Marija fica assustada, mas depois que o susto passa, ela percebe que ele estava a abraçando. Ela sente os músculos de peito encostando em seu rosto e fica vermelha de vergonha.
— Eca! Sai, maledetto! — grita, o empurrando e Vicenzo sorri. Era engraçado quando ela tentava repetir as suas expressões em italiano.
Marija começa a limpar o rosto e continua:
— Quem te deu permissão de esfregar esse peito suado na minha cara?
Vicenzo tira a camiseta, exibindo todo os seu físico escupido e limpa o suor do rosto.
— Você anda muito nervosa, piccolina. Talvez se esfregar no meu peito te faça bem. — ele mexe os músculos do peito e continua — Está vendo? Pura testosterona!
— Pura bomba, isso sim!
Vicenzo sorri e se aproxima dela.
— Não preciso de bomba, posso aguentar horas de execícios físicos.
Ele chega bem perto, fazendo-a quebrar o pescoço para olha-lo.
— O parquinho está aberto, ragazza. Pode brincar no cavalinho sempre que quiser.
Ela fica desnorteada e ele dá um sorriso safado e a deixa sozinha no quintal.
Marija demora um tempo para se recuperar, e após perceber que se deixou afetar por ele, corre para dentro, nervosa.
— Ô Italiano, você já pode ir embora daqui! Não quero te ver mais!
— Onde está seu papa? — Vicenzo pergunta, ignorando os gritos dela.
— Papa? Você quer dizer pai? Como sabe do meu pai?
Ela pergunta confusa, pois não tinha conversado com ele sobre o seu pai e este era muito reservado, por isso não havia nenhuma foto dele pela casa.
As únicas coisas que haviam eram os seus pertences, os quais ela pensava que podia revelar que já houve uma presença masculina ali, mas não exatamente que pertenciam ao seu pai.
— Isso mesmo. Tudo nesse lugar diz que você não mora sozinha, piccolina.
— Não te interessa! — ele cruza os braços e levanta o nariz.
Vicenzo sorri, e se aproxima, com um olhar provocante.
— Então não vamos ser interrompidos por ninguém chegando na hora errada, é isso?
— Só se for bem na hora que eu estiver estrangulando você!
—- Hummm… — ele sorri de lado e leva a mão até o pescoço dela, pega firme, sem apertar muito e a puxa, fazendo-a encarar aqueles olhos sedutores — Na hora, quando estiver com muito prazer, talvez queira me enforcar ou até me bater. Me pedindo para te dar uma trégua, mas quer saber? — ele a puxa mais, pelo pescoço, fazendo o seu rosto ficar bem próximo ao dele — Eu não vou parar, vou socar mais forte ainda.
Marija sente suas pernas bambearem e ficar difícil de respirar. Vicenzo a solta, satisfeito com o efeito que estava provocando nela.
Após, continua:
— Não vai me dizer onde está seu papa?
Marika fica com raiva, por ficar tão mexida, quando ele a provoca, e grita, se recuperando:
— Vocês, porcos russos! Vocês mataram ele! Por isso eu odeio os russos e odeio você!
Após ela se vira e corre para as escadas, deixando Vicenzo pensativo.
Talvez, em outra época, ele teria se aproveitado do fato de Marija ficar tão afetada com o seu charme, mas ele estava se divertindo mais a provocando. Ele estava gostando de vê-la dando os seus ataques de raiva.
Ela era bravinha e se parecia muito com o jeito durão da sua mama. A diferença é que Victoria sabia bem se defender, mas Marija aparentemente não tinha habilidades, só tinha um coração forte e determinado.
Ele pensou que sim, que ele deveria ficar e a proteger, até que ela pudesse estar segura em algum lugar.
Ele olhou para a cozinha e viu leite fresco retirado da vaca e teve uma ideia.
Marija estava no quarto, dobrando suas roupas do guarda-roupas só para ganhar tempo e não sair de lá agora. Porém, de repente ela sentiu um cheiro, invadindo a casa. Ficou curiosa e desceu as escadas para ver.
O cheiro estava muito bom e era diferente do que já tinha sentido. Chegando na cozinha, encontrou Vicenzo vestindo o seu avental que ficava minúsculo nele. Ele estava preparando alguma coisa no fogão e se virou para olhá-la.
— O cheiro está bom, né ragazza? — ele diz, presunçosamente.
Ela resolve não responder, para não dar créditos a ele e apenas diz:
— O que é isso?!
— Isso aqui é um prato chamado Strogonoff. Tem um nome Russo, mas essa versão é brasileira. A minha mãe gostava de fazer para mim e eu acabei aprendendo.
— Versão brasileira? Você é Italiano, no exército Russo e sabe fazer pratos brasileiros? Isso é muito aleatório, não?
— A minha história é um pouco aleatória. — ele pisca e continua a mexer na panela — É aleatório como nos encontramos também. Acho que é por isso que resolvi cozinhar isso para você. Enfim, vamos comer e conversar sério. A questão é que nós precisamos ir embora daqui, ragazza.
Marija percebe que a expressão dele era diferente de poucos momentos atrás, ele não parecia estar brincando lhe fazendo sentir um frio na barriga na hora.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Cida Lima
eles vão embora eu tô com pena dos animais tadinhos
2025-03-07
0
Vilma Decanini
Adoro essa picolina desbocada.kkkkkk
2025-03-28
0
Maria Pinheiro
Ela agora tem que entender que está sozinha ele está disposto a lhe dar proteção então não te que ter orgulho tem que aceitar .
2024-11-15
1