Capítulo 13

Continuamos abraçados, aconchegados um no outro. Era como se o tempo tivesse parado, só pra nós naquele momento.

- Eu senti tanta saudade, Gui...- admiti, com o rosto encostado em seu peito, sentindo seus dedos afagando meus cabelos lentamente.

Senti o peito dele reverberar sob meu rosto, com a risada gostosa que ele deu.

- E eu estou amando ouvir você me chamar assim. - ele me apertou ainda mais. - Você não faz ideia do quanto eu esperei por esse abraço, minha morena.

Ouvir ele me chamar de minha morena aquecia meu peito.

- Eu ainda sou sua morena? - perguntei, fazendo carinho no peito dele.

- Se você quiser, eu vou ser o homem mais feliz desse planeta. - ele segura meu queixo, me fazendo olhar em seus olhos. - Mas antes, nós precisamos conversar, e você sabe disso.

- Eu sei..

Ele segura minha mão e entrelaça nossos dedos.

- Vem! - meu playboy sai da sala, me levando com ele.

Saímos andando de mãos dadas pelos corredores, atraindo alguns olhares. Eu vejo Guilherme assumir uma postura toda orgulhosa ao passar o braço ao redor do meu ombro e continuar caminhando comigo, até o estacionamento do hospital.

Ok, eu senti meu rosto corar quando tantas pessoas nos encaravam com expressões surpresas em seus rostos. Mas o pior, ou o melhor, foi sentir o corpo do Gui, colado ao meu, me prendendo contra a porta do próprio carro e me olhando com tamanha intensidade.

- Esse rostinho corado é vergonha? - ele passa a língua nos próprio lábios, me fazendo desviar o olhar para aquela parte e engolir em seco. - Ou nervosismo por estar tão perto assim de mim?

- As...as du..duas coisas...- gaguejo.

Ele se inclina e passa o nariz no meu, lentamente, como se estivesse brincando.

- Eu estou louco pra te beijar, sabia? - ele sussurra. - Mas eu preciso saber se você também quer?

Eu sinto meu corpo ficar tenso. Como dizer ao homem que mexe tanto comigo, que eu nunca beijei ninguém na vida?!

Ele desliza as mãos grandes pelo meu pescoço, até segurar meu rosto entre elas, roçando o polegar nas minhas bochechas, num carinho preguiçoso e calmo, sem desviar os olhos dos meus, à centímetros de distância dos meus lábios.

- Você quer que eu beije você, minha morena? - ele pergunta, olhando nos meus olhos, parecendo ver até meus pensamentos mais íntimos. - Mas eu preciso que você saiba, que se eu te beijar...- ele sopra o ar contra meus lábios, fazendo meu corpo estremecer, com o calor do hálito com cheiro de menta.e isso faz o canto de seu lábio se erguer num pequeno sorriso. - Se eu beijar você agora, eu não vou mais te deixar ir. Eu não vou conseguir ficar longe nem mais um dia. Eu vou te roubar pra mim, te guardar no meu coração e te querer do meu lado sempre. Eu vou te querer como minha namorada e você vai ser a única na minha vida e eu vou ser o único homem a te beijar de hoje em diante, então eu vou perguntar de novo...Maria Eduarda, minha morena linda que mexeu com a minha cabeça e conquistou meu coração completamente,...eu posso te beijar?

Eu estava completamente envolvida por ele, entregue àqueles olhos verdes, àquelas sensações deliciosas e desconcertantes que aquela proximidade me causavam, então, eu só assenti em concordância, mesmo que minha mente gritasse: sua louca, você nunca beijou ninguém na vida!

Mas que se dane a minha mente e seus avisos.Eu só queria sentir como era ser beijada pelo meu playboy!

- Me beija, meu playboy! - eu sussurrei, apertando o tecido da camisa dele entre meus dedos, com a respiração ofegante pela expectativa desse momento tão esperado.

E foi tão lindo, quando ele colou os lábios nos meus, ainda segurando meu rosto tão cuidadosamente. Os lábios dele deslizaram lentamente sobre os meus, parecendo me mostrar como fazer. Então eu segui seus movimentos, ainda receosa. Mas foi automático, e muito mais fácil do que imaginei ser, mas infinitamente melhor.

