Capítulo 18

...Henry...

Estava deitado na minha cama, esperando a que essa dor insuportável passasse, deixo algumas lágrimas escorrerem, por conta do acônito, o meu processo de cura e muito mais lento, e como se tivesse amarrando o meu estômago de volta, sem anestesia, a cada fisgada era um gemido de dor que escapava dos meus lábios "Otto seu filho da püta, isso é tudo culpa sua!" sinto uma mão no meu ombro, ao abrir os olhos, vejo Thomaz me olhando preocupado, o meu suor não parava de escorrer pelo meu rosto.

— deixa eu aliviar um pouco da sua dor? — Thomaz perguntou já preparando a unha

Coloco a minha mão sobre a dele negando com a minha cabeça repetidas vezes, engulo com um pouco de dificuldade.

— Não! Você pode morrer, eu vou me curar, só preciso de um tempo. — falei com muita dificuldade

Antes que eu conseguisse terminar de falar Thomaz finca a sua unha na minha nuca, bem profundo e começa a sugar parte da dor que eu estava sentindo, Thomaz tinha muitos poderes e controlava muito bem todos eles. Aquela dor insuportável que eu estava sentindo foi aliviando, percebi que Thomaz estava ficando um pouco fraco agarro na mão dele e retiro as suas unhas da minha nuca.

— Eu tava quase sugando tudo, porque fez isso? — indagou fraco

— Já tá bom irmão, você iria acabar morrendo, agora já consigo me curar mais rápido, foi o suficiente. — digo agradecido — como consegue se controlar tanto? — questionei-o confuso

— já tenho 100 anos Henry, se eu não tivesse aprendido em tanto tempo, já podia desistir — Thomaz respondeu caindo na gargalhada

— Tenho que concordar irmão! — Respondi rindo junto

Me ajeito na cama, ao olhar minha barriga, percebo que está fechado a onde a bala havia entrado, passo a mão por cima, ainda estava um pouco dolorido, mas era suportável.

— Onde está ela? — perguntei bravo

— tá de repouso no quarto, ela quebrou a costela e o pulso — Respondi coçando a cabeça

Ao ouvir isso, viro um pouco a minha cabeça, um pouco confuso questiono-o com olhar.

— Ela se jogou contra uma árvore, foi isso! — Thomaz respondeu sinico

Ao observar o seu jeito sinico dou risada, esse Thomaz é fodä, a minha vontade é de mata-la, mas não posso... Otto me autodestruiria, observo Maria entrar para ver como eu estava.

— Thomaz tem sido um ótimo irmão para você em Henry! — disse contente

— Ele é o único que eu confio Maria, ele sempre esteve comigo em tudo, independente de tudo, até nos beijamos esses dias — falo para constranger o Thomaz

Observo ele ficar sem saber onde enfiar a cara, logo sai do quarto dou gargalhada junto com a Maria, logo ela volta a ficar séria, percebo que algo está incomodando ela "Oque está acontecendo Maria?" vejo ela me olhar "O supremo alfa, do alfa que você matou está atrás de quem fez isso com o seu filho, e quando ele descobri, a briga será feia, pois o seu pai se envolverá também" Observo Thomaz entrar preocupado devido ao que ele ouviu, os nossos pensamentos por sermos da mesma alcateia, é compartilhado.

— Se ele descobri, será uma guerra grande entre as alcateias, oque vamos fazer? — Questionou Thomaz

— Temos que fazer de tudo para que ele não descubra, tentaremos ter uma vida normal, você tem que ajudar Henry a se controlar — Maria sugeriu

...Maya...

Estava deitada naquela cama enorme, sem conseguir me mexer direito, além de estar com as minhas costelas quebradas, que era uma dor insuportável Thomaz havia me amarrado com algumas correntes no braço, lágrimas escorriam pelos meus olhos, eu não queria fazer isso, eu só queria salvar a minha mãe que precisa de uma cirurgia caríssima, me falaram que se eu matasse um lobisomem me pagaria 2 milhões que é o valor necessário para todas as cirurgias e medicações, "me perdoa minha mãe, eu falhei drasticamente" Tento puxar o meu braço oque dói solto um grito alto para aliviar a dor de tudo que estava passando, por mais inútil que fosse.

...Henry...

Escuto o grito me assusto e coloco a mão no ouvido, que grito fino da porrä doeu os meus tímpanos, sinto os meus olhos ficarem vermelhos ao amenizar o grito, os meus olhos voltam a cor normal, respiro fundo tirando as minhas mãos dos ouvidos.

— Eu vou ir falar com ela, preciso tentar entender o porquê ela fez isso, já que eu não posso mata-lo — digo me levantando respiro fundo ao sentir uma mão no meu braço

— você tem certeza disso? Certeza que vai controlar as suas emoções? Ela quase te matou — Thomaz indagou preocupado

— se eu não tentar nunca vou saber, é qualquer coisa vocês estão aqui, vocês conseguem me impedir, não consegue? — Observo os dois concordarem

Ao sair do meu quarto, vou até o que ela ficava que era no final do corredor, ao chegar na porta sinto um frio na barriga, suspiro tentando me controlar, eu estava sentindo uma misturas de sentimentos, raiva, medo, confusão entre outras coisas... levo a mão na maçaneta sinto um choque percorrer o meu corpo então fecho os olhos, comecei a ver coisas, igual aquele dia dos vampiros, porém dessa vez eu estava acordado... Nessa visão eu via ela segurando a minha mão e sorrindo, estávamos numa floresta, parecia mais um bosque, ela me olhava com uma paixão, e parecia que eu correspondia... volto a mim um pouco confuso, ainda estava com a minha mão na maçaneta, mas a porta permanecia fechada...