CAPÍTULO 14 - Me desculpe Liz

O final de semana passou é nada aconteceu entre Liz e Raul, ele até desistiu de ficar na casa da mãe, mas no domingo ele levou as crianças embora. Eles não queriam ir, mas ele não foi trabalhar e pôde ficar com eles a noite. Os três dormiram juntos e não houve reclamações por ele não os deixar ficar com Liz, como haviam pedido.

Na semana seguinte seria o aniversário de Liz de 26 anos, combinou com a irmã de irem almoçar no restauram de Raul, ela queria que Betina e Pedro estivessem na comemoração, por isso optou por um almoço.

Glória avisou a Raul sobre a reserva que Liz havia feito no restaurante para o aniversário dela. Ele decidiu estar no horário do almoço, geralmente nunca estava, mas era uma data especial.

Ele permitiu que as crianças fossem, já que Glória estaria junto.

Quando todos chegam Raul percebe que o namorado não se sentou ao lado dela, ao invés disso, ela ficou cercada de crianças. Além de Pedro e Betina tinham mais 3 meninas e uma delas se parecia com Liz.

— Fico feliz por ter vindo comemorar o seu aniversário aqui no restaurante, espero que esteja tudo conforme o seu agrado.

— Oi Raul, obrigada por nos reservar um espaço tão bom, esta tudo maravilhoso. Sei que está trabalhando, mas se puder se sentar um pouco com a gente ficarei feliz.

— Quer dizer que você é o filho de Glória, o poiseidon.

— Davi, não começa.

— Não entendi...

— Não precisa entender Raul, meu marido é assim mesmo, fala demais. Prazer, eu sou Beth, irmã de Liz. — Beth sorri para Raul — Esse é o meu marido Davi e essas pequenas são nossas filhas.

— Muito Prazer, estejam a vontade.

Raul se afasta e os deixa aproveitar o momento, ele decide não se juntar a eles, mas antes que acabe a comemoração o restaurante oferece um bolo de aniversário, fazendo todos cantarem parabéns pra você.

— Quem preparou essa surpresa? — Pergunta Liz, saboreando uma fatia do bolo que estava delicioso.

— Raul. Eu apenas disse a ele que a reserva era para o seu aniversário — Glória explica.

Liz se sentiu muito feliz por ele ter lhe feito essa surpresa, desde o dia que ele a rejeitou por duas vezes ela ficou chateada com ele, mas esse gesto aqueceu o seu coração. Antes de irem embora, ela o procura.

— Queria agradecer pelo bolo, estava uma delícia — Ela sorri — E pelo desconto na conta também, não precisava.

— Eu nem ia cobrar, seria um presente de aniversário

— Mas é o seu trabalho e não é justo. Não somos nem amigos — Eles se encaram sem desviarem os olhos.

— Venha comigo — Liz o segue até um escritório, era espaçoso e bem organizado. Ele abre uma gaveta e pega uma caixinha.

— Feliz aniversário! — Raul lhe entrega a caixa onde estava uma corrente de ouro com um pingente de sol.

— Não posso aceitar — Ela o achou lindo — Não é desfeita, eu achei lindo, mas eu não posso aceitar.

— Porquê não? Podemos ser amigos — Ele queria ser muito mais que isso, mas não podia arriscar.

— Se eu te pedisse outra coisa? Você me daria como amigo?

— O que você quer?

Liz se encosta nele, e pode sentir a rigidez dos seus músculos, ela acaricia o seu rosto com as pontas dos dedos, e levanta o rosto com os lábios entreabertos, era tudo o que ela queria, ser beijada por ele.

— Tem certeza? Não posso te prometer nada.

— É só isso que eu quero, não preciso de promessas, pois eu também não sou capaz de fazê-las.

Raul a abraça e quando os seus lábios estavam próximos

Toc.toc.toc, alguém bate à porta. Raul a afasta imediatamente e antes que ele mande entrar a porta se abre e Helena surge na frente deles. Liz abaixa a cabeça arrependida de ter mais uma vez se oferecido, ela sai sem olhar para traz, Raul pensa em ir atrás, mas acredita que tenha sido melhor Helena ter aparecido.

— O que faz aqui Helena?

— Você deixou de atender aos meus telefonemas, e eu precisava te ver, estou com muita saudade.

— Não tenho porque atender aos seus telefonemas, já que conheço cada frase que irá falar.

— Quem é essa que saiu daqui agora?

