Capítulo 12

Maria Eduarda

Eu estou aqui, no consultório do playboy que vinha povoando meus pensamentos nos últimos dias, me tirando o sono e me fazendo ter sonhos, hum digamos, intensos!

Sim, eu posso dizer que tive meu primeiro sonho picante, e se o Guilherme for metade do que era no sonho, minha nossa, vai ser difícil resistir à ele. Sinto minha bochechas esquentarem só de lembrar do tal sonho.

Mas não é sobre sensações ou pensamentos indecentes. É sobre o quanto meu coração bateu desesperado quando o vi, ainda a pouco. Eu não imaginava que sentia tanto a falta dele, até vê-lo e querer me jogar em seus braços e não largar nunca mais.

Mas aí você me pergunta, porque então você não ligou pra ele, bicha lerda!?

Por medo! Exatamente isso. Eu tive medo dele não querer me ver. Medo dele me achar infantil por ter pedido um tempo, já que nós não tínhamos nada. Medo dele estar ou se envolver com outra pessoa. Enfim, eu queria ligar, mandar mensagem, mas eu estava tão confusa, que precisava organizar meus sentimentos primeiro.

Mas hoje, depois de sonhar com esse homem mais uma vez, e acordar chorando de saudades no meio da madrugada, sentindo meu coração apertadinho no peito, eu decidi que já era hora de enfrentar essa situação.

Então eu me enchi de coragem e vim atrás do meu playboy, mesmo não sabendo onde ele trabalhava, eu ia ligar ou dar um jeito de descobrir, mas foi coincidência ou obra do destino, enfim o importante é que eu vim visitar a Clarinha, que também é paciente do Guilherme.

Sem sombra d dúvidas eu sei o que eu quero, e com quem eu quero!

Pego um casaco, como o Gui falou, antes de sair do consultório e ir tomar banho. Ele é lindo de qualquer jeito, até com uniforme do centro cirúrgico.

Sinto o perfume dele no tecido, e assim que visto, é como se estivesse sendo engolida pelo tecido preto e grosso. Caberia umas duas Dudas nesse casaco, facilmente. Agradeço mentalmente por ele ter percebido que eu estava com frio, porque o ar condicionado daqui gela até os ossos.

Fecho a mochila e coloco no armário novamente. Dou uma olhada no consultório. É simples, como todo consultório médico normal. Todo branco, com algumas peças em cinza ou azul. Mesa de madeira, a cadeira dele é preta, daquelas de escritório, só que parece bem mais confortável. A cadeira em que eu estou sentada é normal...e branca!

É um consultório médio, mas bem organizado. Acho que meu playboy parece mais organizado que eu.

Mordo o lábio e esfrego as mãos uma na outra, um gesto comum, quando estou nervosa.

Mas logo ouço o barulho de chave e a porta de abre.

Nossa mãe! Que homem gato! Pernas trêmulas e respiração suspensa? Temos aqui...

Os cabelos ainda úmidos, meio bagunçados. Os músculos bem definidos e aparentes, cobertos pela camisa polo azul clara, as pernas também marcadas pelo jeans que se ajusta, mostrando o quão torneadas são aquelas coxas. O sapato preto simples mas muito bonito.

Mas o que termina de me matar, é o perfume amadeirado, marcante, que preenche o ambiente assim que ele entra e o sorriso de lado...ah, esse sorriso...

Lindo e perigosamente sensual, ele caminha, sem desviar os olhos dos meus, me prendendo à aqueles olhos verdes tão profundos quanto intensos. Minha nossa, eu preciso respirar...como é que se respira mesmo?

Perco completamente a capacidade de raciocínio com o olhar dele, cravado no meu, e o brilho daqueles olhos verdes são tão fascinantes quanto hipnóticos.

Ele para na minha frente e segura minha mão, me fazendo ficar de pé.

- Pronto. - ele sorri. - Sou todo seu! - Essa frase era pra ter esse efeito todo mesmo?

Como pode uma frase tão curta ter um efeito tão devastador sobre o meu corpo e minha mente?!

Minhas pernas já estão moles, meu coração já parece ter corrido uma maratona, tamanha a velocidade com que pulsa, quase arrebentando minha caixa torácica. Minha garganta totalmente seca e minhas mãos suando. Eu já nem sei mais quem sou!

Sinto meu peito subir e descer pesadamente, quando os braços dele envolvem meu corpo, me aconchegando num abraço cheio de saudades, que eu retribuo, envolvendo a cintura dele e o apertando, aspirando aquele cheiro tão bom, que me acalma e tira a paz, ao mesmo tempo.

- Você é meu? - pergunto, erguendo meu rosto para encará-lo.

- Só seu, pra você fazer o que quiser comigo, minha morena. - a voz baixa e rouca acabou com meu restinho de sanidade.

Socorro, eu nunca nem beijei na boca, meu pai...

Mais populares

Comments

andrea diniz

andrea diniz

Estou amando a forma de escrita, leve e interessante 😍

2024-05-03

5

Christina Lúcia

Christina Lúcia

É, Ju!!! Mais uma história maravilhosa!!!! Vc como sempre arrasando!!!!😍😍😍

2024-04-12

2

Márcia Jungken

Márcia Jungken

Guilherme vai ficar muito feliz em ensinar a Maria Eduarda a beijar 🤣🤣🤣😍😍

2024-04-12

6

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!