Capítulo 11 - Ida à floresta

— Oque esta acontecendo com você irmão? — perguntou preocupado

— Eu não sei Thomaz, não sei oque está acontecendo com Otto! Ele está conseguindo me controlar eu tava perdido nos pensamentos e quando eu vi já estava aqui fora — digo confuso

— Melhor parar de beber um pouco! Vamos ter que descartar qualquer coisa que possa estar causando isso! — Thomaz esclareceu

— Cadê ela? Ela está com medo de mim? — perguntei olhando-o

— porque ela teria medo de um sonâmbulo? Você tem isso desde criança! — falou olhando nos meus olhos

— Sabe que não consegue me hipnotizar né? — perguntei dando risada

— Eu sei, estava vendo se estava forte ainda! — falou sinico

— Vamos pra floresta correr um pouco? Por favor! É o único que consegue me controlar. — eu praticamente implorei

— Não sei se é uma boa ideia isso... Tem certeza? — perguntou receoso

— sim é a única coisa que vai me acalmar, vou fazer pirraça — Ameacei-o

— Não me faça essa vergonha, vem vamos logo, antes que eu desista — ele fala batendo a mão na testa — nem parece que tem quase 40 anos nas costas

— e você nem parece que tem 30 muito ranzinza — falei dando risada e saio correndo

Percebo ele correr atrás de mim, começo a correr mais rápido, olho em volta percebo que não havia ninguém na rua, aumento mais a minha velocidade e Thomaz faz o mesmo, ao avistar uma floresta entro na mesma correndo e me transformo no ar... Aí sentir a grama molhada na minha pata, era como se eu tivesse vivendo novamente, sem me transformar me sinto um inútil e apenas sobrevivo, a minha cor lupina era branca como a neve, já o Thomaz é da cor preta.

Sentindo a grama entre as minhas patas, rolo no chão para coçar as minhas costas, como eu amor essa vida, por mim não usaria a minha forma humana nunca... Quando estamos na forma lupina, nos comunicamos pela memoria evitamos uivar para não chamarmos atenção, após me coçar me deito na grama com a língua para fora, ao escutar um barulho no mato, me levanto olhando para Thomaz que também já estava na forma lupina

"Que barulho foi esse? Será que alguém nos viu?"

"Não sei, esqueceu que eu não tenho olfato?"

(Thomaz rosnou pra mim)

Dou uma farejada no ar, sinto cheiro de estrume, frutas podres, frutas boas, cervo e sangue, sinto cheiro de carne podre também.

"Oque é que cheira a carne podre além de carne podre?"

"Vampiros" (antes que Thomaz terminasse de falar pula um vampiro de dentro dos arbustos em cima dele)

Tento voar no pescoço, mas ele é mais rápido e me joga contra uma árvore, deixo me escapar um grito de dor, me levanto com dificuldade quando ele se vira para Thomaz, tento novamente, mas dessa consigo tirar um pedaço, porém ele me abraça quebrando algumas das minhas costelas, a minha forma humana estava querendo voltar devido à dor, um pouco de sangue saia pelo meu focinho e boca, observo o vampiro novamente em cima do Thomaz.

"Fuja, deixa ele comigo precisa se curar" (Thomaz gritava em pensamento)

"Não posso te deixar aqui!" ( o meu pensamento já estava fraco)

Observo Thomaz ficar por cima dela, ao ver que o vampiro faria o mesmo com ele, levanto com muita dificuldade, cada passo que eu dava doía mais, voou no pescoço do vampiro, mas dessa vez arranco a sua cabeça fora, caiu no chão sem aguentar mais a dor, me destransformo... Lágrimas escorriam pelo meu rosto, era uma dor insuportável, vejo Thomaz voltar a forma humana

— Eu falei para você fugir! — Thomaz falou bravo

— eu não ia conseguir e você ia morrer! — Falei com muita dificuldade devido à dor

— Não precisava arriscar a sua vida por mim Henry! — deu uma pausa — preciso colocar no lugar, se não a sua cura não vai funcionar — Explicou-me — Tá pronto?

Fecho os olhos concordando, o suor escorria pelo meu rosto de tanta dor que eu estava sentindo, nunca senti tanta dor em toda a minha vida "Vampiros filhas da pütä eu odeio todos vocês" sinto Thomaz pressionar de uma vez as minhas costelas, fazendo todas estalar e voltar ao seu devido lugar, acredito que eu soltei um grito tão alto que até o meu pai ouviu, os pássaros que estavam na árvore, se assustaram e todos voaram, lágrimas de dor percorriam pelo meu rosto inteiro e o suor pingava do meu cabelo, observo Thomaz se levantar e jogar o corpo é a cabeça do vampiro pro canto e logo tacar fogo, após uns 10 minutos de fogo o corpo daquele sangue suga era apenas cinzas que o vento ia soprar e levar para longe, sinto Thomaz me pegar nos braços, e vai caminhando em direção a nossa casa. Até eu me curar é umas 3 horas para mais, logo hoje que pensei que ia comer uma carninha fresca, fiquei até com água na boca quando senti o cheiro daquele cervo, para vir um vampiro malditö e acabar com todos os meus planos...