Na manhã seguinte Raul resolveu visitar a mãe, ele arruma as coisas dos filhos e até algumas peças de roupas dele ele coloca na bolsa, talvez fique na casa da mãe, quem sabe? Quando eles saem do elevador, ele se depara com o tal que saiu abraçado a Liz, ele o olha com um olhar mortal por acreditar que eles dormiram juntos, e essa certeza o deixou com com muita raiva.
Eles apenas se cumprimentam com um bom dia, Sandro aproveita o elevador para descer enquanto Raul segue para o apartamento da mãe. As crianças logo pedem para ir no apartamento de Liz, mas Raul não deixa, alegando ser cedo.
— Não faça isso filho, eles estão com saudade de Liz — Glória comenta, sem concordar com a atitude do filho. Ela continua arrumando a mesa para o café da manhã.
— Ainda é cedo para eles irem para a casa dos outros. Além do mais, eu os trouxe para ficar com a senhora e não com ela.
— Fico feliz por ter os trazidos, nunca ficaram tanto tempo sem virem aqui.
— Eu estava muito ocupado, trabalhando muito.
— Foi isso que eu disse a Liz.
— Ela perguntou por mim? — Glória não podia mentir, mas ela sabia que Liz queria saber dele.
— Não com palavras.
— Não inventa mamãe. Ela tem namorado, a senhora sabia?
— Que eu saiba ela está sozinha, quem te disse que ela tem namorado?
Raul olha para as crianças, eles não sabiam que o homem que encontraram no corredor havia saído do apartamento de Liz.
— Eu os vi ontem no restaurante.
— Por isso encontrou tempo para vir aqui hoje? — Glória pergunta rindo.
— Não exagere mamãe. Eu não tenho motivos de me preocupar se a sua vizinha tem ou não namorado.
— Papai, você podia namorar a tia Liz, melhor do que aquela bruxa — Betina fala inocente.
— Filha, não chame Helena assim — Raul prefere deixar elas acreditando que ele ainda está com Helena.
— Ela é uma cobra peçonhenta.
— Mamãe, olhe as crianças.
— Esquece o que acabaram de ouvir crianças — Glória sabe que agiu errado ao falar daquela forma na frente dos netos.
Eles estavam tomando café quando a campainha toca. Raul se oferece para atender e ao abrir a porta se depara com Liz que estava sorrindo, mas ao vê-lo o sorriso se apaga e ela torce a cara.
— Bom Dia!
— Bom Dia, Liz.— Eles não conseguem desviar os olhos um do outro, Liz queria tanto ter coragem de tentar conquistá-lo, mas ela não podia fazer isso, além disso existia a megera.
— Vai me deixar na porta? — Pergunta cruzando os braços.
Liz estava vestida com um short Jeans cintura alta e uma t-shirt azul clara, calçava um chinelo de borracha e usava os cabelos presos em um coque frouxo.
— Entre! — Raul consegue falar depois de se controlar da vontade de puxá-la para si, mas ele não podia esquecer que ela tinha namorado.
— Tia Liz... — As crianças logo correm para ela, recebendo carinho e muitos beijos.
— Saudade de vocês meus amores — Ela os agarra e Raul consegue ouvir a risada infantil de Pedro, que sempre se sentia a vontade com ela. — Você está cada dia maior, rapazinho.
— Tia Liz, conta história porquinho?
— Tia Liz, dorme com a gente hoje?
— Deixe a Liz entrar crianças. Pedro você está pesado para ficar no colo.
— Tia Liz não diz isso...
— Vocês estavam tomando café, então vão terminar o café da manhã de vocês — Raul insiste em descer Pedro do colo de Liz.
— Bom Dia, Liz — Glória a cumprimenta ainda sentada a mesa — Venha tomar café.
— Eu já tomei, mas vou comer um pedaço desse bolo de chocolate — Raul continua em pé próximo a porta.— Hallo!!! Eu já entrei, vai ficar de guarda na porta?
Raul a olha com os olhos semicerrados, ele estava pensando no namorado dela.
— Pensei que já estivesse de saída.
— Não se preocupe quando eu quiser ir embora eu sei o caminho.
— Raul, venha acabar de tomar o seu café.
— Perdi a fome...
— Hum... nem uma fominha você está? — Liz se aproxima dele e o provoca — Comer é tão bom.
'Ela está me provocando' Raul pensa.
— Gosto de comer onde só eu como. — Ele também provoca.
— Papai, é por isso que o senhor nos deu os nossos pratinhos. Só agente come nele — Betina acredita ter entendido a conversa dos dois, fazendo Liz ri.
– Sim Betina, você está certa. Mas eu gosto de mesa cheia, é mais divertido.— Liz responde por ele.
— Vem papai, vamos tomar café com a tia Liz.
Raul volta a se sentar e Liz o provoca o tempo todo, Glória percebe a química entre os dois e decide dar uma mãozinha, os deixando sozinhos por um tempo.
— Vamos Betina e Pedro lá embaixo, levar um pedaço de bolo para o porteiro.
— Deixe que eu vou mamãe.
— Fique com Liz...
