Guilherme
Vocês acreditam em amor à primeira vista?
Eu não acreditava e ainda achava que era balela, coisa impossível de acontecer. E aqui estou eu, completamente rendido e de quatro pela minha moreninha linda e brava, e foi desde aquele primeiro olhar...
Um encontro totalmente inusitado, foi o suficiente pra eu sentir algo diferente dentro de mim, um sentimento totalmente novo, que não me deixava dormir direito, tirou meu apetite e acreditem, poucas coisas na vida são capazes de me fazer perder a fome.
Agora, uma semana depois de ter feito o pedido, e ter minha Duda oficialmente como minha namorada, eu estou pronto pra fazer a coisa certa, e podem acreditar em mim, eu não me imaginava tão cedo, em uma joalheria escolhendo alianças de compromisso, mas cá estou eu, e ainda arrastei meu pai pra me ajudar à escolher a mais bonita e que combina com a minha pequena.
- Pai, o que o senhor acha dessas aqui? - mostro um par de alianças um pouco diferente.
- Hum..- meu pai torce a boca, pensativo. - É a sua cara! - ele sorri. - Eu não imaginava te ver escolhendo esses tipos de coisa tão cedo, meu filho. - ele aperta meu ombro. - Mas estou feliz de ter me convidado pra fazer parte desse momento.
- O senhor além de meu pai, sempre foi meu melhor amigo, além disso, me incentivou a não desistir da Duda, então nada mais certo do que tê-lo aqui hoje. - sorrio pra ele. - E se prepare, Sr. Augusto Villar, porque em breve iremos voltar aqui pra escolher as alianças de noivado.
- Nossa, então a coisa é séria dessa vez. - ele me olha surpreso.
- Sim, meu pai. - dou um longo suspiro.- Eu sinto que é ela, e não vou abrir mão da mulher que eu quero pra vida toda. Só que tenho que ir com calma, não enfiar os pés pelas mãos e nem apressar nada. Quero curtir cada etapa do nosso relacionamento e ir aos poucos. A Maria Eduarda, apesar de ser bem madura, ainda é muito novinha, então eu pretendo ir com calma, senão minha morena vai fugir assustada.
- Você me enche de orgulho meu filho. - ele diz, emocionado. - Tenho muito orgulho do homem que se tornou e das atitudes honradas que têm.
- Sou o que sou graças à educação e ensinamentos que o senhor me deu.
Nós nos abraçamos ali, no meio da joalheria. Vergonha? Nenhuma!
Meu pai sempre foi e sempre será meu herói, então eu vou honrar ele sempre que eu puder.
- Estou ansioso para o jantar dessa noite. - meu pai diz, sorrindo. - Já gosto muito da minha norinha mesmo antes de conhecê-la pessoalmente.
- Ela é incrível, pai. A família toda é. O senhor vai gostar muito deles, tenho certeza.
Peço para colocarem as alianças em uma caixinha vermelha e, após pagar, nós saímos da loja direto pra casa.
Hoje é sábado e eu e meu pai convidados minha morena e a família pra jantar. Seremos só nós e é claro, a Célia, que é como se fosse uma mãe pra mim.
E por falar nela, hoje dona Célia passou o dia todo correndo de um lado para o outro, nervosa com os preparativos desse jantar. Perdi a conta de quantas vezes ela já me expulsou da cozinha. E nem me deixou provar a sobremesa.
- Você disse que mousse de maracujá é uma das sobremesas favoritas da sua namorada. Tem certeza disso, Gui? - ela pergunta pela quinta vez.
- Tenho, sim.- respondo. - Calma, Celinha linda do meu coração. - beijo o rosto dela. - Vai dar tudo certo, só relaxa.
- Aí menino, mas uma sobremesa tão simples. Ela não vai estranhar não? - ela questiona, apreensiva.
- Célia, eles são simples, assim como a gente. - falo, tranquilo.
- Não sei não, viu? Eu fiz tudo como você falou, mas até parece que estou fazendo um jantar comum pro dia a dia. Está tudo muito simples, meu menino.
- Fica tranquila que eles vão amar sua comida, assim como eu. - encaro ela por um instante. - E só pra constar, minha sogra arrasa na cozinha, porque comi um bife a parmegiana de lamber os dedos na minha primeira visita na casa deles...
- Saí já daqui, seu moleque! - ela me põe pra correr. - Só me deixou mais nervosa, esse abusado! - ouço ela resmungar e saio sorrindo da cozinha.
Vou direto pro meu quarto e depois de tomar aquele banho e me arrumar todo pra minha gata, escuto a campainha tocar e desço correndo.
Assim que abro a porta, meu coração erra várias batidas e eu fico totalmente sem palavras, ao ver a morena linda à minha frente, com um vestido que...aí meu auto controle, segura essa!
- Boa noite, Dr.Guilherme. - meu sogro me faz desviar o olhar, que estava completamente hipnotizado na filha dele.
- Boa noite, sr. Dutra. - eu o cumprimento com um aperto de mão. - Boa noite, dona Isadora.
- Boa noite, meu filho. - ela sorri pra mim.
- Bem, vamos entrando, fiquem à vontade.
Eles entram e eu seguro a mão da minha morena.
- Você está linda, princesa! - vejo ela ficar toda vermelha. - Não cora assim, isso é golpe baixo, morena. - sussurro próximo à ela, que morde o lábio e desvia o olhar.
- Playboy, assim eu fico sem graça. - ela se encolhe e se aconchega no meu braço.
Sorrio desse jeito tímido dela, que contrasta tanto com o temperamento forte e um tiquinho explosivo.