Nossos lábios deslizando um no outro, e eu senti a língua dele pedindo passagem e entreabri os lábios, sentindo aquela língua quente buscando e envolvendo a minha, sugando levemente, fazendo meu corpo responder e meus braços envolverem seu pescoço, enquanto uma de suas mãos pousaram em minha cintura, apertando devagar e me prendendo mais ainda à ele, me permitindo sentir seus músculos contra meu colo.

Guilherme me apertou ainda mais, quando meus dedos se enroscaram em seus cabelos macios e fartos, e eu senti seus dedos deslizando em minha nuca, segurando meus cachos com firmeza, mas sem machucar. Nossas línguas se enroscando, nossos corpos grudados e corações batendo no mesmo ritmo. Eu só sentia minhas pernas moles feito gelatina, mil borboletas em um turbilhão em meu estômago e meu coração transbordando de tantos sentimentos juntos.

Quando nos faltou o ar, nós nos separamos, ofegantes.

Meu playboy encostou a testa na minha, deslizando o nariz no meu, lentamente, e eu acho que posso facilmente me acostumar com isso, com esses pequenos gestos de carinho.

- Gui...- falei ainda ofegante.

- Eu sei...- ele me olhou e sorriu, carinhoso. - E eu estou muito, muito feliz que fui eu a te dar o seu primeiro beijo, minha morena.

Mordi o lábio, envergonhada. Deve ter sido tão ruim que ele logo percebeu. Baixei o olhar, meio triste.

- Não pense nem por um segundo nisso! - ele ergueu meu rosto, me puxando pra mais um beijo, dessa vez bem rápido. - Foi o melhor beijo da minha vida e eu espero, de verdade, que tenha sido tão bom pra você quanto foi pra mim. Porém..- ele respirou fundo. - Se eu soubesse antes, teria feito diferente, teria te levado pra um lugar romântico e não aqui, num estacionamento. Eu...eu teria te dado o primeiro beijo perfeito...

Eu vi receio naquele olhar, mas porquê? Eu que tenho motivos pra estar receosa e envergonhada.

- Foi perfeito! - eu disse, e o vi sorrir, parecendo aliviado. - Valeu a pena esperar e só entregar meu primeiro beijo ao playboy por quem eu me apaixonei desde o primeiro dia.

Senti meus olhos marejarem e vi o carinho no olhar e expressões do Guilherme.

- Ah, minha morena! - ele me abraçou apertado, respirando fundo. - Você não tem noção do quanto me faz feliz ouvir isso. - ele me afasta, somente o suficiente pra me olhar nos olhos.- Porque eu também estou completa e perdidamente apaixonado por você!

Nós nos beijamos de novo, dessa vez mais intenso, mais profundo e muito mais gostoso.

Nos separamos novamente por falta de ar...mas que droga isso.

- É, eu sei...- ele sorriu. - Mas eu vou ter muito tempo pra te beijar e matar essa vontade que parece não ter fim. - ele mordeu meu lábio de leve.- E essa boca é tão deliciosa que eu acredito que não vou conseguir me segurar...- nós dois respiramos fundo. - Mas agora, nós precisamos ir. Eu tenho que te deixar em casa.

- Não precisa. Eu posso ir de ônibus ou de Uber.- falei, segurando sua mão.

- Nem pensar! - ele falo, sério. - Nunca que eu ia te deixar ir pra casa sozinha. - ele ergueu a sobrancelha. - Você veio aqui, pra visitar a Clara, mas só me procurou porque descobriu que eu trabalho aqui? - ele me olha, receoso. -Você não ia me procurar? Foi coincidência? - ele pareceu triste.

- Claro que não, Guilherme! - eu o abracei de novo. - Eu tinha te ligado antes, porque eu queria te ver, mas seu telefone estava desligado.

- Caramba! Eu desligo quando estou em cirurgia..- ele sorri e me dá um selinho.- Então você queria me ver, é?

- Deixa de ser convencido, playboy! - falo, cruzando os braços. - E eu fiquei passando frio por sua causa.- fiz bico.

- Oh, minha pequena! - ele sorriu e abriu a porta do carro pra mim. - Prometo de dar muitos abraços quentinhos como recompensa.

- Olha só, abraços quentinhos? - estreito os olhos. - Então você também curte Froozen? - ri abertamente.

- Curtir é um pouco de exagero, mas já assisti. - ele dá de ombros. - Mas eu curto mesmo é essa sua boca gostosa. - ele encara meus lábios como se fosse devorá-los, me fazendo entrar no carro e sentar no banco rapidinho.

