisses, mas quem atendeu foi seu assistente, pois estava em uma ligação particular com seu pai, que queria marcar um encontro para ele.
— Sim.
— Senhor Anderson, fui informada que tem uma mulher por nome Thayná, que está na recepção, procurando pelo senhor Ulisses, ela disse ser urgente, e… e quer falar sobre a filha do senhor Ulisses.
— Elas agora vem até a recepção? Estão ficando cada vez mais ousadas. Diga apenas que ele não pode atender, para não continuar insistindo e inventar outra história.
A secretária ficou um pouco sem jeito, mas ligou para a recepção, passando o que foi dito. Da mesma forma, a recepcionista não sabia como dizer a ela, o que foi passado e Thayná percebeu que ela estava um pouco sem graça e tentou tranquilizá-la.
— Mesmo que ele tenha respondido alguma grosseria, pode dizer.
A moça olhou para a colega do lado e repetiu o que foi dito, Thayná agradeceu, suspirou e antes de sair, olhou novamente para aquela catraca, e em seguida olhou as horas. Se ele não queria aprovar sua entrada, ela entraria do mesmo jeito, mas definitivamente iria entrar.
Ela já tinha conseguido que alguém olhasse a menina, então não estava com pressa para voltar, apenas precisava encontrar o momento certo para colocar seu plano em prática. Aquela já era quase a hora do almoço, então esperou que algumas pessoas começassem a sair para o almoço.
Assim que os funcionários começaram a sair, ela prestou atenção nas mulheres que saíam, algumas permaneciam com seus crachás no pescoço, então seria difícil para ela pegar. Ela notou uma mulher que falava ao telefone, que tirou seu crachá, o colocando no bolso traseiro, então decidiu fazer dela seu alvo.
Como a mulher estava sozinha, seria ainda melhor, ela a seguiu e olhou para os lados, quando viu que ninguém olhava, fingiu tropeçar, caindo direto nas costas da mulher, aproveitando para puxar de seu bolso seu crachá.
Elas não chegaram a cair, mas a mulher acabou se assustando muito e Thayná se desculpou, fingindo ter torcido o tornozelo.
— Perdão, eu acabei virando o pé e bati em você, mas não se machucou? — quis parecer prestativa.
— Estou bem, mas como está seu pé?
— Na verdade, está doendo um pouco, eu vou me sentar aqui por alguns minutos, mais uma vez, desculpa.
A mulher aceitou seu pedido de desculpas e saiu, voltando a falar ao telefone, Thayná se sentou em um canteiro de tijolos, segurando o tornozelo, até ter certeza de que a mulher estava longe. Ela se levantou rápido e seguiu para a empresa novamente, como não precisava passar pela recepção, foi em direção a catraca, mas fingiu falar ao telefone antes de chegar próximo a um guarda que estava ali.
— Podem ir, eu esqueci minha carteira, estou voltando para pegar, nos encontramos lá — disse essas palavras, mas seu coração estava um pouco disparado.
Thayná estava com medo de ser pega, então tentou agir com muita naturalidade e somente ficou mais tranquila, quando viu que a catraca foi liberada e estava em frente ao elevador. Na parede próxima ao elevador, tinha as informações dos andares e ela viu que a presidência ficava no décimo sétimo andar e foi aquele número que ela apertou.
Ela saiu do elevador, mas ainda não tinha certeza para onde ir, então mais uma vez fingiu naturalidade e começou a andar pelos corredores, tentando descobrir qual era a sala que Ulisses ficava. Enquanto procurava, viu algumas pessoas saindo de uma sala, alguns se despediram e ela viu que um deles, era quem ela procurava e ouviu a ordem dada a funcionária.
— Me traga um café e pode ir para o almoço.
— Sim, senhor.
Thayná mais uma vez fingiu falar ao telefone, vendo para onde ele foi, mas seguiu a mulher que ele pediu o café. Thayná a observou sem ser vista, ela preparou tudo e antes de sair, seu telefone tocou, a secretária Ulisses ficou de costas para a porta, falando ao telefone, reclamando que ficou presa em uma reunião com seu chefe.
Nesse momento, Thayná aproveitou para entrar devagar e pegar a bandeja, saindo sorrateiramente e seguindo para aquela sala. Ela bateu na porta e entrou, viu que Ulisses estava em pé falando ao telefone, somente outro homem que estava na sala, a olhou de uma forma estranha.
Assim que colocou o café na mesa, Ulisses se virou, a olhou e perguntou intrigado.
— Quem é você?
— Sou Thayná, e estou aqui para falar sobre a sua filha — estendeu a mão e tinha um sorriso vitorioso no rosto.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Cleusa Arlete Morais Caldeirão Caldeirão
kkkk, já vi tudo, doida de pedra.
2025-02-26
0
Julia Santos
kkkkkkk essa thainar è onda kkk
2025-01-21
0
Joselia Freitas
Ela é doidinha😁😁😁😁
2025-03-12
0