20 - A Frieza de um Mafioso

Vicenzo acordou, ouvindo um barulho de motor.

Juntou as sobrancelhas e saiu com cuidado de trás de Marija, para não acordá-la.

Ele pegou a pistola em punho e foi com cuidado até a porta da loja de conveniência.

Apontou a arma para a fora da porta e só após saiu.

Ele foi caminhando lentamente, ainda com a arma em punho, investigando o local, sabia que não estavam sozinhos ali.

Foi se aproximando da caminhonete e sentou um cheiro forte de gasolina.

Naquele momento teve certeza sobre o que estava acontecendo.

Ele correu e encontrou um homem agachado, roubando a gasolina da caminhonete.

— Mãos pra cima, maledetto! — ele grita — Não se mexa figlio de putanas! — ele se mostra agressivo apontando a arma e o homem coloca a mão acima da cabeça.

Nesse momento, Vicenzo dá um chute nele, fazendo-o cair no chão.

— Deite de costas e continue com a mão na cabeça, bastardo!

Após o homem o obedecer ele se abaixa e começa a examinar seus bolsos.

Nesse momento, alguém chega por trás e começa a enforcar Vicenzo com uma corda.

Por impulso ele dispara a arma matando o homem que estava deitado no chão.

— Giovane! — o homem que estava o enforcando grita, ao ver o amigo com os miolos espalhados pelo chão.

Ele aperta mais a corda no pescoço de Vicenzo.

Com o aperto, Vicenzo acaba soltando a arma e o homem tenta pegar. Só que nesse momento ele afrouxou o aperto e Vicenzo reagiu o derrubando.

Marija estava dormindo quando ouviu o disparo e gritos.

Ela levantou de supetão, se vestiu e saiu da lojinha

Ela viu o homem enforcando Vicenzo else desesperou.

Ela correu em direção a eles, e chegou lá quando Vicenzo derrubou o atacante.

— Solta ele! Solta o meu puttano!

Vicenzo poderia ter acabado com aquela briga em um instante, mas quando Marija apareceu ele facilitou para o cara, só para vê-la o defendendo.

Ela começou a chutar o homem, gritando, enquanto Vicenzo imobilizou os braços dele, para ele não reagir contra ela.

— Maledetto! Filho da püta! Solta o meu puttano! — ela continua a gritar e a chutar o homem.

Até que Vicenzo se cansa da brincadeira e em um movimento, dá um mata leão no homem e quebra o seu o seu pescoço.

Ele se levanta sorrindo, só que Marija não sorria mais.

Ela o viu quebrando o pescoço de um homem com o braço e viu o cadáver do outro com os miolos estourados.

Era uma cena impressionante para uma pessoa comum, mas Vicenzo sorria, agindo normalmente e olhando para ela.

Após limpar os respingos de sangue de sua mão em sua camisa, ele pega a pistola, coloca na parte de trás da calça, vai até Marija, a pega no colo, lhe dando um beijo na boca.

— Você me salvou piccolina, deu uma lição nele!

— Pu… Pu… puttano, mas…

Ela diz, enquanto é carregada de volta para dentro da loja.

— Puttano, aqueles homens… eles…

— Eles já estão dando um abraço no capeta, piccolina. Vamos comemorar, agora não precisamos mais caminhar a pé, temos um novo carro!

Vicenzo estava feliz, pois agora eles podiam pegar o carro dos ladrões de gasolina.

— Eles vão ficar ali… — ela diz, assombrada por ele ter deixado os corpos deles no chão e nem teve a preocupação de escondê-los.

— Serão os nossos seguranças, hum? Duvido alguém querer nos roubar com aqueles dois ali.

Ele fala com uma naturalidade incomum a Marija. Mesmo soldados em guerra, não demonstram tanta frieza assim com a morte.

— Puttano…

Ele cala os seus lábios com um beijo e morde o seu lábio inferior, puxando.

— Piccolina, essa adrenalina toda me deixou com muito tesão.