— Está com medo de mim? — Liz pergunta lambendo o dedo que sujou de geleia.
'Estou com medo do que eu possa querer fazer com você' Ele a olha enquanto ela chupa o dedo depois de lamber.
Eles nem vê Glória sair com as crianças.
— O que pensa que está fazendo?
— Como assim? — Liz pergunta inocente.
— Está tentando me seduzir?
— Eu? Porquê diz isso?
— Pare de me provocar, se eu te agarrar vai dizer que foi assédio.
— Não vou dizer isso...
— Quer que eu te agarre? — Ele puxa a cadeira onde ela está sentada para perto dele. — É isso o que quer?
— Eu não disse isso — Liz pode não ter dito, mas era tudo o que ela mais queria.
— Tudo bem, me desculpe, entendi errado.
Raul se levanta indo para a sala a deixando sem ação. Ela pensou que ele fosse tascalhe um beijo, mas ao invés disso ele lhe vira as costas.
— Você deve ser muito fiel?
— Você não é? — Ele pergunta sem olhar para ela.
— Eu não tenho namorado.
— Você quer que eu te beije? — Raul volta para perto dela. 'Porquê ele não beija logo, será que está querendo que eu peça, é só um beijo, só quero saber como ele beija, só isso'
Mas Raul se afasta outra vez, sentando-se longe dela.
— Vou embora, depois deixe as crianças um pouco comigo, sinto saudade delas, já que só tenho as visto na escola, mas sinto falta de brincar com elas.
— Tudo bem, eu vou deixar elas com você. Hoje eu vou fazer a comida, se quiser vir almoçar.
Liz sai do apartamento de Glória com muita raiva, ele simplismente a rejeitou, ela queria era ser comida é não provar a sua comida. 'Que raiva' Liz pensa irritada, ela pensou que ele a torturaria com os seus beijos, no entanto ele só a beijaria se ela implorasse, já que ela já estava quase se jogando em cima dele e ele fingindo não entender.
Raul, quis ir atrás dela, mas ele sabia o que aconteceria se ficassem a sós no apartamento dela, ele não iria conseguir resistir como fez. O que o impediu de segui-la foi o namorado que havia dormido com ela, pensar nele o fazia desistir de ir atrás dela.
Quando Glória volta para o apartamento encontra Raul sentado no sofá.
— Onde está Liz?
— No apartamento dela.
— O que aconteceu? Vocês brigaram?
— Não tínhamos motivo para isso, mesmo ela conseguindo ser irritante.
— Papai, podemos ficar com tia Liz?
— Vamos, eu vou levar vocês.
— Não precisa, é aqui do lado papai.
Raul não responde, pega Pedro no colo e segue em direção ao apartamento de Liz.
— Eu os trouxe. — As crianças já entram correndo no apartamento, por se sentirem em casa.
— Você pode fazer um favor para mim?
— O que você quer?
— Venha, vou te mostrar.
Liz fecha a porta e o leva até o outro quarto que tinha na casa. Ela guardava as coisas da escola nele e ela precisava pegar uma caixa e não estava tendo altura.
— O que quer que eu faça? — Raul pergunta sem entender.
— Você poderia pegar aquela caixa para mim, eu não dei altura nem com a cadeira.
— Essa?
— Sim — ela vê ele levantando os braços e queria ser a caixa para ele a pegar com aqueles braços fortes.
Estava difícil, ela não era tão forte assim, dane-se o bom senso, dane-se a loira, dane-se o orgulho ferido.
— Raul... — Sua voz sai em um sussurra.
— O que foi agora? — Ela o olha com um olhar pidão — O que você quer de mim?
Raul faz um carinho no rosto dela e ela morde os lábios e fecha os olhos, ela precisa ser beijada por ele.
— Você tem namorado.
— Eu não tenho...
— Mesmo que seja apenas um caso, ele existe em sua vida. Assim como Helena na minha.
Liz o empurra, ele tinha que falar daquela megera, ela não poderia se desvalorizar tanto, ela já havia dado chance a ele, ela sabia ser muito melhor que essa Helena, mas ele não achava.
— Liz...
— Me solta. Fique com a sua loira oxigenada, já que ela é tão importante para você.
— Não é nada disso...
— Tia Liz, vamos fazer uma festa do pijama hoje? Papai pode participar?
Liz o olha e não responde, ela esta com muita raiva para se dirigir a ele.
— Vamos organizar uma outra festa do pijama bem legal. Mas hoje quero que vocês conheçam os meus pais que moram lá no sítio.
Quando Raul sai, Liz faz uma chamada de vídeo com a mãe, o seu pai já estava no batente e não pode conhecer as crianças. Amélia ficou encantada com os dois, que a estavam chamando de vovó Amélia.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
karvalho Heloiza😍
é Raul tá mole em agarra logo sua ruivinha
2024-12-13
0
Ana Alice
Eta é comer pra lá, é comer pra cá....e acabou que ngm comeu NGM kkkkkkkkkkkk amando
2024-12-28
1
Izaura Pessi
Que homem babaca não presta nem de agarrar a Lis
2024-12-22
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