Thayná chegou apressada e angustiada no hospital, ela segurava Zoe nos braços, que estava com febre alta naquele momento.
— Boa noite, preciso de um médico, ela está com muita febre.
— Documentos da criança, por favor.
Thayná entregou os documentos da criança e estava aflita, como era emergência, logo ela foi encaminhada para outra sala, para que a menina fosse examinada pelo médico, que por coincidência, era o mesmo que deu a notícia sobre a morte de Virgínia, mas ela nem mesmo se atentou a isso.
Zoe estava bem enjoadinha, e Thayná imaginou que fosse devido à febre e que também ela poderia estar sentindo alguma dor. O médico pediu alguns exames para a criança, mas prescreveu uma medicação para a febre.
Thayná acompanhou todo processo, já que às vezes, Zoe queria chorar, e depois de todos os exames feitos, o diagnóstico veio.
— Sua filha está com pneumonia, ela precisa ficar internada para a introdução de antibióticos, mas principalmente, caso a respiração for comprometida, ela já está internada.
Thayná concordou e ele fez o pedido de internação da criança, e Thayná ficou no quarto acompanhando a menina. Logo a medicação começou a fazer efeito e a pequena voltou a dormir, como ela tinha plano de saúde, Zoe ficou em um quarto independente.
Ela não conseguiu dormir naquela noite, preocupada com a menina, em alguns momentos ficava em frente da janela olhando para o céu.
— Ei, me dê uma mãozinha aí de cima, eu não aguento ver nossa pequena doente e você sabe, agora você não está mais aqui, para evitar que eu fique totalmente desesperada, sabe como eu ficava quando ela estava com uma simples gripe.
Um ano já tinha se passado e mesmo assim, Thayná não conseguia ficar um dia sem se lembrar de Virgínia, até porque seria difícil, já que sempre que olhava para a pequena, lembrava da amiga.
O médico entrou no quarto e Thayná saiu de seus pensamentos.
— Ela está dormindo bem? — perguntou, enquanto se aproximava da cama, olhando a temperatura e a respiração de Zoe.
— Sim, ela se acalmou mais depois que recebeu a medicação.
Mas o senhor acha que ela ficará bem logo?
— Precisamos ver como seu corpo vai reagir à medicação, mas acredito que não esteja tão avançada, então acredito que ela fique bem logo.
— Obrigada.
O médico ainda olhou para ela, que olhava para Zoe na cama, decidindo puxar assunto.
— Como você está depois do que aconteceu a sua amiga?
Aquela pergunta chamou a atenção de Thayná, que parecia estar sem entender.
— Fui eu quem te deu a notícia do falecimento dela.
— Oh! Desculpa, mas eu não me lembrava, não consegui prestar atenção em nada naquele dia. Mas respondendo a sua pergunta, estou vivendo um dia de cada vez, até porque preciso ser forte, por causa dela — apontou com a cabeça, em direção a Zoe.
— Que bom. Eu preciso verificar outros pacientes, mas se precisar de alguma coisa, pode me chamar. Meu nome é Elton Diniz.
— Mais uma vez obrigada, me chamo Thayná.
O médico saiu e ela foi até a janela e novamente olhou para cima.
— Não era bem esse tipo de ajuda que eu tinha falado.
Thayná balançou a cabeça e se sentou no sofá para tentar descansar e dormir um pouco, precisava aproveitar enquanto Zoe dormia e estava calma naquele momento. Na manhã seguinte, veio a troca de turnos e inclusive de médicos, Thayná acordou várias vezes na madrugada, quando entravam para dar medicamentos e acordou mais uma vez, com uma enfermeira entrando.
Uma coisa ela percebeu de diferente, ela tinha um lençol cobrindo seu corpo e não foi ela quem se cobriu, ficando sem entender quem poderia ser. Outra moça entrou em seguida, pedindo a documentação de Thayná, como ela internou quase na madrugada, não fizeram todos os procedimentos, pegando apenas a documentação da criança.
Thayná não pensou muito e apenas entregou, permanecendo no quarto com Zoe. Pouco tempo depois, a mesma moça voltou, com alguns papéis nas mãos.
— Senhora, aqui no documento da criança, diz que a mãe é Virgínia Wilson, mas no seu documento, é Thayná Bailey, qual o seu grau de parentesco com a criança?
— Sou a madrinha e segunda mãe dela, bom, ao menos era assim que a mãe dela me chamava.
— Certo, mas onde está a mãe da menina?
— Ela morreu — começou a não gostar do interrogatório.
— O pai da criança também está desconhecido, ela não tem nenhum parente sanguíneo?
— Não, ela tem somente a mim — respondeu seria.
— Certo, vou terminar de preencher as informações.
A mulher saiu e Thayná ficou inquieta, não gostou de todas as perguntas feitas por ela, mas seus pensamentos não foram muito além. Algum tempo depois, Zoe já estava acordada e Thayná brincava com ela na cama, ela tinha conseguido fazer Zoe comer bem o seu café da manhã e estava animada por ver a criança bem mais sorridente.
Thayná olhou em direção a porta quando ela se abriu, duas mulheres e um homem entraram, tinham um crachá pendurado em seu peito e pranchetas nas mãos.
— Você é Thayna? — perguntou uma das mulheres.
— Sim, e vocês quem são?
— Somos assistentes sociais, recebemos uma informação sobre uma criança que não está acompanhada de nenhum parente, e sua documentação parece estranha, podemos fazer algumas perguntas para a senhora?
Thayná se deu conta de que tinha sido a mulher que fez aquelas perguntas, que chamou eles até o local, e mais uma vez ficou apreensiva, ainda mais que a mulher que falava com ela, parecia olhar com um certo ar de desprezo para ela. O que estava por vir ela não sabia, apenas esperava que ninguém tentasse tirar a menina dela.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Iris Abrahão Viana
se passou 1 ano ela não encontrou a carta da amiga? ela não arruma a casa não?
2024-12-13
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Adiji Abdallah
Só falta eles tirarem a menina dela
2025-02-01
0
Kelly Sartorio
eita que situação difícil
2025-01-30
0