capítulo 14

Observo o olhar de Thomaz pra mim não era um dos melhores, o seu olho permanecia vermelho, logo foco para tentar ouvir os seus pensamentos, mas eles estavam completamente confusos e isso me assustava "ei foca, você não pode surtar agora Thomaz!" olho de relance para porta onde ela estava, Maya parecia confusa, pois eu e Thomaz não estávamos falando nada, só nos olhando "droga!" passo a minha mão pelo rosto do Thomaz até a sua nuca, observo ele me olhar estranho "confia em mim!" aproximo a minha boca da dele, encaixando os nossos lábios, o beijo lentamente entrelaçando a minha língua na dele, a sua saliva tinha um gosto diferente, mas era gostoso, Thomaz retribui o beijo ainda cismado com a situação, cutuco a sua nuca para ele beijar direito, ele entende e faz, após um tempo paro o beijo com uma mordida no seu lábio, olho na direção da porta, Maya já não estava mais lá.

— Tá ficando doido Henry? — falou baixo

— a para que você gostou — falo brincalhão — ela já estava começando a estranha a gente olhando um para cara do outro sem falar nada — Expliquei-lhe

Percebo ele coçar a cabeça meio sem jeito com a situação dou risada, não vou perder a oportunidade de constrange-lo mais

— você beija bem em! — falei deixando ele cada vez mais constrangido

Ao ver a cara que ele fez não contive a risada, ele ficou completamente sem graça, volto a ficar sério e acendo um cigarro

— Você pensa que ela é uma vampira? — questionou me

— Não Thomaz, acho que ela é uma caçadora! — Respondi baixo

— E ainda existe isso? Pensei que tinha acabado depois da última chacina que teve! — falou confuso

— ainda há muitos caçadores, eles não vão descansar enquanto não acabar com todos nós! — expliquei-lhe

— então oque vamos fazer? — questionou-me — você sabe que não consegue mentir.

— Vamos ser normais, eu não consigo mentir para perguntas, mas para conversar sem perguntas eu consigo sim, tipo: "o café estava maravilhoso" — Respondi esclarecendo suas dúvidas

— é mentiu bem — Thomaz falou rindo — devemos evitar perguntas e se haver algumas eu interrompo, os meus ouvidos estarão sempre atentos — sugeriu

Observo a Maya se aproximar da gente com uma bandeja de aperitivos e com um sorriso falso no rosto, sinto um cheiro diferente vindo da bandeja, ao olhar o suco olho para Thomaz que logo entende oque eu queria dizer.

— Que ingredientes você usou no suco verde? — Thomaz questionou-a

— Couve, coentro, salsa e um pouco de líquen de ramo de laranjeira para dar um sabor especial! — explicou se fazendo de sinica

— Não gostamos muito de suco verde, pode nos trazer uma lata de coca fechada por favor? — Thomaz questionou-a

O coração da Maya estava um pouco acelerado então ela assentiu e saiu, após alguns minutos voltou com duas latas de coca fechada, pego uma e Thomaz pega outra, então abrimos e damos um gole.

— Tá servida senhorita sullen? — falei apontando para a bandeija

— Não! Muito obrigada já comi! — falou sorrindo

— pior que a gente tem uma reunião em 1 hora, não vamos ter tempo de comer, mas a cara está ótima, obrigado por ser tão prestativa — falo me levantando ainda com a latinha na mão chamo o Thomaz com a cabeça ele assenti e me segue

Quando estava perto da porta, escuto um sussurro "Merda! Será que eles desconfiam, e se eles realmente não serem oque acho que são." continuo andando para ela não estranhar a minha para repentina, vou em direção a garagem e entro no carro, após Thomaz entrar também acelero indo em direção ao restaurante

— Se continuar assim ela vai acabar nos descobrindo! — comentei

— isso foi ideia sua Henry, podia deixa-la na casa dela para ela morrer — falou bravo

— Eu sei, mas tenho que descobrir porque ela me chama tanta atenção, não consigo te explicar oque eu sinto é estranho — expliquei confuso

— tem que parar de pensar com a cabeça de baixo e começar a pensar com a de cima, se ela realmente for uma caçadora ela não vai exitar duas vezes em nós matar, acorda Henry! Precisamos tira-la de casa antes que seja tarde. — Thomaz explicou eufórico

— Se tirarmos ela agora, ela vai ter certeza do que somos, por isso chamei Maria, ela que vai cozinha e vai cuidar das coisas, Maria é muito experiente, precisamos dela para descobrir as coisas mais afundo — Expliquei-lhe

Isso talvez não dê certo, mas não saberemos se não tentarmos, volto a focar na estrada, vejo um rosto um pouco familiar, lembro do pesadelo que tive de madrugada. Um dos vampiros que vi era ele, acabo descontrolando um pouco o carro, sinto a mão do Thomaz perto da minha estabilizando o volante, quando volto a mim, encosto rapidamente o carro na calçada e bato a mão no volante "Que merdä que tá acontecendo comigo? Não foi só um pesadelo? Quem era ele?"