- Foge, pode fugir...- ele morde o próprio lábio e dá a volta, entrando e sentando no banco do motorista, e antes de se inclinar e prender meu cinto de segurança ele diz. - Mas foge pro braços do papai aqui...- ele me dá um selinho demorado, depois sopra o ar no meu pescoço, me causando arrepios.- Tão sensível essa minha novinha!

- Guilherme...- eu falo, me encolhendo. - Você sabe que eu não...eu não vou...

- Ei, olha pra mim. - eu o encaro, ainda encolhida. - Eu sei muito bem que a gente vai com calma. E eu nunca irei te forçar ou tentar nada se você não estiver pronta e confortável pra isso. Além disso, mocinha.- ele toca meu nariz, carinhosamente. - Eu sou um homem, e você meu bem, ainda é uma menina, então eu sei muito bem até onde posso ir e o que posso ou não fazer. - ele faz uma pausa. - Quantos anos você tem, morena?

- 17..porque?

- E falta muito pra fazer 18?

- Dois meses. - respondo. - Mas isso faz diferença?

- Sim, isso faz diferença. Porque eu preciso garantir aos seus pais que serei paciente e não tocarei em você de forma mais íntima até você completar maior idade e estiver pronta pra isso.

Eu sinto meu rosto esquentar novamente.

- E se eu não estiver pronta quando ficar de maior?

Ele apenas sorri e beija minha mão, depois se ajeita e liga o carro, antes de respirar fundo.

- E quem disse que eu tenho pressa? - ele dá de ombros. - Eu sei ser paciente, morena. E não vou ter problemas em esperar pelo que será meu pra sempre, por isso, pra quê a pressa?

- Pra..pra sempre?! - eu falo, surpresa.

- Eu te disse, que se me beijasse eu ia te prender no meu coração. - ele sai do estacionamento e pega a estrada. - Então, não tem mais volta, morena, você é minha! - ele sorri. - Agora põe seu endereço no GPS e liga pra sua mãe avisando que tem mais uma pessoa pra jantar.

- Jantar? - pergunto, ainda mais surpresa.

- Claro! Você pensou o quê? - ele desvia o olhar da estrada e me encara por alguns segundos. - Eu quero fazer as coisas direito, então preciso pedir a sua mão em namoro. E pra quê perder tempo, se eu sei exatamente o que eu quero e com quem eu quero!

Ele dá uma piscadinha pra mim, segurando minha mão e entrelaçando nossos dedos.

Tem como ser mais príncipe?? Suspiro, apaixonada.

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*Olá minhas meninas!

Espero que estejam gostando desse romance, que pra mim, está sendo delicioso de escrever.

Acho que já deu pra perceber que agora teremos muuuuito romance por aqui. Sim, eu descobri meu perfil de escrita, mas isso não quer dizer que não vou escrever sobre outras coisas, possivelmente sim, mas o amor sempre será abordado.

E antes que alguém reclame: Mas pra quê um capítulo tão grande só pra um beijo? Pra que tanta enrolação?

Gente, eu quero que vocês vivam, de verdade, a experiência com as sensações e sentimentos de cada etapa, e pra mim., o beijo é sim muito importante e deve ser tratado como algo especial, assim como o contato íntimo do casal.

E no caso da Maria Eduarda, foi o primeiro beijo dela, com o playboy por quem ela está se apaixonando e descobrindo os sentimentos. E fala sério? Quem aí não lembra do primeiro beijo? Tenha ele sido bom ou ruim, de alguma forma nos deixa lembranças, né!?

E sobre os protagonistas masculinos serem tão intensos e rápidos? Sim, eles são! Eles se apaixonam, querem pra si e já deixam claro suas intenções. Porém não são abusivos, eles são extremamente protetores, cuidados e românticos com sua amadas, e isso minha lindas, vocês verão muito por aqui.

Nas minhas histórias, teremos homens apaixonados, às vezes cabeça dura e até cretinos, arrogantes, mandões, frios e cafajestes, mas isso só até encontrar a sua metade da laranja, aí minhas caras, todos viram gatinhos dóceis e muito carinhosos.

É isso, eu só queria deixar claro como será daqui por diante, e espero que continuem comigo, vivendo e lendo o amor em suas mais diversas formas.

Bj da Ju e muito obrigada pelo apoio de vocês. 😘😘😘*

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