— Ninguém importante.

— Você está tendo um caso com outra mulher?

— Vamos! Eu preciso fechar o escritório.

— Vamos aproveitar que estamos aqui, vamos relembrar os velhos tempos.

Raul não responde, vendo Helena se aproximar e levantar os braços para abraçá-lo. Ele segura as mãos dela e a afasta, ele lança um olhar para ela de desprezo e não há necessidade de palavras. Helena sai do escritório e por ele não lhe dar mais confiança ela vai embora frustrada.

Liz sai do escritório espumando de raiva, como ela foi idiota, desde quando ela corre atrás de homem, ela pensa revoltada consigo mesma. Ela segue até a mesa onde os outros estavam esperando para irem embora.

— Vamos?

— Onde você estava? Porque está tão vermelha?

— Eu fui agradecer a Raul pelo bolo e me deparei com Helena que parece ter ficado com ciúmes, mesmo sem motivos, é claro.

Beth olha para a irmã e sabe que ela está se segurando, pelo que parecesse Liz havia se apaixonado pelo poiseidon e ainda não havia se dado conta disso, só esperava que ela não sofresse já que além de Raul ser apaixonado pela falecida esposa, ainda existia Helena na vida dele.

— Tia Liz, me leva no colo?

— Claro meu amor. Vem que a tia Liz vai te levar. Acho que você está com sono. – Pedro deita a cabeça no ombro de Liz, e quando é colocado na cadeirinha logo fecha os olhos para dormir.

Todos seguiram para o apartamento de Liz e ali eles ficaram até tarde conversando e rindo. As crianças logo fizeram amizade e brincavam descontraídas.

Já era umas dez da noite quando a campainha toca, Liz estranhou, pensa ser Glória, mas ela havia acabado de sair de lá após colocar as crianças na cama e lhes contar uma história.

Quando ela abre a porta não consegue acreditar em quem está a sua porta.

— O que faz aqui?— Pergunta irritada.

— Vim trazer o seu presente.

— Já disse que não posso aceitar — Raul entra e se encosta  na porta a olhando.

— Eu estava falando desse presente.

Liz não tem tempo nem de reagir, ela sente o seu corpo se enlaçado por braços fortes, e a sua boca ser esmagada por lábios  famintos. Ela sente os seus lábios sendo sugados e não consegue resistir, ela o abraça e corresponde ao beijo com a mesma intensidade. Liz fica na ponta dos pés e Raul a abraça apertado com os dois braços a fazendo arfar de desejo. Raul a conduz ainda a beijando até o sofá, colocando ela em seu colo com as pernas abertas em volta de seu corpo. Ele beija o seu pescoço, enquanto abre a sua blusa do pijama.

— Eu quero ser sua — Liz sussurra entre gemidos ao sentir o seu mamilo entre os dedos ágeis de Raul. — Que gostoso.

Eles voltam a se beijar e Raul apenas brinca com aqueles seios, louco para os devorar.  Liz geme sem pudor, o fazendo ir a loucura, ele pretendia apenas beijá-la, não era a sua intenção levá-la para cama, mas o desejo por ela era maior que ele.  Raul para de beijar a sua boca e continua acariciando os seios dela, Liz se esfrega em seu colo, sentindo o seu mastro rígido, ainda oculto sob as calças. Ela sorri para ele enquanto morde os lábios. Sua blusa está aberta, os seus seios descobertos e ele os acariciado com as mãos, apertando os seus mamilos as vezes a fazendo gemer o olhando nos olhos. Ela não é tímida é ousada, é fogoso, é safada, é gostosa, isso faz ele pensar em Cecília, que jamais teria coragem de agir assim. Esse pensamento é como um balde de água fria, ainda era capaz de ver a imagem delicada de Cecília quando faziam amor.

Raul abraça Liz, fazendo ela perceber que algo aconteceu.

— Me desculpe Liz, mas eu não posso.

— Raul...

Raul a afasta e sai do seu apartamento, ele decide ficar no apartamento da mãe, não sabe o que fazer em relação ao que está sentindo. Sua cabeça está confusa e ele se sente perdido, ele a queria, mas não apenas por uma noite, queria por uma vida. Se sente mal por pensar em se relacionar com sentimentos com outra pessoa, sente raiva de si mesmo por ter se deixado levar pela atração que sente por Liz. Ela era muito diferente de Cecília e além disse Liz tinha um namorado e não era certo se envolver com uma pessoa comprometida.

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