- Eu estava morrendo de saudades, sabia? - digo, acariciando o rosto dela. - Três dias é muito tempo pra ficar longe sabia?
- Eu sei, também senti muito a sua falta...meu namorado. - vejo aqueles olhinhos brilharem e cara...eu sou muito sortudo mesmo.
- Prometo te compensar, minha namorada. - beijo a testa dela, antes de seguirmos para a sala.
Meu pai já estava conversando com meus sogros e nos juntamos à eles na sala de estar.
Em uma conversa animada, meu pai e meu sogro conversavam sobre futebol, pois ambos são corintianos. Minha sogra e Célia já trocavam figurinhas sobre receitas, dicas de beleza e eu, bom, eu estava muito interessado na bela morena ao meu lado, então nem fiz cerimônia e passei meu braço ao redor de sua cintura, enquanto ela descansava a cabeça no meu ombro.
A noite estava incrível, bebemos um bom vinho, menos a minha morena e minha sogra, que ficaram só no suco de uva mesmo. Jantamos e eu gostei de ver como nossas famílias de deram bem.
Minha sogra era só elogios ao tempero da Célia, o que a fez sorrir largamente, aliviada e satisfeita.
Terminamos o jantar, comemos a sobremesa e enquanto todos conversavam animados na sala novamente, eu roubei minha namorada um pouquinho, e a levei até a área da piscina.
- Pronto, enfim sós. - falei, puxando ela pra mim, envolvendo aquele corpo lindo nos meus braços. - Eu estava louco pra ficar um pouquinho sozinho com você...- sussurrei.
- Ah, é mesmo? E eu posso saber pra quê, meu playboy? - ela faz carinha de desentendida.
- Pra isso...- seguro seu pescoço, deslizando meus dedos naqueles cachos cheirosos e me inclinando, tomando aqueles lábios lindos e macios, num beijo molhado, calmo e delicioso, que aos poucos eu fui pedindo passagem com minha língua e quando ela cedeu, eu explorei cada cantinho daquela boca doce, com gostinho de maracujá e, nossa que beijo delicioso e que boca viciante que essa morena tem.
O corpo dela juntinho ao meu, minhas mãos apertando aquela cintura fina e os dedos dela enroscados nos meus cabelos...era bom demais, e igualmente perigoso, o que se evidenciou quando ela arfou contra minha boca, me fazendo afastar dela lentamente, pra manter minha sanidade.
Nós nos olhamos intensamente, enquanto nossa respiração voltava ao normal.
Segurei a mão da minha morena e a olhei nos olhos.
- Maria Eduarda Dutra, eu já te pedi em namoro, e o seu sim me fez o cara mais feliz do mundo, mas falta um detalhe importante. - pego a caixinha no meu bolso e abro, fazendo os olhos da minha pequena brilharem. - Essas alianças são o símbolo do nosso compromisso e do sentimento que temos um pelo outro. Então, você me aceita na sua vida?
- Claro que aceito, meu lindo. - ela diz, emocionada.
Eu sorrio, aliviado e feliz, depois coloco a aliança no dedo dela e ela faz o mesmo comigo.
- Agora sim, oficialmente minha morena! - falo, puxando ela pra mais um beijo cheio de carinho.
Ouvimos alguém limpar a garganta atrás de nós, o que nos fez afastar um do outro.
- Então...- meu sogro diz, nos encarando. - Alianças? - ele aponta a mão da filha, que sorria, toda feliz.
- Olha pai, é linda não é? - vejo o sorriso no rosto do meu sogro ao ver a felicidade da filha.
- É bonita sim, meu anjo. - ele me encara. - Bela atitude, meu genro. - dessa vez eu que o encaro.
- Genro? - falo, surpreso.
- Acho que essa aliança de vocês significa um compromisso, estou certo?
- Sim, com certeza...- fico meio sem jeito. - Sogro.
Ele sorri e me dá um forte abraço, e realmente, ele é um cara enorme.
- Bem vindo à nossa família, meu rapaz. Agora oficialmente. - ele diz, amigável. - Mas o que eu disse continua de pé. Espero que não faça minha filha sofrer, entendeu?
- Pode ficar tranquilo, meu sogro. Vou respeitar e fazer sua filha muito feliz, porque a minha morena é muito importante pra mim, e tenho planos de passar a vida toda ao lado dela.
- A vida toda? - ele ergue a sobrancelha. - Bom, isso adoça os ouvidos de um pai. Então eu e minha Isa ganhamos um filho a partir de agora. - ele sorri.
- E eu ganhei uma filha linda e simpática! - meu pai diz, se juntando a nós.
- Mãe, Dona Célia, olhem que linda! - minha morena mostra a aliança, toda sorridente.
- Nossa, que bambolê mais lindo! - minha sogra fala, divertida. - Estou brincando! Mas é muito linda, minha filha. Deixa eu dar um abraço nos meu casal mais fofo!
Dona Isadora nos abraça, e a vejo chorar, assim como minha morena e a Célia também. A mulherada estava toda emotiva e eu sou o homem mais feliz do mundo por ter a minha morena enfim como minha namorada!
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Márcia Jungken
Augusto tem mesmo que ter orgulho do Guilherme ser esse homem de caráter e respeito, já que teve um exemplo para seguir 👏👏👏
2024-04-12
13
Josanice Barbosa Vanderlei
Fiquei feliz que os pais aceitaram,e não vai demorar muito o Guilherme marca o noivado 🤔🤔🤔🤔🤭🤭🤭🤭
2024-05-01
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Márcia Jungken
só um tiquinho 🤣🤣🤣🤣🤣
2024-04-12
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